11 de agosto a 14 de setembro de 2021
ONLINE E GRATUITA
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A 10ª Mostra Ecofalante de Cinema, o mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado às temáticas socioambientais, cuja programação contará debates e a exibição de 101 títulos de 40 países, 30 deles inéditos no Brasil, anuncia sua programação que acontecerá entre os dias 11 de agosto e 14 de setembro de 2021, em edição inteiramente online e gratuita para todo o território brasileiro, com acesso pelo site Mostra Ecofalante de Cinema e pelas plataformas parceiras Belas Artes à La Carte e Spcine Play.
Para o diretor da Mostra Ecofalante de Cinema, Chico Guariba, “A Mostra chega ao seu décimo ano num momento de grande crise no Brasil e no mundo, marcada pela pandemia, a emergência climática, a enorme destruição da biodiversidade e a crescente desigualdade social. Os desafios são enormes e a função da Mostra, que sempre foi a de trazer informação de qualidade e promover o debate democrático, plural e inclusivo, tem se tornado cada vez mais importante. Não é à toa que foi o festival que mais cresceu no Brasil nesses últimos anos”.
A grade de programação é organizada nas seções Panorama Internacional Contemporâneo reúne produções inéditas e com carreira em festivais como Berlim, Sundance, Roterdã, Locarno, IDFA-Amsterdã (organizadas em sete eixos temáticos: Ativismo, Biodiversidade, Cidades, Economia, Povos & Lugares, Tecnologia e Trabalho); As realizações africanas têm presença, com obras vindas do Quênia, Angola e Madagascar; A Competição Latino-Americana será disputada por 30 títulos, representando sete países da região; Programa Especial - Territórios Urbanos: Segregação, Violência e Resistência, que traz obras assinadas por Adirley Queirós, Cristiano Burlan, Eliane Caffé, Evaldo Mocarzel, Gabriel Mascaro, Kiko Goifman, João Moreira Salles, Maria Augusta Ramos, Paulo Caldas e Paulo Sacramento; No Especial Energia Nuclear - 35 Anos de Chernobyl, 10 Anos de Fukushima, seleção de documentários produzidos nos últimos anos que abordam esses grandes desastres nucleares; Além dos filmes de estudantes brasileiros competem no Concurso Curta Ecofalante. As exibições de filmes e debates serão acessadas pelo endereço www.ecofante.org.br.
COMPETIÇÃO LATINO-AMERICANA
Edna traz assinatura do diretor Eryk Rocha (de Cinema Novo, melhor documentário no Festival de Cannes) e transita entre real e imaginário. Focaliza uma moradora da rodovia Transbrasiliana e a guerra pela terra. Premiado internacionalmente, e com passagens pelos festivais IDFA-Amsterdã, MoMa Doc Fortnight, Thessaloniki Doc, Visions du Réel e DOXA (Canadá), Meu Querido Supermercado trata das suas dúvidas, afetos, medos e sonhos improváveis de funcionários de uma loja de supermercado. A diretora Tali Yankelevich registrou no local humor, drama, mistério, romance e até física quântica.
O cineasta Pedro Diógenes, dos premiados Os Monstros e Estrada Para Ythaca, em Pajeú, trata de um riacho de Fortaleza de onde sai uma criatura que atormenta em pesadelos a protagonista da história. A obra foi eleita como melhor filme brasileiro do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba e foi selecionada para o importante FidMarseille, na França. A dupla Marília Hughes e Cláudio Marques, do internacionalmente laureado A Guerra do Algodão, aborda em Sobradinho as lembranças de uma idosa, ex-moradora de uma cidade inundada por uma barragem na década de 1970 no interior do estado da Bahia.
O Índio Cor de Rosa Contra a Fera Invisível: A Peleja de Noel Nutels, de Tiago Carvalho, traz imagens inéditas registradas por Noel Nutels, que percorreu o Brasil tratando da saúde de indígenas, ribeirinhos e sertanejos. O filme inclui ainda o único registro da voz desse médico sanitarista, denunciando o que ele chamou de massacre histórico contra as populações indígenas. Por sua vez, Nũhũ Yãg Mũ Yõg Hãm: Essa Terra é Nossa! discute como a chegada dos brancos impactou severamente a vida dos povos indígenas. Se, por um lado, os secaram ou foram envenenados, animais fugiram ou foram extintos e as árvores começaram a cair, todavia os cânticos e as tradições permanecem. A produção, que tem direção assinada por Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Carolina Canguçu e Roberto Romero, conquistou o prêmio de melhor filme da competição internacional no Festival de Sheffield.
Um conjunto de curtas-metragens completa a presença brasileira na Competição Latino-Americana da Mostra Ecofalante de Cinema. O multipremiado A Morte Branca do Feiticeiro Negro, de Rodrigo Ribeiro, é um ensaio poético com as memórias do passado escravista brasileiro. Afeto, de Gabriela Gaia Meirelles e Tainá Medina, discute a ocupação feminina do espaço urbano, tendo sido eleito melhor filme experimental no BOGOSHORTS – Festival de Curtas de Bogotá. Gilson, curta premiado de Vitória Di Bonesso, mostra a desigualdade social através da trajetória de um entregador de aplicativo de delivery que precisa trabalhar durante a pandemia da covid-19. A crise sanitária também está presente em Janelas Daqui, de Luciano Vidigal e Arthur Sherman, no qual moradores da favela do Vidigal, Rio de Janeiro, relatam críticas, poesias e reflexões.
Grande vencedor da competição brasileira de curtas-metragens do É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários, Yaõkwa – Imagem e Memória, de Rita Carelli e Vincent Carelli (este, diretor de Corumbiara e Martírio) traz um ritual dos índios Enawenê Nawê em registros colhidos há 15 anos que são por eles agora revistos. Em Topawa, de Kamikia Ksedje e Simone Giovine, mulheres Parakanã (grupo que habita entre os rios do Tocantins e do Xingu) lembram do contato com os brancos a partir do trabalho de tecer redes com o fio do tucum, uma palmeira que cresce formando touceiras densas. Tapajós Ameaçado, de Thomaz Pedro, acompanha lideranças indígenas para apresentar as suas perspectivas em relação a uma série de megaprojetos que estão sendo planejados, como ferrovias, hidrovias, agronegócio, mineração e outros. Coprodução entre Brasil, França e Portugal selecionada para os festivais de Berlim e Roterdã, Apiyemiyekî?, de Ana Vaz, traz desenhos que retratam a memória visual coletiva do povo Waimiri-Atroari que foram utilizados com base na pedagogia crítica do educador e filósofo Paulo Freire.
O mexicano 499, de Rodrigo Reyes, premiado no Festival de Tribeca, focaliza vítimas das guerras das drogas e retrata a atual crise humanitária do país por meio de depoimentos reais e personagens fictícios. Já no curta-metragem O Submundo de Rogelio (Álvaro Muñoz Sánchez, Colômbia) um trabalhador nas minas de enxofre tenta não ser mais uma vítima da lenda local, de que as vidas dos mineiros foram dadas ao diabo pelo descobridor do maior veio de enxofre da América Latina.
Produção mexicana dirigida por Adolfo Fierro e Juan González, o curta-metragem Aká traz as imagens criadas por um jovem do povo nativo Tarahumara, que se tornou o primeiro cinegrafista de sua cidade. Também curta mexicano, Cascarita (de Jimena Barrera) aborda a dependência de baterias como energia para nossos brinquedos. Lançado no Festival de Sundance e premiado internacionalmente, o longa-metragem de Anabel Rodríguez, Era Uma Vez na Venezuela, uma coprodução entre Venezuela, Reino Unido, Áustria e Brasil, registra a campanha para eleições parlamentares em uma vila de pescadores daquele país, confrontando uma líder chavista e uma opositora.
A representação argentina na competição inclui Piedra Sola, dirigido por Alejandro
Telémaco Tarraf. O longa-metragem se passa na região da Cordilheira dos Andes e
narra um encontro místico vivido por um encarregado de arrear e colocar a
carga em lhamas entre seus ancestrais e a forma mutável do puma. A produção foi
lançada no prestigioso Festival de Roterdã. Do mesmo país, Twakana Yagan (de Rodrigo
Tenuta e Ignacio Leonidas) tem por cenário Ushuaia, na Terra do Fogo, onde
vive a comunidade Yagán Paiakoala, referência de um povo ancestral que viveu
por mais de 8.000 anos. Uma idosa lembra a música de seu avô, enquanto seus
filhos embarcam em uma viagem a cavalo. O filme foi vencedor do prêmio de
melhor curta-metragem documental no MAAM DOCS – Mostra de Antropologia Visual
de Madri.
