por Joba Tridente
O SPIRIT de quem, mesmo?
O ano 2009 talvez fique marcado pela polêmicas adaptações cinematográficas dos clássicos dos quadrinhos como Watchmen (de Alan Moore) na visão de Zack Snyder e The Spirit (de Will Eisner) na visão de Frank Miller. No entanto, se em Watchmen, de Zack Snyder, é possível encontrar algumas qualidades, no desastrado The Spirit (EUA, 2008), de Frank Miller, encontra-se apenas o marasmo, o equívoco, a galhofa, a caricatura do adorável personagem de Will Eisner (1917-2005).
The Spirit, o filme é, digamos... Então, tem aquele celular em 1940... Ah, tem também aquela cena do laptop... Deixa eu ver, acho que tem uma músiquinha... Ah, tem as gags de desenho animado... Nas mãos estranhas de Frank Miller, que até prometia, na co-direção de Sin City, The Spirit é contrangedor. E olha que Miller assinou contrato para mais dois filmes do personagem. Will Eisner que se cuide na tumba ou, já que Spirit faz companhia a ele no mundo dos mortos, que o envie à Terra em missão boicote.
Muito se fala da estética de The Spirit ser semelhante à de Sin City. Eu diria estar mais para genérica. Mas esse nem é o problema maior de The Spirit, já que a maior influência de Miller, nas suas irrepreensíveis HQs, foi Will Eisner, com seu jeito cinematográfico de desenhar e escrever uma boa história cheia de contradições humanas e por isso verdadeira. O problema desta adaptação é que não há adaptação, apenas embromação. O que se vê na tela é praticamente um Spirit inventado por Frank Miller. Algo como se ele tivesse ouvido falar de um personagem genial que parecia ter vivido aventuras assim e assado mas não se tinha muita certeza e então, com um, digamos, “roteiro” do espírito doido, se pôs a filmar. Como se lhe bastassem lembranças esparsas de um personagem de HQ, herói de ocasião e irônico por natureza..., porém boa gente. Tudo bem que HQ é HQ e cinema é cinema..., desde que seja cinema. Frank Miller é um dos maiores mestres da narrativa, mas em HQ. Aqui ele não sabia que tinha tanta casca de banana pelo caminho.
The Spirit, personagem criado pelo genial Will Eisner em 1940 e aposentado em 1952, com diversas tentativas de voltar à ativa (em 1998, pelos geniais Alan Moore e Dave Gibbons, e em 2007, por Darwyn Cooke), é o policial Denny Colt, tido como morto, que “volta à vida” na pele de um investigador e apavora os vilões que agem principalmente, nas sombras, em Central City. Temido pelos malvados, perseguido por vilões, amado pelas mocinhas e vilãs maliciosas, Spirit é um “herói” às avessas. Em meio a crimes, romances, mistérios, ele apanha muito, também bate, mas acaba solucionando os casos mais estranhos com tiradas geniais, filosóficas, com humor ferino..., mas divertido. The Spirit, de Will Eisner, merece uma releitura melhor.
The Spirit, o filme traz Gabriel Macht, na pele do herói, Dan Lauria (Comissário Dolan), Sarah Paulson (Ellen Dolan) e os vilões: Samuel L. Jackson (Octopus), Scarlett Johansson (Silken Floss), Eva Mendes (Sand Saref) e Paz Vega (Plaster de Paris)..., nenhuma atuação que mereça algum destaque.
The Spirit não é um filme para fãs do personagem ou até mesmo para quem ouviu falar dele, já que é ridículo demais para ser levado a sério. Mas os desavisados podem até gostar.
O ano 2009 talvez fique marcado pela polêmicas adaptações cinematográficas dos clássicos dos quadrinhos como Watchmen (de Alan Moore) na visão de Zack Snyder e The Spirit (de Will Eisner) na visão de Frank Miller. No entanto, se em Watchmen, de Zack Snyder, é possível encontrar algumas qualidades, no desastrado The Spirit (EUA, 2008), de Frank Miller, encontra-se apenas o marasmo, o equívoco, a galhofa, a caricatura do adorável personagem de Will Eisner (1917-2005).
The Spirit, o filme é, digamos... Então, tem aquele celular em 1940... Ah, tem também aquela cena do laptop... Deixa eu ver, acho que tem uma músiquinha... Ah, tem as gags de desenho animado... Nas mãos estranhas de Frank Miller, que até prometia, na co-direção de Sin City, The Spirit é contrangedor. E olha que Miller assinou contrato para mais dois filmes do personagem. Will Eisner que se cuide na tumba ou, já que Spirit faz companhia a ele no mundo dos mortos, que o envie à Terra em missão boicote.
Muito se fala da estética de The Spirit ser semelhante à de Sin City. Eu diria estar mais para genérica. Mas esse nem é o problema maior de The Spirit, já que a maior influência de Miller, nas suas irrepreensíveis HQs, foi Will Eisner, com seu jeito cinematográfico de desenhar e escrever uma boa história cheia de contradições humanas e por isso verdadeira. O problema desta adaptação é que não há adaptação, apenas embromação. O que se vê na tela é praticamente um Spirit inventado por Frank Miller. Algo como se ele tivesse ouvido falar de um personagem genial que parecia ter vivido aventuras assim e assado mas não se tinha muita certeza e então, com um, digamos, “roteiro” do espírito doido, se pôs a filmar. Como se lhe bastassem lembranças esparsas de um personagem de HQ, herói de ocasião e irônico por natureza..., porém boa gente. Tudo bem que HQ é HQ e cinema é cinema..., desde que seja cinema. Frank Miller é um dos maiores mestres da narrativa, mas em HQ. Aqui ele não sabia que tinha tanta casca de banana pelo caminho.
The Spirit, personagem criado pelo genial Will Eisner em 1940 e aposentado em 1952, com diversas tentativas de voltar à ativa (em 1998, pelos geniais Alan Moore e Dave Gibbons, e em 2007, por Darwyn Cooke), é o policial Denny Colt, tido como morto, que “volta à vida” na pele de um investigador e apavora os vilões que agem principalmente, nas sombras, em Central City. Temido pelos malvados, perseguido por vilões, amado pelas mocinhas e vilãs maliciosas, Spirit é um “herói” às avessas. Em meio a crimes, romances, mistérios, ele apanha muito, também bate, mas acaba solucionando os casos mais estranhos com tiradas geniais, filosóficas, com humor ferino..., mas divertido. The Spirit, de Will Eisner, merece uma releitura melhor.
The Spirit, o filme traz Gabriel Macht, na pele do herói, Dan Lauria (Comissário Dolan), Sarah Paulson (Ellen Dolan) e os vilões: Samuel L. Jackson (Octopus), Scarlett Johansson (Silken Floss), Eva Mendes (Sand Saref) e Paz Vega (Plaster de Paris)..., nenhuma atuação que mereça algum destaque.
The Spirit não é um filme para fãs do personagem ou até mesmo para quem ouviu falar dele, já que é ridículo demais para ser levado a sério. Mas os desavisados podem até gostar.
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