Férias chegando e com elas um animadíssimo
anti-herói disneyano pronto para detonar as bilheterias e abarrotar as salas de
cinema com os amantes dos velhos (vintages ou retrôs) e novos videogames
(turbinados). Uma boa oportunidade para o fliperamaníaco (que sempre quis saber,
mas não tinha a quem perguntar) conhecer a intimidade dos “bonequinhos dos
games”.
Personagem de um antigo jogo de Fliperama, Ralph não aguenta mais o papel de vilão que
representa há 30 anos no Detona Ralph.
Cansado da mesmice, ele resolve fazer terapia de grupo, na Associação de Vilões Anônimos, onde tem a “genial” ideia de se
infiltrar no jogo de alta resolução Missão
de Herói, só para ganhar uma medalha. Ralph
acredita que ela o fará tão amado e reconhecido (pelos outros personagens e
jogadores) quanto o seu “parceiro” Conserta
Felix Jr. É claro que o barato vai sair caro! Onde já se viu um sujeito
programado para um jogo de 8 bits se meter em um de alta resolução e, pior, sem
saber do que se trata?!
Apesar do tipo físico, grandalhão e com mãos
enormes (que faz jus ao nome do jogo), Ralph
é gente boa. Um meninão crescido, um vilão sem noção do perigo, mas com
personalidade de herói. Um herói bem trapalhão, é bom que se diga, mas herói,
de qualquer forma. Todavia, como de boas intenções as lan houses andam cheias, ao colocar em prática a sua inocente
maluquice, Ralph acaba criando a
maior confusão na plataforma dos games, misturando jogos, personagens e
jogadores numa aventura hilária e alucinante.
Enquanto literalmente detona jogos alheios, ele acaba
batendo de frente com a durona Sargento
Calhoun (cuja Missão de Herói é
caçar terríveis insetrônicos) e com a
graciosa e instável Vanellope von
Schweetz, uma obstinada piloto de carros de confeitos (cujo inimigo é o
intolerante e misterioso Rei Doce) que
pode ser a sua única aposta para dar a volta por cima ou escorregar de vez no
melado. Ah, qualquer semelhança física do Rei
Louco com o Chapeleiro Maluco, de
Alice no País das Maravilhas, de Walt
Disney, não é coincidência, é homenagem.
Paperman
Paperman é um cativante
curta-metragem, em preto e branco, que se passa em Nova York dos anos 1950. Dirigido
por John Kahrs, a fantástica
história voa ao redor de um jovem que se apaixona por uma bela garota que esbarrou
quando ia para o trabalho. Porém, como o destino é imprevisível, quando menos
espera, ele a revê, a certa distância..., na verdade a uma boa distância, e
fará de tudo para chamar a sua atenção. O único problema é que ele só tem uma
pilha de papel à sua disposição e, se tem uma certa habilidade em dobraduras, é
ineficaz na mira. O roteiro excelente e a técnica apuradíssima (retrô) fazem de
Paperman uma animação deslumbrante! A
mais divina compensação para o adulto (que odeia animação) que acompanhar os
seus pequenos à sessão que vem a seguir!
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