LONGAS-METRAGENS
499
(México, 2020, 88’)
Dir. Rodrigo Reyes
(Brasil - SP, 2020, 94’)
Dir. Joyce Prado
EDNA
(Brasil - SP, 2021, 64’)
Dir. Eryk Rocha
(Venezuela/Reino Unido/Áustria/Brasil,
2020, 99’)
Dir. Anabel Rodríguez
LUZ NOS TRÓPICOS
(Brasil - RJ, 2020, 260’)
Dir. Paula Gaitán
(Brasil - RJ/Noruega, 2020, 79’)
Dir. Fábio Nascimento e Ingrid Fadnes
MEU QUERIDO SUPERMERCADO
(Brasil - SP, 2020, 80’)
Dir. Tali Yankelevich
(Brasil - MG, 2020, 70’)
Dir. Isael Maxakali, Sueli Maxakali,
Carolina Canguçu, Roberto Romero
O ÍNDIO COR DE ROSA CONTRA A FERA
INVISÍVEL:
A PELEJA DE NOEL NUTELS
(Brasil - RJ, 2020, 71’)
Dir.
Tiago Carvalho
PAJEÚ
(Brasil - CE, 2020, 74’)
Dir. Pedro Diógenes
PIEDRA SOLA
(Argentina, 2020, 72’)
Dir. Alejandro Telémaco Tarraf
(Brasil - BA, 2020, 70’)
Dir. Marília Hughes e Cláudio Marques
TERRITÓRIO SUAPE
(Brasil - PE, 2020, 70’)
Dir. Cecília da Fonte, Laércio Portella,
Marcelo Pedroso
(Brasil - SC, 2020, 10’) – Direção: Rodrigo
Ribeiro
(Brasil - RJ, 2019, 15’)
Direção: Gabriela Gaia Meirelles e Tainá
Medina
AKÁ
(México, 2020, 28’)
Direção:
Adolfo Fierro, Juan González
APIYEMIYEKÎ?
(Brasil - SP, França, Portugal, 2019, 28’)
Direção: Ana Vaz
CASCARITA
(México, 2020, 4’)
– Direção: Jimena Barrera
GILSON
(Brasil - SP, 2020, 5’)
–
Direção: Vitória Di Bonesso
JANELAS DAQUI
(Brasil - RJ, 2020, 15’)
Direção: Luciano Vidigal e Arthur Sherman
(Brasil - RJ, 2019, 14’)
Direção: Marcos Bonisson & Khalil
Charif
LAGOA NEGRA
(Peru, 2020, 34’)
Direção: Felipe Esparza
MINEIROS
(Brasil - MG, 2020, 23’)
Direção: Amanda Dias
MUNDO
(Chile, 2020, 19’)
Direção: Ana Edwards
O SUBMUNDO DE ROGELIO
(Colômbia, 2019, 12’)
Direção: Álvaro Muñoz Sánchez
RIO DAS ALMAS E NEGRAS MEMÓRIAS
(Brasil - GO, 2019, 20’)
– Direção: Taize Inácia e Thaynara Rezende
TAPAJÓS AMEAÇADO
(Brasil - SP, 2021, 24’)
– Direção: Thomaz Pedro
(Brasil - PA, 2019, 7’)
Direção: Kamikia Ksedje e Simone Giovine
TWAKANA YAGAN
(Argentina, 2020, 15’)
Direção: Rodrigo Tenuta e Ignacio Leonidas
(Brasil - PE/MT, 2020, 20’)
Direção: Rita Carelli e Vincent Carelli
CONCURSO CURTA ECOFALANTE
O Concurso Curta Ecofalante é uma
competição voltada para curtas-metragens produzidos por estudantes. Para
participar, os filmes inscritos precisavam abordar temáticas relacionadas a
pelo menos um dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela ONU na Agenda 2030 – são
17 objetivos que abrangem temas como erradicação
da pobreza, saúde de qualidade, combate às mudanças climáticas e igualdade de gênero. O Concurso Curta Ecofalante, que nesta
edição tem apoio do WWF-Brasil, selecionou 10
filmes que concorrerão ao prêmio de Melhor
Curta Ecofalante.
ÀPROVA
(Brasil - SP, 2020, 16’)
Direção: Natasha Rodrigues
BEATMAKERS
(Brasil - SP, 2019, 22’)
Direção: Luciana Santos e Sabrina Emanuelly
CASA DOS AMIGOS
(Brasil - SC, 2021, 9’)
Direção: Lena Bertanin e Pedro Oliveira
EFEITO ZUVUYA
(Brasil - SP, 2020, 13’)
Direção: Gabriel Guizani
(Brasil - RS, 2020, 19’)
Direção: Julia Regis
NÃO TOQUE, É DRAG!
(Brasil - PE, 2020, 20’)
Direção: Gabriel Cabral
QUARENTENA PRA QUEM?
(Brasil - SP, 2020, 22’)
Direção: Laís Maciel e Isabella Vilela
REMANESCENTE
(Brasil - SP, 2019, 25’)
Direção: João Victor Avila
(Brasil - SP, 2019, 30’)
Direção: Amanda Carvalho
VILA DOS PESCADORES - DA PESCA AO
POVO
(Brasil - SP, 2019, 15’)
Direção: Cintia Neli da Silva Inacio, Geovanne
Rafael V. da Silva
TERRITÓRIOS URBANOS:
SEGREGAÇÃO, VIOLÊNCIA E RESISTÊNCIA
O Programa Especial Territórios Urbanos: Segregação, Violência e Resistência traz ao público uma seleção de importantes filmes brasileiros realizados nas últimas duas décadas que tratam da realidade urbana do país. Inéditas na Mostra Ecofalante, essas obras são sintomáticas das mudanças socioeconômicas pelas quais o Brasil passou nesse período, escancarando os persistentes problemas que a sociedade e o Estado brasileiros ainda não resolveram e que se inscrevem na geografia das grandes cidades. Há filmes de nomes como João Moreira Salles (Notícias de Uma Guerra Particular), Maria Augusta Ramos (Futuro Junho), Paulo Caldas e Marcelo Luna (O Rap do Pequeno Príncipe Contra as Almas Sebosas), Kiko Goifman (Atos dos Homens), Eliane Caffé (Era O Hotel Cambridge), Evaldo Mocarzel (À Margem da Imagem), Adirley Queirós (Branco Sai, Preto Fica), Cristiano Burlan (Mataram Meu Irmão), Gabriel Mascaro (Um Lugar ao Sol), Natasha Neri e Lula Carvalho (Auto de Resistência), João Sodré, Maíra Buhler e Paulo Pastorelo (Elevado 3.5). Também traz obras de uma nova e promissora geração de cineastas brasileiros como Affonso Uchoa (A Vizinhança do Tigre), Alice Riff (Meu Corpo é Político), Pedro Rocha (Corpo Delito) e Camila de Moraes (O Caso do Homem Errado). A Mostra exibe ainda em primeira mão a nova remasterização do clássico O Prisioneiro da Grade de Ferro (Autorretratos), de Paulo Sacramento.
Alguns desses filmes já foram alçados à condição de
clássicos do cinema nacional. Outros, mais recentes, ainda circulam e continuam
a ter impacto, principalmente sobre um público mobilizado em torno de
determinadas causas. O que intencionamos com essa mostra é chamar a atenção do
espectador para a contribuição que o cinema brasileiro, com seu olhar atento,
tem a dar aos debates em torno de urgentes questões urbanas, que muitas vezes
se confundem com problemas estruturais de nossa sociedade. Os filmes aqui
apresentados, em seu conjunto, revelam as disputas territoriais, as formas de
opressão, mas também falam de modos de resistência.
(Brasil-SP, 2003, 72 min)
Dir. Evaldo Mocarzel
Sinopse: O
filme dá voz a moradores de rua da cidade de São Paulo e àqueles que com eles
convivem e trabalham cotidianamente em prol de lhes dar assistência. Essa
população encontra-se nas ruas pelos mais diversos motivos e, nela, desenvolve
uma cultura própria, além de diversas formas de resistir a essa dura realidade.
O filme focaliza temas como exclusão social, desemprego, alcoolismo, loucura,
religiosidade, espaços públicos contemporâneos, degradação urbana, cidadania,
alteridade e o roubo da imagem dessas comunidades. Baseado em estudos da
filósofa e pesquisadora Maria Cecília Loschiavo. Filme vencedor do prêmio de
melhor documentário no Festival de Gramado e no Festival do Rio; prêmio
especial do júri no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
A VIZINHANÇA DO TIGRE
(Brasil-MG, 2014, 95 min)
Dir. Affonso Uchôa
Sinopse: Juninho,
Menor, Neguinho, Adilson e Eldo são jovens moradores do bairro Nacional,
periferia de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte. Divididos entre
o trabalho e a diversão, o crime e a esperança, cada um deles terá de encontrar
modos de superar as dificuldades e domar o tigre que carregam dentro das veias.
