sábado, 26 de dezembro de 2015

Crítica: Star Wars: O Despertar da Força


Embora goste da franquia Star Wars, o antigo Guerra nas Estrelas (no Brasil), não sou daqueles que ficou uma semana na fila da pré-estreia. E se fosse, iria exigir o meu dinheiro de volta. Só fui ver seis dias depois da estreia, numa sala 3DX, num shopping perto de casa. É claro, na quarta promocional. Com o sucesso estrondoso, estranhei a sala com apenas um terço da sua lotação. Acho que as férias ainda não começaram por aqui, pensei. Quem estava na sala nem sem importava com o lugar marcado, podia escolher à vontade onde se sentar. Depois de uns vinte minutos de propaganda e trailers.... Ah, assisti a todos os filmes da franquia Star Wars e também considero os três primeiros muito melhores que os três últimos, que depois ficaram sendo os três primeiros.


O filme começa. A mesma abertura. Apresentação desaparecendo no espaço..., a Fronteira Final do amado Capitão Kirk. Ôps, este é de outra franquia. Espera lá, Star Trek (antigo Jornada nas Estrelas) também recomeçou e com o mesmo diretor! Oba! ou será: Ôpa? Engraçado, a situação é parecida com a do SW IV e continua rolando com mais cenas semelhantes (recicladas?) que diferentes de outros capítulos da série: ângulo, enquadramento, intenção, diálogos, Starkiller! Caramba, que coincidência. Trinta anos depois e, praticamente, está tudo como dantes neste céu de estrelas errantes. Espera lá, não é bem assim, tem a linda, divina, maravilhosa catadora de lixo Rey (Daisy Ridley); tem o chato dos chatos Fin (John Boyega); tem o caricato Kylo Ren (Adam Driver), um genérico do Darth Vader; tem o Snoke (Andy Serkis), o Supremo Lider da Primeira Ordem; tem o robozinho engraçadinho, digo, droide BB-8. E quem mais..., vamos ver. Acho que não vejo mais ninguém. A não ser que Han Solo (Harrison Ford), Chewbacca (Peter Mayhew) e a Princesa Leia, digo Comandante Leia (Carrie Fisher), contem como novidade.


Será que o roteirista conhece os filmes anteriores e decidiu fazer uma “homenagem”? Vejamos, roteiristas: Lawrence Kasdan, J.J Abrams e Michael Arndt. Hummm! É claro, Kasdan! Foi ele quem escreveu os roteiros de O Império Contra-Ataca (1980) e de O Retorno de Jedi (1983). É por isso que tudo soa tão familiar. Quer dizer, nem tudo. Onde está a fantasia? Onde está o fantástico? Onde está o humor? Onde está o mistério? Nos próximos filmes (VIII e IX) da franquia?


Enfim, achei meio enfadonho este Star Wars: O Despertar da Força (Star Wars: The Force Awakens e ou Star Wars: Episode VII - The Force Awakens, 2015), do J.J Abrams. Não há medo real. Não há perigo real! Não há motivação real! Não há ação real! Não há aventura real! Tudo é previsível (por que já foi visto algo parecido?). Por todos os segredos e mistérios e chantagens da produção, esperava mais, muito mais e não uma trama reciclada, com argumento, roteiro e direção preguiçosos..., para cumprir contrato. Ao final da sessão, o ex-Guerrra nas Estrelas até me pareceu razoável. Mas, conforme o tempo foi passando e eu pensando a respeito, bah!

Cá pra nós, calculando o número de personagens masculinos, o universo futuro no futuro continua machofalocrata e parecido com uma mesa de snooker! Será que a graciosa Rey conseguirá mudar o rumo dessa história? Se eu sobreviver, será que saberei qual vai ser a melhor tacada?

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