sexta-feira, 22 de maio de 2015

Crítica: The Last - Naruto, o Filme


Já vou avisando, The Last - Naruto, o Filme (The Last - Naruto the Movie, 2014) não é um programa para leigos em universo narutoniano e congêneres. Um curioso desavisado (?) pode até arriscar, mas, no máximo, vai curtir uma historinha melosa de amor adolescente relacionada à segunda frase: “O Primeiro Amor”, do slogan japonês, porque, se depender da primeira: “O Último Episódio”..., vai ficar perdido entre o Céu e a Terra.  Mas pelo menos não vai esquecer nunca mais dos nomes dos protagonistas repetidos exaustivamente em quase duas horas da sessão: Hinata! Naruto! Hinataa! Narutoo! Hinataaaa! Narutoooo! Hinataaaaaa! Narutoooooo! Hinataaaaaaaaa! Narutooooooooo!

Bem, pelo menos foi assim que me senti em meio à agitação e explosões e gritos diante do que me pareceu ser uma mistura bizarra e infantiloide de guerras (inter-raciais + sentimentais + egocêntricas + divinas + totalitárias)..., onde a arma (omni)potente é o amor! Ah, o amor (!), sempre ele, iniciando e acabando com as guerras (?) e ainda velando pela continuidade das espécies. Que lindo é o amor: Hinata! Naruto!


The Last - Naruto, o Filme é a 10ª produção da franquia Naruto, lançada para a comemoração de 15º aniversário da série e início do Projeto de Abertura da Nova Era de Naruto (Naruto Shin Jidai Kaimaku Project). Dirigido por Tsuneo Kobayashi, baseado no roteiro e criação de Masashi Kishimoto, o anime/filme se passa dois anos após os acontecimentos da Quarta Grande Guerra Ninja, que transformou o jovem Naruto em herói e no favorito das adolescentes. Entre as garotas, a tímida Hinata (na terrível dublagem brasileira vira Renata), que nutre um amor platônico pelo garoto, tricota cachecóis vermelhos para presenteá-lo e quem sabe, então, ele se toca e... Ah, o amor: Naruto!!! Hinata!!!

Enquanto o amor (Hinata! Noruto!) não engata, os dois se juntam a mais três guerreiros: Shikamaru, Sai, Sakura, para enfrentar o poderoso ninja Toneri Outsutsuki (o Eremita dos Seis Caminhos), que tem planos para acabar com a Terra porque, segundo ele, o planeta (não seriam os terráqueos?) está desvirtuado com guerras infindáveis e blá-blá-blá! e mais blá-blá-blá! É claro que ele está fazendo isso imbuído do maior amor (despótico) do mundo. Ah, o amor na guerra e na paz das melhores intenções: Narutooo! Hinataaa! Outsutsukiii!

Cara, como tem gente na fila querendo destruir a Terra, viu! Já não bastam os humanos? Enfim, enquanto Outsutsuki arquiteta a sua última guerra (divina e redentora) os cinco heróis se mandam para o espaço para tentar por fim às malvadezas do “bondoso” Eremita dos Seis Caminhos..., antes que a Lua (literalmente) caia na cabeça de todo mundo. Do lado dos abnegados adolescentes: o amor. Ah, o amor: Hinata! Hinataa! Hinataaa! Naruto! Narutoo! Narutooo!


The Last - Naruto, o Filme é direcionado ao público pré-adolescente fanático do personagem título. Posso estar enganado, mas vai agradar mais às meninas do que aos meninos. Ah, o amor! Qualquer outro espectador (fora desse universo) vai pegar no sono rapidinho. Eu resisti! Tecnicamente a animação está mais para a simplicidade do anime (tv) do que para a sofisticação do filme (cinema). Ou seja, é mediana e com algumas cenas econômicas demais. Nada de encher os olhos! Não creio que os fãs vão reparar nestes detalhes, já que vão estar entretidos (ou revoltados) com dublagem brasileira que é um horror, sem vida, mecânica. A (irritante) voz (argh!) de Naruto lembra a de uma velha octogenária. Uma dublagem dessas não há amor que pague ou apague: Hinata! Naruto!

Acho que é isso. Ou não! Ah, receoso de ficar diabético, saí no início dos créditos finais, mas li na Wikipédia que tem algumas cenas adoráveis (Lar Doce Lar) logo após e mais: Hinata! Naruto!

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