Filme vencedor do prêmio da Mostra Aurora e do júri da crítica na Mostra de
Tiradentes; prêmio da crítica no Olhar de Cinema – Festival Internacional de
Curitiba; melhor filme no CachoeiraDoc – Festival de Documentários de
Cachoeira; melhor direção no Fronteira – Festival Internacional do Filme
Documentário e Experimental de Goiânia.
(Brasil-SP, 2006, 78 min)
Dir. Kiko Goifman
Sinopse: Inicialmente,
este seria um documentário sobre sobreviventes de chacinas no Rio de Janeiro.
Porém, no curso da preparação das filmagens, um novo e hediondo massacre
perpetrado por policiais tem lugar na Baixada Fluminense. A matança ocorrida nas
cidades de Nova Iguaçu e Queimados faz com que a equipe do projeto acabe se
voltando para o cotidiano dos moradores da região atingida, escancarando a
profunda desigualdade social e a banalização da morte, modo corriqueiro de
resolução de conflitos em algumas periferias urbanas do país. Filme selecionado
para os festivais de Berlim, Guadalajara, Bafici-Buenos Aires e Montevidéu.
AUTO DE RESISTÊNCIA
(Brasil-RJ, 2018, 105 min)
Dir. Natasha Neri e Lula Carvalho
Sinopse: Um
acompanhamento dos casos de homicídios cometidos pela Polícia Militar do Rio de
Janeiro classificados como “autos de resistência”, isto é, legítima defesa.
Durante a tramitação dessas ocorrências na justiça, fica evidente o padrão de
imprudência da corporação em relação a elas: investigações esdrúxulas e
perícias defeituosas, que levam 98% dos inquéritos a serem arquivados. O filme
acompanha a trajetória de personagens que lidam com essas mortes em seu
cotidiano, mostrando o tratamento dado pelo Estado a esses casos, desde o
momento em que um indivíduo é morto, passando pela investigação da polícia, até
as fases de arquivamento ou julgamento por um tribunal do júri. Filme vencedor
do prêmio de melhor filme brasileiro no É Tudo Verdade – Festival Internacional
de Documentários.
(Brasil-DF, 2014, 95 min)
Dir. Adirley Queirós
Sinopse: Tiros
em um baile de black music na
periferia de Brasília ferem dois homens, que ficam marcados para sempre. Um
terceiro vem do futuro para investigar o acontecido e provar que a culpa é da
sociedade repressiva. Filme vencedor dos prêmios de melhor filme, melhor ator,
melhor direção de arte, prêmio da crítica, Prêmio Saruê e Prêmio Exibição TV
Brasil no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro; melhor filme, melhor ator,
melhor montagem, melhor captação de som direto e melhor edição de som na Mostra
Brasília (Festival de Brasília do Cinema Brasileiro); melhor filme no Festival
do Uruguai; melhor filme latino-americano no Festival de Mar del Plata; prêmio
especial do júri e prêmio da crítica no Festival Cartagena; melhor filme
internacional no Festival Pachamama – Cinema de Fronteira; Prêmio Olhares
Brasil e prêmio especial do júri no Olhar de Cinema – Festival Internacional de
Curitiba; melhor filme e prêmio do público no CachoeiraDoc – Festival de
Documentários de Cachoeira; melhor desenho de som no Festival de Vitória;
menção honrosa da Mostra Aurora e do júri da crítica na Mostra de Tiradentes.
(Brasil-CE, 2017, 74 min)
Dir. Pedro Rocha
Sinopse: Ivan,
de 30 anos, acaba de sair da cadeia depois de oito anos preso. Ele agora está
de volta à sua casa, de volta ao convívio com sua esposa e sua filha, que ele
mal conhece. É uma chance de retomar a vida; porém, ele ainda não está livre,
sua liberdade é condicional e, por isso, seus passos são controlados por uma
tornozeleira eletrônica. Apenas o trajeto da casa ao trabalho é permitido, mas
Ivan não se conforma e oscila constantemente entre o dever de ficar em casa e o
desejo de ganhar a rua. Se ceder à tentação, porém, estará arriscando o
benefício da progressão de sua pena. Filme selecionado para o Dok Leipzig
– Festival Internacional de Documentário e Animação de Leipzig, para o
forumdoc.bh – Festival Etnográfico e Documentário de Belo Horizonte e para a
Mostra de Tiradentes.
ELEVADO 3.5
(Brasil-SP, 2007, 75 min)
Dir. João Sodré, Maíra Buhler e Paulo
Pastorelo
Sinopse: O
mundo de pessoas que se cruzam ao longo dos 3,5 quilômetros do Elevado
Presidente João Goulart (nomeado anteriormente Elevado Presidente Costa e Silva
e popularmente conhecido como Minhocão) – uma via expressa construída na região
central da cidade de São Paulo durante a ditadura militar (1964-1985). Do nível
da rua ao último andar, o filme revela diferentes pontos de vista e mergulha
nas histórias dos personagens.
Vencedor do prêmio de melhor filme brasileiro no É
Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários; selecionado para os
festivais de Bogotá, Biarritz e do Cinema Latino-Americano de Trieste.
(Brasil-SP/França/Espanha, 2016, 120 min)
Dir. Eliane Caffé
Sinopse: No limite entre o documentário e a ficção, o
filme narra a trajetória de refugiados recém-chegados ao Brasil que, junto com
trabalhadores sem-teto, ocupam um velho edifício abandonado no centro da cidade
de São Paulo. Em meio à tensão diária da ameaça do despejo, revelam-se dramas,
situações cômicas e diferentes visões de mundo. Filme vencedor do prêmio do
público para filme brasileiro de ficção na Mostra Internacional de Cinema de
São Paulo; melhor montagem, prêmio do público e prêmio da crítica no Festival
do Rio; menção honrosa do Prêmio Spanish Cooperation no Festival de San
Sebastián; melhor filme e melhor atuação no Festival Pachamama – Cinema de
Fronteira; melhor filme, melhor atriz e prêmio da crítica no Fest Aruanda
– Festival de Aruanda do Audiovisual Brasileiro; melhor longa-metragem
internacional (Prêmio Periférica Cine) e melhor longa-metragem latino-americano
(Prêmio CineMigrante/OIM) no Festival Internacional Cinemigrante (Argentina);
menção honrosa no Festival de Cinema e Fórum de Direitos Humanos (Suíça).
(Brasil-RJ, 2015, 100 min)
Dir. Maria Augusta Ramos
Sinopse: O
filme apresenta o retrato de um momento chave da história do Brasil, focando o
cotidiano de quatro personagens que vivem na maior cidade do país. As
realidades de um economista e analista do mercado financeiro, de um metalúrgico
da Volkswagen, de um motoboy e de um metroviário acabam reforçando diferentes
aspectos do cenário socioeconômico brasileiro em um período de tensão social. Este
documentário é construído a partir da observação do cotidiano dessas pessoas
nas três semanas que antecedem a abertura dos jogos da Copa do Mundo da
FIFA. Filme vencedor do prêmio de melhor filme e menção honrosa do prêmio
da crítica no Janela Internacional de Cinema do Recife; melhor direção de
documentário no Festival do Rio; selecionado para o Festival de Documentários
de Yamagata (Japão).
MATARAM MEU IRMÃO
(Brasil-SP, 2013, 77 min)
Cristiano Burlan
Sinopse: Ao
reconstituir os detalhes da morte de seu irmão aos 22 anos, o cineasta
Cristiano Burlan lança-se em uma jornada pessoal que o leva a desvelar certos
padrões no círculo da violência atuante nos bairros da periferia paulistana e,
em particular, no Capão Redondo, onde ele morava com a família. Ao investigar
as razões pelas quais o irmão acabou se envolvendo com drogas e roubo de
carros, o diretor expõe partes de sua própria história familiar. Os depoimentos
de parentes e amigos trazem à tona os destinos de diversos personagens,
mapeando um histórico de dolorosas feridas emocionais. Filme vencedor do prêmio
de melhor filme brasileiro e prêmio da crítica no É Tudo Verdade – Festival
Internacional de Documentários; melhor documentário (voto da crítica) no
Festival Sesc Melhores Filmes; Prêmio Governador do Estado para Cultura na
categoria Cinema; menção honrosa de melhor documentário no Cinesul – Festival
Ibero-Americano de Cinema e Vídeo.
(Brasil, 2017, 71 min)
Dir. Alice Riff
Sinopse: O
filme acompanha o cotidiano de quatro militantes LGBTQIA+ que vivem em
periferias de São Paulo. Estão em foco sua intimidade e o contexto social
urbano no qual estão inseridos. Questões contemporâneas prementes da população
trans e seus campos de disputas políticas são mostrados sem tabus e trazendo o
ponto de vista das personagens retratadas. Filme vencedor do prêmio de melhor
filme brasileiro no Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba;
melhor filme no Lovers – Festival LGBTQI de Turim; selecionado para os
festivais Visions du Réel, Bafici-Buenos Aires e Havana.
