quarta-feira, 19 de junho de 2013

Crítica: Universidade Monstros


Quando lançado, em 2001, o desenho animado Monstros S.A, da Pixar, foi a grande sensação da temporada. Dez anos depois, Universidade Monstros chega com tudo para conquistar novos espectadores e, de quebra, satisfazer a curiosidade dos antigos fãs sobre o passado dos simpáticos monstrengos. Quero dizer, nem todos. Tem muita gente que não é chegada em prólogos tardios.

Em Universidade Monstros (Monsters University, EUA, 2013) o adorável monstro verde, de um só olho, Mike Wazowski, e o simpático azulão James P. Sullivan, o Sulley, cursam o primeiro ano do Programa de Sustos da concorrida Faculdade de Sustos. Wazowski, que espera ser um Assustador da Monstros S. A., sonha com isso desde monstrinho. Os dois calouros se estranham assim que se conhecem. Enquanto o determinado Wazowski se dedica de corpo e alma aos estudos, o folgado Sulley (filho de um renomado Assustador) aposta apenas na tradição do seu grito naturalmente apavorante. Por conta dessa e de outras diferenças a situação entre os dois se agrava dentro e fora da sala de aula e, para evitar a expulsão, se veem obrigados a participar de um “monstruoso” (e hilário) Concurso de Sustos. Que vença o que melhor conseguir divertir o público infantil e seus acompanhantes.


Universidade Monstros, com direção de Dan Scanlon, adapta ao universo infantojuvenil temas comuns em filmes sobre estudantes norte-americanos (bullings, brigas e intrigas entre as irmandades universitárias) e reforça (sem pieguice) a perseverança e o valor do trabalho em grupo. Uma vez que a bem-humorada história se passa antes dos tempos conhecidos no primeiro desenho animado, o espectador sabe que a desavença entre Wazowski e Sulley deve ser passageira. O que não sabe (e esse é o grande lance!) é como essa briga de egos vai terminar e quando realmente vão se tornar grandes amigos.

A narrativa, com sabor mais juvenil, guarda alguns bons trunfos (as referências aos clássicos de terror são impagáveis). O ponto alto é a inteligente virada nos últimos minutos, surpreendendo o espectador com um inusitado final. Redundância: A concepção cenográfica de Monstrópolis e do Campus é encantadora e os velhos mostrengos continuam tão carismáticos quanto os novos personagens, como o amável e tímido Scott “Esguicho” Squibbles e os integrantes da desastrada irmandade Oosma Kapa - OK. Ora, é a Pixar aprontando mais uma vez com a sua inesgotável paleta de cores e graciosos desenhos.


Especula-se sobre o porquê deste prólogo da mesma forma que se especulou sobre o “prólogo sequencial” de Star Wars. Não creio que qualquer resposta que se dê satisfaça a um ou outro espectador. Independente do padrão Pixar, é fato que o Universidade Monstros, ao explorar o passado dos habitantes do coloridíssimo mundo paralelo dos monstros, não causa tanto impacto quanto o Monstros S. A. Todavia, ainda continua bem acima da média de outras recentes animações. Por isso, se gosta destes visitantes noturnos, e quer saber como tudo começou..., o melhor é relaxar e curtir este ótimo prenúncio do animado terrir.


Um bonito desenho, em curta-metragem, contando a romântica história de um Guarda Chuva Azul que se apaixona por uma Sombrinha Vermelha, em uma tarde chuvosa, acompanha o longa. Roteiro redondo e personagens expressivos. Simplesmente fascinante!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...