quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Crítica: Zé Colméia – O Filme


por Joba Tridente

Finalmente estreia nos cinemas a primeira aventura (live-action e animação) do travesso Zé Colméia (Yogi Bear) e o seu fiel amigo Catatau (Boo-Boo): Zé Colméia - O Filme. Os personagens foram criados em 1958, para o The Huckleberry Hound Show, que era dividido em três blocos: Dom Pixote, Plic e Ploc e Zé Colméia. Este ícone do mundo animado, que ganhou vida graças ao Estúdio Hanna-Barbera, fundado por William Denby Hanna (1910-2001) e Joseph Roland "Joe" Barbera (1911-2006), se tornou famoso por conta dos seus mirabolantes planos para sequestrar as cestas de piquenique dos (nem sempre distraídos) visitantes do Parque Jellystone. O sucesso do urso malandrão, que usa chapéu, colarinho e gravata, foi imediato. Em 1961 ele passou a protagonizar a sua própria série (na companhia do Catatau) e outros projetos animados, que continuaram encantando gerações por mais de 30 anos.


Oi Galera, Sou o Zé Colméia (Hey There, It’s Yogi Bear), com produção, roteiro e direção de Hanna e Barbera, é o primeiro longa deste incorrigível urso e foi lançado em 1964. Agora, 46 anos depois, nos chega o segundo: Zé Colméia – O Filme (Yogi Bear, EUA, Nova Zelândia, 2010), dirigido pelo mestre dos efeitos especiais Eric Brevig. Nesta nova aventura, Zé Colméia, que continua se considerando o mais esperto dos ursos, pode ser a única esperança de salvar o Parque Jellystone, do catastrófico planejamento político do maquiavélico prefeito Brown (Andrew Daly). Mais atrapalhado que nunca, com a ajuda do incansável Catatau e colaboração da documentarista Rachel (Anna Faris) e do guarda florestal Smith (Tom Cavanagh), ele vai ter que botar cérebro para (realmente) funcionar, se quiser continuar morando naquela reserva florestal.


Zé Colméia – O Filme é o que se pode realmente chamar de filme-família. Ele traz muita ação, aventura e romance. Seu humor (Não tema, com Zé Colméia, não há problema!; Vamos atrás do almoço!; O guarda Smith não vai gostar disso!) é inocente, maluco, pastelão, típico do desenho animado e deve agradar fãs de todas as idades. Zé Colméia continua um transgressor das Normas do Parque, principalmente daquela que “manda” ele ficar longe (da cesta de piquenique) dos visitantes. É claro que o urso comilão nunca está sozinho nesses “assaltos”. Ele sempre acaba convencendo o Catatau a ajudá-lo na construção (e no uso) de engenhocas (que nunca funcionam).


Em princípio, a mistura de atores (reais) com animação (computadorizada) pode causar alguma estranheza. Em 2D (versão que vi) o Zé Colméia e Catatau ficaram simpáticos (para um filme que fosse todo em animação), mas não parecem ter a mesma vivacidade nas cenas com os humanos. Não se parecem nem com urso de pelúcia. É meio esquisito, no começo, mas depois (mesmo não convencendo) a gente se acostuma e continua se divertindo com as confusões protagonizadas por todo o elenco. A história não é datada, tem um bom ritmo e surpreende em muitos momentos. Eric Brevig faz uma direção segura e sem querer reinventar o universo criado por Hanna-Barbera. O que já é uma grande coisa!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...