(Brasil-RJ, 1999, 57 min)
Dir. João Moreira Salles e Katia Lund
Sinopse: O
filme apresenta a realidade da violência urbana na cidade do Rio de Janeiro no
final da década de 1990, partindo do cotidiano no morro Dona Marta. Por meio de
depoimentos de moradores, traficantes e policiais, um cenário de insegurança,
corrupção e injustiças vai se revelando. Filme vencedor do prêmio de
melhor filme da competição brasileira e menção especial da competição
internacional no É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários;
Prêmio Margarida de Prata da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
(Brasil-BA/RS, 2017, 77 min)
Dir. Camila de Moraes
Sinopse: O
operário negro Júlio César de Melo Pinto foi executado em Porto Alegre pela
Polícia Militar nos anos 1980. A história do jovem é contada através de
depoimentos como o do fotógrafo que fez as imagens que tornaram o caso
conhecido e o da viúva do operário, além de nomes respeitados da luta pelos
direitos humanos e do movimento negro no Brasil. Filme vencedor do prêmio de
melhor documentário no LABRFF – Festival do Cinema Brasileiro de Los Angeles;
melhor filme no Festival Cine Latino de Punta del Este; selecionado para os festivais
de Gramado e Latino-Americano de São Paulo.
O PRISIONEIRO DA GRADE DE FERRO
(AUTORRETRATOS)
(Brasil-SP, 2003, 126 min)
Dir. Paulo Sacramento
Sinopse: O
sistema carcerário brasileiro visto de dentro: um ano antes da desativação da
Casa de Detenção do Carandiru (São Paulo), detentos aprendem a utilizar câmeras
de vídeo e documentam o cotidiano do maior presídio da América Latina. Filme vencedor
dos prêmios de melhor filme da competição internacional, melhor filme da
competição brasileira, Prêmio ABD – Associação Brasileira de Documentaristas e
Prêmio MinC no É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários; prêmio
da crítica para documentário no Festival de Gramado; menção especial da mostra
Future Film / Digital no Festival de Veneza; prêmio especial do júri no
Festival do Rio; melhor direção de documentário no Festival de Tribeca; melhor
documentário no Festival de Málaga e no Grande Prêmio TAM do Cinema Brasileiro
(atual Grande Prêmio do Cinema Brasileiro); melhor filme no Festival de Leeds;
melhor documentário de diretor estreante no Festival Latino de Los Angeles;
Prêmio APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte para melhor diretor
estreante; melhor direção no Prêmio Fiesp/Sesi do Cinema Paulista; medalha de
prata no Filmmaker Doc Festival (Itália).
CONTRA AS ALMAS SEBOSAS
(Brasil-PE, 2000, 75 min)
Dir. Paulo Caldas e Marcelo Luna
Sinopse: Dois
personagens reais formam o eixo deste documentário: Helinho, justiceiro, 21
anos, conhecido como “Pequeno Príncipe”, é acusado de matar 65 bandidos;
Garnizé, músico, 26 anos, componente da banda Faces do Subúrbio, militante
político e líder comunitário, usa a cultura para enfrentar a difícil
sobrevivência na periferia. Os dois são filhos de uma guerra social silenciosa,
que é travada diariamente nos subúrbios das grandes cidades brasileiras. Filme
selecionado para os festivais de Veneza e Roterdã; prêmio do público no
Festival de Brasília do Cinema Brasileiro; Prêmio GNT de Renovação de Linguagem
no É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários; Prêmio Gran
Coral de segundo melhor documentário no Festival de Havana; melhor filme na
Jornada de Cinema da Bahia; melhor direção no Festival de Cuiabá.
(Brasil-PE, 2009, 71 min)
Dir. Gabriel Mascaro
Sinopse: Moradores ricos que vivem muito acima da realidade das ruas discutem uma vida na qual o privilégio cria um universo à parte. Filme vencedor do prêmio de melhor documentário no FIDOCS – Festival de Documentários de Santiago; menção especial do júri no Bafici-Buenos Aires; selecionado para os festivais Visions du Réel, CPH:DOX, Los Angeles, Havana, Cartagena, Miami, Málaga, Toulouse, Uruguai, Três Continentes de Nantes e Bratislava.
PANORAMA INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEO
Grande atração do Panorama Internacional Contemporâneo, o longa-metragem Jogo do Poder é assinado por Costa-Gavras, cineasta vencedor do Oscar e do prêmio de melhor direção no Festival de Cannes. Em seu novo longa-metragem, inédito no Brasil, o diretor revela os bastidores do jogo de poder da Europa, focalizando as razões para a crise na Grécia ter acontecido e como foi travada uma das mais espetaculares e controversas batalhas da história política.
Também parte do Panorama, A Nova Corporação, dirigido por Joel Bakan e Jennifer Abbott – mesmos realizadores do multipremiado A Corporação, de 2003 – revela uma nova astúcia dessas instituições: transvestir-se de entidades “socialmente responsáveis”. Outro destaque é O Capital do Século XXI, codirigido pelo economista Thomas Piketty, autor do best seller homônimo no qual o filme se inspira. O documentário traça a evolução do capitalismo e evidencia esta nova fase em que a concentração de renda voltou a aumentar, exacerbando as desigualdades no mundo.
Selecionado no IDFA–Amsterdã e CPH:DOX, festival internacional de documentários da Dinamarca, A Campanha Contra o Clima, de Mads Ellesøe, revela a campanha, patrocinada secretamente pelas maiores petroleiras do planeta, de negação da causa antrópica do aquecimento global, retardando em mais de 30 anos as ações contra a crise do clima. Chama atenção a representação africana no evento deste ano. Um dos destaques é uma rara produção do Quênia, Softie, premiada por sua montagem no badalado Festival de Sundance. Dirigido pelo cineasta e ativista Sam Soko, o documentário segue o percurso de um fotógrafo famoso por retratar a violência política daquele país, que se aventura na política para levar seu ativismo socioambiental a um novo patamar. Outra cinematografia pouco frequente no circuito internacional, a produção de Angola Ar Condicionado, selecionada para o prestigioso Festival de Roterdã, o longa de estreia de Fradique mescla realismo fantástico e crítica social em uma história onde aparelhos de ar condicionado começam a cair misteriosamente dos apartamentos na cidade de Luanda, capital do país. Já Morning Star é uma coprodução entre Madagascar e a Ilha da Reunião selecionada para o IDFA-Amsterdã, o mais importante festival internacional de documentários. Dirigida por Nantenaina Lova, que também assina a produção, o roteiro, a fotografia e a edição, a obra focaliza uma vila, uma comunidade e uma cultura em vias de desaparecer por conta da mineração.
Selecionado nos festivais Hot Docs, CPH:DOX, Dokufest e IDFA – Amsterdã, Dope Is Death: A Outra Luta dos Panteras Negras, da diretora norte-americana Mia Donovan, traz a pouco conhecida história de um programa de desintoxicação, iniciado por um dos fundadores do movimento dos Panteras Negras, no bairro nova-iorquino do Bronx dos anos 1970. Também se destacam o documentário canadense dirigido por Lulu Wei Um Lugar Como Nenhum Outro, que venceu o Rogers Audience Award no Hot Docs ao retratar a transformação de um icônico quarteirão de Toronto através das histórias de membros de sua comunidade que lhe deram identidade, e Cuidadoras a Caminho, do documentarista indonésio Ismail Fahmi Lubis, que revela os meandros de um centro de treinamento para trabalhadoras domésticas que buscam ser empregadas no exterior.
O Panorama Internacional Contemporâneo
está dividido em 7 temas: Ativismo,
Biodiversidade, Cidades, Economia, Povos & Lugares, Tecnologia e Trabalho.
ATIVISMO
O eixo temático ATIVISMO é composto de quatro
filmes: Arica, de Lars
Edman e William Johansson Kalén, é uma coprodução
Suécia/Chile/Bélgica/Noruega/Reino Unido selecionada para o festival
IDFA-Amsterdã que focaliza um processo de responsabilidade corporativa contra
uma mineradora sueca que exportou 20 mil toneladas de lixo tóxico para uma a
cidade do Chile; Ativistas Animais,
de Denis Henry Hennelly e Casey Suchan, conta a história da perseguição
implacável do governo norte-americano a um grupo de ativistas que luta contra a
crueldade animal; Dope is Death: A
Outra Luta dos Panteras Negras, de Mia Donovan, recupera a história do Dr.
