Quem se
divertiu com a releitura de Guy Ritchie para o notável Sherlock Holmes e seu fiel parceiro Dr. Watson, não vai ter o quê reclamar desta segunda aventura de
ação e mistério, com altas doses de humor, do ilustre morador da 221B Baker
Street, London.
Sherlock Holmes: O Jogo de Sombras (Sherlock
Holmes: A Game of Shadows, RU, EUA, 2011), com direção de Guy Ritchie, traz o astucioso Sherlock Holmes (Robert Downey Jr.), muito mais alucinado e cerebral, frente a
frente com o seu maior inimigo, o gênio do crime conhecido como Professor Moriarty (Jared Harris). Os dois têm como arma de ataque e defesa o
raciocínio lógico. O inescrupuloso Moriarty
aposta na força dos seus capangas. O sagaz Sherlock
conta com a valiosa colaboração de seu melhor amigo e bom de briga Dr. Watson (Jude Law), que por acaso é o seu biógrafo.
Baseado
no roteiro de Michele Mulroney e Kieran Mulroney, levemente inspirado no
dramático conto O Problema Final, de
Arthur Conan Doyle (1859/1930), publicado em 1893, que pode ser lido em MundoSherlock , O
Jogo das Sombras tem uma narrativa ágil e divertida. A sua trama, que se
esparrama por Londres, França, Alemanha e Suíça, é mais complexa que a do
primeiro filme e pode até confundir quem gosta de algo mais linear, mas jamais
subestima a inteligência do espectador. Pelo contrário, aguça! Se ele gostar de
enigmas (e não souber coisa alguma sobre o desenvolvimento da história) vai
conseguir solucionar o caso juntamente com Sherlock.
É que a narrativa espalha pistas em diversas cenas. Algumas são bem rápidas e
outras parecem dizer: “Preste atenção em
mim!”.
O grande
mistério a ser desvendado se passa em 1891, quando funestos acontecimentos,
envolvendo autoridades, abalam a Europa. Para um observador comum, seriam ações
terroristas sem qualquer ligação. Mas, para Sherlock
Holmes, os assassinatos e atentados a bomba (em período tão próximo) não
são mera coincidência. Ele ainda não sabe qual é a real intenção dos atos
criminosos, mas acredita que somente uma pessoa seria capaz de tamanha
insanidade, o nefando Professor Moriarty.
O único problema é que ele não tem como provar, já que o diabólico matemático
do crime, que se passa por um cidadão acima de qualquer suspeita, não deixa
rastros. Prevendo uma catástrofe mundial, ele “convoca” o Dr. Watson (usando as chantagens de sempre) para ajudá-lo a
solucionar o complicado caso. Para apreciar o fantástico xeque-mate e saber quem afinal é o rei, a torre ou o cavalo, neste tabuleiro de intriga
internacional, é preciso saborear o jogo de cena do esquentado Sherlock e do frio Moriarty. E acredite, não tem nada a ver com o jogo de xadrez ensaiado
em Roubo nas Alturas, de Brett Ratner.
A
produção de Sherlock Holmes continua
impecável. Os efeitos especiais são impressionantes, principalmente as belas e
nada gratuitas sequencias em câmera lentíssima. Downey Jr e Law são um show à
parte, têm uma química impressionante e carisma de sobra para muitos outros
capítulos da história. Jared Harris se sai muito bem na pele do vilão, mas quem
rouba a cena é Sthephen Fry, interpretando
(com seu peculiar humor inglês) Mycroft
Holmes, o irônico irmão do detetive e que, segundo Sherlock, além de mais brilhante que ele próprio, possuía um senso
de observação e de dedução muitas vezes superiores ao seu, apesar de lhe faltar
a energia e a convicção para isso: “Ele
não tem nem energia, nem ambição. Ele não se incomodará a ponto de sair da sua
rotina para verificar suas próprias soluções. Preferirá se considerar errado a
ter que provar que está certo. Diversas vezes submeti-lhe um problema e recebi
uma explicação que, mais tarde, se comprovou correta. E, mesmo assim, ele se
mostrou incapaz de analisar os pontos práticos do problema.” Mas o que deve
intrigar o público são os novos e geniais disfarces de Sherlock. Impagáveis!
Oi, Joba. Vi o primeiro Sherlock com Downey Jr. e não gostei muito. Achei muito barulhento e cheio de cenas gratuitas. Mas você diz o contrário quanto a isso, e eu posso estar enganado... Enfim, lá vou eu, hoje à tarde mesmo, e aí te conto. Abraço!
ResponderExcluirOlá, Ravel.
ResponderExcluirSe não gostou do primeiro,
não acredito que goste deste.
O clima é parecido.
Eu acho os dois muito divertidos.
Abração!
T+
Joba
Pois é, ainda não vi, mas vou ver. Ou não, re re. Depois lhe digo. Tem um problema adicional: reli recentemente O cão dos Baskervilles, meu Doyle preferido. Estou com vontade é de ver umd os filmes "clássicos" do Holmes, dos quais aliás não vi nenhum.
ResponderExcluirOlá, Ravel.
ResponderExcluirDizem que tem um bom seriado sobre Sherlock Holmes,
produzido pela BBC, na TV a Cabo, acho.
Já tem gente por aí comparando o filme de Ritchie
com a série.
Mesmo não tendo visto a série
acho bobagem qualquer comparação.
São leitura diferentes e ponto.
Abração.
T+
Joba
Valeu a dica, vou ver se acho algo.
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