Mutulu Shakur, (padrasto do rapper Tupac Shakur, assassinado em 1996), que junto
com seus companheiros dos Panteras Negras e os Jovens Lordes, combinaram saúde
comunitária com política radical para criar o primeiro programa de
desintoxicação por acupuntura nos Estados Unidos. Já a produção do Quênia
vencedora do prêmio de melhor montagem no Festival de Sundance: Softie, de Sam Soko, retrata um jovem
fotógrafo famoso por retratar a violência política de seu país que decide
concorrer às eleições regionais.
ARICA
(Arica,
Suécia/Chile/Bélgica/Noruega/Reino Unido, 2020, 97 min)
Dir. Lars Edman e William Johansson Kalén
Sinopse: Uma
mineradora sueca exporta 20 mil toneladas de lixo tóxico para a cidade chilena
de Arica, no norte do deserto de Atacama. Milhares de pessoas adoecem, muitas
morrem de câncer. O filme documenta um processo inédito de responsabilidade
corporativa que começa depois de um cineasta sueco nascido no Chile expor o
escândalo em um primeiro documentário. Filmado ao longo de 15 anos, a obra
revela como as decisões tomadas décadas atrás na Europa continuam afetando as
pessoas na América do Sul. Selecionado para o IDFA-Amsterdã.
(The
Animal People, EUA, 2019, 97 min)
Dir. Denis Henry Hennelly e Casey Suchan
Sinopse: Filmado
ao longo de 15 anos, conta a história da perseguição implacável do governo
norte-americano a um grupo de ativistas que luta contra a crueldade animal. O
filme retrata como os jovens foram alçados de ativistas radicais que se apoiam
na primeira emenda à Constituição do país – a liberdade de expressão –, a
terroristas domésticos. Produção executiva do ator vencedor do Oscar e ativista
vegano Joaquin Phoenix. Selecionado para o Suncine – Festival de Cinema e Meio
Ambiente de Barcelona.
DOPE IS DEATH:
A OUTRA LUTA DAS PANTERAS NEGRAS
(Dope
is Death, EUA, 2020, 79 min)
Dir. Mia Donovan
Sinopse: A
história de como o Dr. Mutulu Shakur (padrasto do rapper Tupac Shakur,
assassinado em 1996), junto com seus companheiros dos Panteras Negras e os
Jovens Lordes, combinaram saúde comunitária com política radical para criar o
primeiro programa de desintoxicação por acupuntura nos Estados Unidos em 1973.
Visionário, o projeto logo considerado perigoso demais pelo governo
norte-americano. Selecionado para os festivais IDFA-Amsterdã, HotDocs, CPH:DOX
e Dokufest.
SOFTIE
(Softie,
Quênia, 2020, 96 min)
Dir. Sam Soko
Sinopse: Softie,
como é apelidado Boniface, é um jovem fotógrafo queniano famoso por retratar a
violência política de seu país natal. Inconformado com o descaso e abandono que
vê ao seu redor, decide concorrer às eleições regionais. Ao lutar por manter a
sua campanha “limpa” e sua família segura, percebe que a política é o único
caminho para se alcançar a justiça socioambiental, é também um jogo muito sujo
e perigoso. Vencedor do prêmio de melhor montagem no Festival de Sundance;
selecionado para os festivais de HotDocs e CPH:DOX.
BIODIVERSIDADE
BIODIVERSIDADE é o eixo
temático que reúne sete produções: As
Borboletas de Arabuko (John Davies, Reino Unido) aborda o ofício de
caçadores e criadores de borboletas no Quênia e como essa prática incomum
acabou ajudando a preservar a maior e última floresta remanescente da África
Oriental; Vencedor do importante festival ambiental norte-americano Wild &
Scenic, Baleias Enredadas, de
David Abel, é produção norte-americana que trata dos esforços para proteger da
extinção as baleias francas do Atlântico Norte; O alemão; Era Uma Vez Um Lago, de Daniel Asadi Faezi, premiado no Festival de
Innsbruck, é uma abordagem poética sobre um lago no norte do Irã transformado
em terra estéril e coberta de sal; O
Salmão Vermelho, dos russos Dmitriy Shpilenok e Vladislav Grishin, foi
elogiado por sua fotografia primorosa ao focalizar um santuário do salmão
vermelho, ameaçado pela pesca ilegal; O
Tempo das Florestas, produção francesa dirigida por François-Xavier Drouet,
alerta para a atual fase de industrialização das florestas, verdadeiros
símbolos da natureza e da preservação; Res Creata (de Alessandro Cattaneo, Itália) é ensaio visual
sobre a relação entre os seres humanos e os animais selecionado para os
importantes festivais de documentários Visions du Rèel e Hot Docs; Narrado pelo
ator e ativista ambiental Woody Harrelson, o longa-metragem
norte-americano Solo Fértil, de
Josh Tickell e Rebecca Harrell Tickell, aborda um grupo de ativistas,
cientistas, agricultores e políticos que se unem em um movimento global por uma
técnica de plantio cujo objetivo é equilibrar o clima, reabastecer o vasto
suprimento de água e alimentar o mundo.
AS BORBOLETAS DE ARABUKO
(The
Flying Gold of Arabuko, Reino Unido, 2020, 10 min)
Dir. John Davies
Sinopse: Sobre
o ofício de caçadores e criadores de borboletas no Quênia e como essa prática
incomum acabou ajudando a preservar a maior e última floresta remanescente da
África Oriental. Contado da perspectiva de um criador de borboletas e
ex-caçador furtivo, o filme questiona se algo tão pequeno como uma borboleta
poderia salvar um ecossistema inteiro. Vencedor do prêmio de melhor
curta-metragem no Independent Shorts Awards e de menção especial do júri
no Festival Innsbruck Nature.
BALEIAS ENREDADAS
(Entangled,
EUA, 2020, 75 min)
Dir. David Abel
Sinopse: Sobre
os esforços para proteger da extinção as baleias francas do Atlântico Norte, os
impactos desses esforços na indústria da lagosta e como o Serviço Nacional de
Pesca Marinha tem lutado para equilibrar os interesses rivais. Vencedor do
Prêmio Jackson Wild Media (considerado como o “Oscar” do cinema de natureza),
na categoria de melhor filme não-televisivo.
ERA UMA VEZ UM LAGO
(Where We Used To Swim, Alemanha, 2019, 8
min)
Dir. Daniel Asadi Faezi
Sinopse: O
Lago Urmia, no norte do Irã, já foi o maior lago do Oriente Médio, mas sua má
gestão trouxe uma seca devastadora que transformou boa parte dele em terra
estéril e coberta de sal. Sob a forma de ensaio cinematográfico, o filme
utiliza fragmentos de identidade e memória, partindo do presente para revisitar
o passado e erguer um monumento ao quase extinto Lago Urmia. Vencedor de menção
honrosa no Festival de Innsbruck.
O SALMÃO VERMELHO
(Sockeye
Salmon, Red Fish, Rússia, 2020, 51 min)
Dir. Dmitriy Shpilenok e Vladislav Grishin
Sinopse: O
Santuário do Sul de Kamchatka é o paraíso do salmão vermelho, espécie selvagem
que habita a península de Kamchatka, região no extremo oriente da Rússia. A
reserva, que abriga uma população de ursos marrons e atrai milhares de turistas
todo ano, é um raro exemplo de equilíbrio entre a flora e a fauna. O
documentário, elogiado por sua fotografia primorosa, foi filmado ao longo de
anos e testemunhou os esforços da comunidade para conscientizar a população
local e frear a caça furtiva, que ameaçava o salmão vermelho e assim, toda a
biodiversidade que ele ajuda a sustentar. Vencedor do grand prix do Festival
Ekofilm.
O TEMPO DAS FLORESTAS
(Le
Temps des Forêts, França, 2018, 104 min)
Dir. François-Xavier Drouet
Sinopse: Símbolo
da natureza e da preservação, as florestas enfrentam uma fase de
industrialização sem precedentes. A pesada mecanização, as monoculturas, os
fertilizantes e os pesticidas se multiplicam no ritmo acelerado do modelo da
agricultura intensiva. Ao mesmo tempo, a transmissão de conhecimento dos
silvicultores se perde. Nessa jornada ao coração da indústria florestal e suas
alternativas, o filme mostra como as escolhas de hoje definirão a paisagem de
amanhã. Vencedor do prêmio SRG SSR na Semana da Crítica do Festival de Locarno
e do Prêmio Independente no Festival de Trento.
(Res
Creata – Humans and Other Animals, Itália, 2019, 80 min)
Dir. Alessandro Cattaneo
Sinopse: Sobre
a relação milenar – ora conflituosa, ora harmoniosa – entre os seres humanos e
os animais. Trata-se de uma relação onde a curiosidade, o amor e o
deslumbramento muitas vezes se entrelaçam com a exploração, a objetificação e a
necessidade. Ensaio visual ao mesmo tempo intimista e filosófico, o filme
procura jogar luz sobre o que nos conecta e sugere que se conseguirmos mudar o
modo como pensamos sobre os animais, o ecossistema inteiro se beneficiará. Selecionado
para o Festival de Innsbruck, Cracóvia, Visions du Rèel e Hot Docs.
SOLO FÉRTIL
(Kiss
The Ground, EUA, 2020, 85 min)
Dir. Josh Tickell e Rebecca Harrell Tickell
Sinopse: Narrado
pelo ator e ativista ambiental Woody Harrelson, o filme aborda um grupo
revolucionário de ativistas, cientistas, agricultores e políticos que se unem
em um movimento global chamado “Agricultura Regenerativa”. Trata-se de uma
técnica de plantio cujo objetivo é equilibrar o clima, reabastecer o vasto
suprimento de água e alimentar o mundo. Vencedor do prêmio de melhor
documentário no Festival Doc LA (Los Angeles); melhor documentário interativo
no Festival Lonely Wolf (Londres).
CIDADES
CIDADES é eixo temático no
qual estão reunidos seis títulos: O longa-metragem português A Nossa Terra, o Nosso Altar, de André
Guiomar, premiado no Festival de Bilbao, é documentário intimista e
observacional sobre o bairro do Aleixo, na cidade do Porto, vivendo processo de
demolição que arrasta-se há anos; Coprodução entre a Alemanha e a Etiópia
dirigida por Daniel Kötter, A Leste
de Finfinnee foi premiado no Festival DOK Leipzig ao incursionar na
periferia da capital etíope Adis Abeba, analisando o fosso mais do que
simbólico entre o urbano e rural; Ar
Condicionado, longa angolano assinado por Fradique e selecionado para o
Festival de Roterdã, mistura realismo mágico e crítica social em um enredo
sobre aparelhos de ar condicionado que começam a cair misteriosamente dos
apartamentos na cidade de Luanda, capital do país; Formas Concretas de Resistência, coprodução entre Reino Unido e
Líbano dirigida por Nick Jordan, focaliza obra arquitetônica de Oscar Niemeyer
(1907-2012) em Trípoli para um evento que acabou não sendo realizado e se
tornou um verdadeiro estorvo no meio da cidade; Injustiça Climática, de Judith Helfand, vincula a devastação de um
desastre natural ao desastre do racismo estrutural a partir da pior onda de
calor da história dos Estados Unidos vivida pela cidade de Chicago em 1995,
quando 739 pessoas – a maioria idosos e negros – morreram no espaço de uma
semana; Já o canadense Um Lugar
Como Nenhum Outro, dirigido por Lulu Wei, é um registro pessoal da
transformação de um icônico quarteirão da cidade de Toronto, coletando
histórias de membros de sua comunidade.
A NOSSA TERRA, O NOSSO ALTAR
(A
Nossa Terra, o Nosso Altar, Portugal, 2020, 77 min)
Dir. André Guiomar
Sinopse: Documentário
intimista e observacional, o filme testemunha as últimas rotinas no cotidiano
do bairro social do Aleixo (na cidade do Porto, Portugal), marcadas pela tensão
de um fim anunciado. Entre a queda da primeira e da última torre, o processo de
demolição arrasta-se durante anos, deixando as vidas dos moradores em suspenso,
num misto de resignação e inconformidade. Vencedor do Prêmio ZIFF Youth Award
no Festival de Documentários e Curtas-Metragens de Bilbao; Melhor Diretor
Emergente na competição internacional do Festival Porto/Post/Doc.
A LESTE DE FINFINNEE
(Rift
Finfinnee, Alemanha/Etiópia, 2020, 79 min)
Dir. Daniel Kötter
Sinopse: Uma
viagem pela periferia de Adis Abeba, capital da Etiópia. Em planos de paisagens
e arquitectura rigorosamente enquadrados e com uma trilha sonora que entrelaça
as conversas originais de forma complexa, o filme percorre o desfiladeiro do
rio Akaki, analisando o fosso mais do que simbólico entre o urbano e rural. A
obra toma a geografia concreta, a arquitetura e a vida cotidiana de
trabalhadores agrícolas e da construção civil no leste de Adis Abeba
(“Finfinnee”, em oromo) como ponto de partida para uma narrativa alegórica
sobre a urbanização de uma sociedade africana à beira da guerra civil. Vencedor
do Prêmio DEFA no Festival DOK Leipzig; selecionado para os festivais Doclisboa
e Hot Docs.
(Ar
Condicionado, Angola, 2020, 72 min)
Dir. Fradique
Sinopse: Quando
aparelhos de ar condicionado começam a cair misteriosamente dos apartamentos na
cidade de Luanda, capital da Angola, um vigia e uma empregada doméstica têm a
missão de recuperar o aparelho do chefe. O filme mistura realismo mágico e
crítica social em uma narrativa sobre como vivemos em conjunto nas esperanças
verticais, no coração de uma cidade que é passado-presente-futuro.
Vencedor do prêmio de melhor filme no Festival de Innsbruck; selecionado para o
Festival de Roterdã.
FORMAS CONCRETAS DE RESISTÊNCIA
(Concrete
Forms of Resistance, Reino Unido/Líbano, 2019, 25 min)
Dir. Nick Jordan
Sinopse: “Trípoli teve sorte de ter esse projeto no
coração da cidade, mas o projeto teve o azar de ser em Trípoli”. Com essa
frase, o filme dita o tom melancólico de sua análise sobre a concepção e o uso
do projeto arquitetônico do brasileiro Oscar Niemeyer (1907-2012) para a Feira
Internacional Permanente que seria sediada na cidade de Trípoli, no Líbano. A
guerra colocou um fim nesse grande projeto e tornou o espaço inviável – um
estorvo no meio da cidade. Selecionado para o Festival de Sheffield e Festival
de Curtas-Metragens de Londres.
INJUSTIÇA CLIMÁTICA
(Cooked:
Survival by Zip Code, EUA, 2018, 82 min)
Dir. Judith Helfand
Sinopse: Chicago
sofreu a pior onda de calor da história dos Estados Unidos em 1995, quando 739
pessoas – a maioria idosos e negros – morreram no espaço de uma semana.
Enquanto o filme vincula a devastação do desastre natural ao desastre do
racismo estrutural, também investiga uma das indústrias de maior crescimento
das últimas décadas: a indústria de preparação para emergências e desastres. O
filme pergunta: como pode o estado estar disposto a se prevenir contra
desastres naturais, mas reluta em reconhecer os desastres em câmera lenta que
engendra? Selecionado para os festivais DOC NYC, SEFF – Seoul Eco e DC
Environmental.
UM LUGAR COMO NENHUM OUTRO
(There’s
No Place Like This Place, Anyplace, Canadá, 2020, 75 min)
Dir. Lulu Wei
Sinopse: Registro
pessoal da transformação de um icônico quarteirão de Toronto através das
histórias de membros de sua comunidade, da qual fazem parte a diretora e sua
namorada. Enquanto todos revisitam a história do bairro – indissociável da
trajetória de cada um dos moradores –, eles não deixam de lutar por moradia
acessível em meio à maior crise imobiliária que o país jamais viu. Vencedor do
prêmio do público no Festival Hot Docs.
ECONOMIA
No eixo temático ECONOMIA estão quatro
longas-metragens: A Nova Corporação é
assinado pelo renomado escritor, músico de jazz, cineasta e professor Joel
Bakan, em codireção com Jennifer Abbott. O filme revela como a aquisição
corporativa da sociedade está sendo justificada pelas astutas ações
estratégicas que buscam reposicionar corporações como entidades com consciência
social; Jogo do Poder, do
cineasta três vezes vencedor do Oscar Costa-Gavras, é baseado nas memórias do
ex-ministro de finanças grego Yanis Varoufakis, co-roteirista do filme, e
focaliza as razões para a crise na Grécia ter acontecido e como foi travada uma
das mais espetaculares e controversas batalhas da história política; O Capital no Século XXI, de Justin
Pemberton e Thomas Piketty, é coprodução França/Nova Zelândia que propõe uma
viagem através da história moderna de nossas sociedades, contrapondo a riqueza
e o poder de um lado e, do outro, o progresso social e as desigualdades; Oeconomia, dirigido por Carmen Losmann
e selecionado para o Festival de Berlim, revela como as regras do jogo
capitalista contemporâneo pré-condicionam sistematicamente o crescimento, os
déficits e as concentrações de riqueza.
A NOVA CORPORAÇÃO
(The
New Corporation: The Unfortunately Necessary Sequel,
Canadá, 2020, 106 min)
Dir. Joel Bakan e Jennifer Abbott
Sinopse: O
filme revela como a aquisição corporativa da sociedade está sendo justificada
pelo astuto “rebranding” das corporações como entidades com consciência social.
De reuniões de elites corporativas em Davos, às mudanças climáticas e
desigualdade em espiral; a ascensão de líderes de ultradireita à covid-19 e a
injustiça racial, a obra analisa o poder devastador das corporações. Contrariar
isso é uma onda de resistência em todo o mundo, à medida que as pessoas vão às
ruas em busca da justiça e do futuro do planeta. Vencedor do prêmio de melhor
documentário canadense no Festival de Vancouver; selecionado para os festivais
de Toronto e Planet in Focus.
(Adults
in the Room, França/Grécia, 2019, 124 min)
Dir. Costa-Gavras
Sinopse: Baseado
nas memórias do ex-ministro de finanças grego Yanis Varoufakis, é uma abordagem
sobre a “agenda oculta” da Europa revelando o que realmente acontece em seus
corredores de poder. Focaliza as razões para a crise na Grécia ter acontecido,
e como foi travada uma das mais espetaculares e controversas batalhas na
história política. Mas a verdadeira história do que aconteceu é quase
inteiramente desconhecida, principalmente porque grande parte dos verdadeiros
negócios da União Europeia ocorre a portas fechadas.
Selecionado para o Festival de Roterdã.
O CAPITAL NO SÉCULO XXI
(Capital
in the Twenty-First Century,
França/Nova Zelândia, 2019, 103 min)
Dir. Justin Pemberton e Thomas Piketty
Sinopse: Adaptado
do livro homônimo de Thomas Piketty, uma das obras mais importantes dos últimos
anos. Intercalando referências à cultura pop com intervenções dos mais
influentes especialistas de nossa época, o filme propõe uma viagem através da
história moderna de nossas sociedades. O documentário contrapõe a riqueza e o
poder de um lado e, do outro, o progresso social e as desigualdades. Uma
reflexão necessária para compreender o mundo de hoje. Selecionado para o
Festival de Hamburgo.
OECONOMIA
(Oeconomia,
Alemanha, 2020, 89 min)
Dir. Carmen Losmann
Sinopse: Camada
por camada, o filme revela como as regras do jogo capitalista contemporâneo
pré-condicionam sistematicamente o crescimento, os déficits e as concentrações
de riqueza. Com particular perspicácia e rigor, o filme articula os aspectos
mais flagrantes da economia capitalista tornados invisíveis pela cobertura
predominante da mídia. Selecionado para os festivais de Berlim, IDFA-Amsterdã,
Sheffield e CPH:DOX.
POVOS & LUGARES
Seis filmes integram o eixo temático POVOS & LUGARES: A produção da
Sérvia, Até o Anoitecer, de Maja
Novaković, acumulou premiações em eventos nos Estados Unidos, França, Alemanha,
Suíça, Irã e Eslovênia ao retratar com poesia amarga a vida cotidiana nas
colinas isoladas do país através de duas mulheres idosas; O português Hálito Azul, de Rodrigo Areias,
focaliza uma vila de pescadores da ilha de São Miguel, nos Açores, que vive os
últimos dias de uma atividade pesqueira tal como a conhecem; Morning Star, de Nantenaina Lova, é uma
coprodução entre Madagascar e Ilha da Reunião que focaliza uma comunidade da
região costeira e a importância cultural daquele espaço cobiçado pelo
capitalismo; O italiano Omelia
Contadina, de JR e Alice Rohrwachter, apresenta uma performance de
camponeses que trazem trechos de textos de Pier Paolo Pasolini e Rachel Carson
e foi vencedor do prêmio de melhor curta-metragem estrangeiro no Festival de
Valladolid; Uma coprodução Reino Unido/Polônia/Espanha, Pesca Roubada, de Gosia Juszczak, lança um olhar sensível para a
população pobre na Gambia, país africano onde pescadores e outros trabalhadores
são afetados pelo extrativismo e pelo neocolonialismo chinês; O suíço Sapelo, de Nick Brandestini, focaliza a
ilha de mesmo nome no estado da Georgia (Estados Unidos), que abriga
comunidades afrodescendentes em desaparecimento. A obra foi vencedora do prêmio
de melhor longa-metragem no Festival Visions du Réel, melhor documentário,
melhor direção e prêmio especial do júri no Festival BendFilm (Oregon, EUA) e
de melhor documentário no Festival Ojai da Califórnia.
ATÉ O ANOITECER
(Then
Comes The Evening, Sérvia, 2019, 28 min)
Dir. Maja Novaković
Sinopse: A
poesia amarga da vida cotidiana nas colinas isoladas do leste da Sérvia mostra
o cuidado e a intimidade de duas mulheres idosas, tanto em suas relações mútuas
quanto na relação com a natureza.
Vencedor do prêmio de melhor curta-metragem no Festival de Innsbruck e no
Festival de Documentários Full Frame (EUA); melhor filme no Festival de Lugano
(Suíça); prêmio especial do júri no Festival Auteur de Belgrado e no Festival
Cinema Vérité do Irã; prêmio do público no Festival Entrevues de Belfort
(França); prêmio da crítica internacional no Festival FeKK de Liubliana
(Eslovênia).
HÁLITO AZUL
(Hálito
Azul, Portugal, 2018, 78 min)
Dir. Rodrigo Areias
Sinopse: Esmagada
contra o oceano pela encosta de um vulcão, a vila de pescadores da Ribeira
Quente, na ilha de São Miguel nos Açores, vive os últimos dias de uma atividade
pesqueira tal como a conhecem. Todos lutam por dias normais, enquanto a vida
continua, mesmo com os peixes ficando escassos. Vencedor do prêmio de melhor
documentário no Festival de Ismailia (Egito).
MORNING STAR
(Morning Star, Madagascar/Ilha da Reunião,
2020, 77 min)
Dir. Nantenaina Lova
Sinopse: Uma
vila, uma comunidade e uma cultura em vias de desaparecer por conta da
mineração. O filme focaliza na comunidade local numa região costeira de
Madagascar e na importância cultural daquele espaço cobiçado pelo capitalismo.
Foca também nos jovens, na perspectiva que tem de perderem sua terra, na
absoluta ausência de oportunidades. Selecionado para o IDFA-Amsterdã.
(Omelia
Contadina, Itália, 2019, 10 min)
Dir. JR e Alice Rohrwachter
Sinopse: Filme
performático com uma comunidade de camponeses italianos que fazem uma
‘apresentação funerária’ em que o(s) morto(s) são eles mesmos. Com a
proclamação de textos proféticos do cineasta Pier Paolo Pasolini (1922-1975) e
trechos de “A Primavera Silenciosa”, da escritora norte-americana Rachel Carson
(1907-1964). Vencedor do prêmio de melhor curta-metragem estrangeiro no
Festival de Valladolid.
(Stolen Fish, Reino Unido/Polônia/Espanha,
2020, 30 min)
Dir. Gosia Juszczak
Sinopse: Um
olhar muito sensível para a população pobre na Gambia, país africano onde
pescadores e outros trabalhadores são afetados pelo extrativismo e pelo
neocolonialismo chinês. Selecionado para o Festival de Sheffield.
SAPELO
(Sapelo,
Suíça, 2020, 91 min)
Dir. Nick Brandestini
Sinopse: Sapelo
é uma ilha na costa do estado da Georgia (Estados Unidos) que abriga
comunidades afrodescendentes em desaparecimento. A idosa Cornelia luta para
preservar costumes, tradições e resgate da ancestralidade negra muito viva e
presente. Vencedor do prêmio de melhor longa-metragem no Festival Visions du
Réel; melhor documentário, melhor direção e prêmio especial do júri no Festival
BendFilm (Oregon, EUA); melhor documentário no Festival Ojai (Califórnia,
EUA).
TECNOLOGIA
No eixo temático TECNOLOGIA estão reunidas cinco
produções: A Campanha Contra o
Clima é uma coprodução Dinamarca/Finlândia/Noruega/Suíça/Bélgica,
dirigida por Mads Ellesøe, que mostra como, em 1988, as maiores petroleiras do
planeta detectaram o aquecimento global, mas, em vez de agir, lançaram uma
campanha que há 30 anos atrapalha o combate à emergência climática, semeando
dúvida onde antes havia unanimidade; Coded
Bias (EUA/Reino Unido/China), de Shalini Kantayya, que foi eleito como
o melhor documentário no Festival de Calgary, no Canadá, tem como protagonista
a pesquisadora Joy Buolamwini, que descobriu serem as tecnologias de
reconhecimento facial imprecisas em rostos de pele negra ou incorretas para
mulheres; Feels Good Man, de
Arthur Jones, foi vencedor do prêmio de melhor documentário de diretor
estreante no Festival de Sundance ao contar a história de como o meme Pepe The Frog escapou do controle de seu
criador e involuntariamente se tornou um símbolo de ódio, racismo e
intolerância; Influence, coprodução
da África do Sul e Canadá selecionada para o Festival de Sundance e dirigida
por Richard Poplak e Diana Neille, focaliza Lord Timothy Bell, fundador da
empresa de relações públicas Bell Pottinger, que ganhou destaque ao prestar
serviços para políticos polêmicos e amorais, tendo usado a mídia como uma arma
para influenciar as eleições – e subverter a democracia, como no Reino Unido e
no Chile de Pinochet; O Debatedor,
de Harry Spitzer e Joshua Davis, questiona sobre o que ocorre quando a
inteligência artificial se aventura no mundo real do discurso humano e age mais
como nós. O filme oferece um raro vislumbre dos bastidores da criação de uma
nova e poderosa inteligência artificial.
A CAMPANHA CONTRA O CLIMA
(The Campaign Against the Climate,
Dinamarca/Finlândia/Noruega/Suíça/Bélgica,
2020, 58 min)
Dir. Mads Ellesøe
Sinopse: Em
1988, o mundo se preparava para agir contra as mudanças climáticas. Mas então
algo aconteceu. Algo que levou à crise climática para a qual o mundo despertou
hoje. As maiores petroleiras do planeta foram das primeiras a detectar o
aquecimento global, mas, em vez de agir, lançaram uma campanha que há 30 anos
atrapalha o combate à emergência climática, semeando dúvida onde antes havia
unanimidade. Trata-se de um modus operandi que vai encontrar, anos depois, o seu
maior aliado na internet das redes sociais e algoritmos. Selecionado para o
IDFA-Amsterdã e para os festivais CPH:DOX e Cinemambiente.
(Coded Bias, EUA/Reino Unido/China, 2019,
84 min)
Dir. Shalini Kantayya
Sinopse: Quando
Joy Buolamwini, pesquisadora do MIT Media Lab (EUA), descobre que muitas
tecnologias de reconhecimento facial não detectam com precisão rostos de pele
negra ou classificam incorretamente os rostos de mulheres, ela passa a
investigar o caráter altamente tendencioso presente nos algoritmos. Acontece
que a inteligência artificial não é neutra e as mulheres estão liderando a
ofensiva para garantir que nossos direitos civis sejam protegidos. Vencedor do
prêmio de melhor documentário no Festival de Calgary (Canadá); selecionado para
os festivais de Sundance, SXSW, CPH:DOX e Hot Docs.
FEELS GOOD MAN
(Feels
Good Man, EUA, 2019, 92 min)
Dir. Arthur Jones
Sinopse: A
história de como o meme Pepe The Frog escapou do controle de seu criador e
involuntariamente se tornou um símbolo de ódio, racismo e intolerância. Por
meio de uma série de imprevistos e conexões bizarras impulsionadas pela
internet, Pepe acabou sendo cooptado pela extrema direita norte-americana. Como
isso aconteceu exatamente é uma viagem selvagem ao coração da vida online dos
dias de hoje e à “memeificação” de nossa cultura coletiva compartilhada – na
qual os significados das imagens mudam a todo momento e não podem ser
controlados nem mesmo por seus criadores. Vencedor do prêmio de melhor
documentário de diretor estreante no Festival de Sundance; selecionado para os
festivais SXSW, Hot Docs e CPH:DOX.
INFLUENCE
(Influence,
África do Sul/Canadá, 2020, 26 min)
Dir. Richard Poplak e Diana Neille
Sinopse: Lord
Timothy Bell, fundador da empresa de relações públicas Bell Pottinger, ganhou
destaque no mundo da publicidade ao prestar serviços para políticos que vão do
polêmico ao abertamente amoral. Depois de décadas usando a mídia como uma arma
para influenciar as eleições – e subverter a democracia – no Reino Unido, no
Chile de Pinochet e além, um novo cliente contribui para a queda dramática de
Bell. Oferecendo uma visão precisa sobre o quanto nossas percepções são
moldadas por forças externas, o filme promove uma investigação perturbadora
sobre a politização da comunicação moderna, fenômeno que se repete e multiplica
na instrumentalização das redes sociais nos dias de hoje. Vencedor do prêmio de
melhor documentário sul-africano no Festival de Durban; selecionado para os
festivais de Sundance, Moscou e Dokufest.
O DEBATEDOR
(The
Debater, EUA, 2020, 26 min)
Dir. Harry Spitzer e Joshua Davis
Sinopse: Não
há quem possa parar os avanços da inteligência artificial. As máquinas nos
venceram no jogo de damas, xadrez, pôquer… Mas tudo isso são jogos. O que
ocorre quando a IA se aventura no mundo real do discurso humano e age mais como
nós? O filme oferece um raro vislumbre dos bastidores da criação de uma nova e
poderosa inteligência artificial. Ele conta a história do empenho de uma equipe
da IBM em levar a inteligência artificial a um território desconhecido e
explora o que significa viver em um mundo onde a IA nos ajuda a tomar decisões,
especialmente na era das notícias falsas e bolhas ideológicas. Selecionado para
o Festival DPH:DOX.
TRABALHO
O eixo temático TRABALHO é composto por seis
produções: Cuidadoras a Caminho,
produção da Indonésia dirigida por Ismail Fahmi Lubis, focaliza um centro de
treinamento para trabalhadoras domésticas que buscam ser empregadas no exterior; Filipiñana (Filipinas/Reino
Unido), de Rafael Manuel, aborda a estratificação rígida da sociedade filipina
a partir de uma jovem trabalhadora de um sofisticado clube e venceu o prêmio de
melhor curta-metragem no Festival de Berlim; Mulheres de Farda, de Deirdre Fishel, foi selecionado nos
importantes festivais de Tribeca e DOC NYC ao focalizar as histórias das
mulheres policiais em Minneapolis (EUA) que tentam restaurar a confiança na comunidade; Noite Adentro, de Loira Limbal,
investiga o fenômeno das creches norte-americanas que funcionam 24 horas por
dia, resultado das extensas jornadas em diferentes empregos da população; O Novo Evangelho, de Milo Rau, propõe
uma nova versão da crucificação de Cristo, desta vez interpretada por um
ativista político camaronês Yvan Sagnet, que defende os direitos dos
trabalhadores ilegais explorados por um sistema agrícola liderado pela máfia. O
filme é ao mesmo tempo uma gravação dos ensaios da peça e, fora do “palco”, uma
documentação da luta de Sagnet e de seus compatriotas africanos por
visibilidade e dignidade; A produção da República Tcheca, dirigida por Jindřich
Andrš, O Último Turno, acompanha
a difícil transição de um mineiro de meia idade em busca de uma nova profissão,
após o fechamento da última mina da República Tcheca.
CUIDADORAS A CAMINHO
(Help is on the Way, Indonésia, 2020, 90
min)
Dir. Ismail Fahmi Lubis
Sinopse: Uma
janela para um processo de treinamento raramente visto, o filme revela os
meandros de um centro de treinamento na Indonésia para trabalhadoras domésticas
que buscam ser empregadas no exterior. A cada ano, milhares se inscrevem nesses
centros para conseguir trabalho em Hong Kong, Cingapura ou Taiwan, onde têm
chances de conseguir uma remuneração que lhes permita prover para suas
famílias, que ficam para trás. São muitas as razões para essa escolha –
necessidade, imposição da família, desejo de emancipação. Vencedor do prêmio de
melhor documentário no Festival da Indonésia; selecionado para o Festival de
Taiwan.
FILIPIÑANA
(Filipiñana,
Filipinas/Reino Unido, 2020, 24 min)
Dir. Rafael Manuel
Sinopse: Um
cartaz com os dizeres “Trabalho é para pessoas que não jogam golfe” recebe os
sócios de um sofisticado clube de golfe em algum lugar das Filipinas. Isabel é
uma jovem que iniciou o trabalho no clube há pouco tempo. No entanto, ela
rapidamente aprende as limitações impostas por sua função, na base da pirâmide
social deste microcosmo que revela a estratificação rígida da sociedade
filipina. Vencedor do prêmio de melhor curta-metragem no Festival de Berlim;
troféu Lobo de Prata no Festival du Nouveau Cinéma de Montreal; melhor filme de
estudante no Festival Molodist de Kiev (Ucrânia); melhor curta-metragem
asiático no Festival Short Shorts de Tóquio.
MULHERES DE FARDA
(Women
in Blue, EUA, 2020, 82 min)
Dir. Deirdre Fishel
Sinopse: As
histórias das mulheres policiais em Minneapolis (EUA) que tentam reformar o
departamento e restaurar a confiança na comunidade depois que um tiroteio
policial força sua primeira chefe mulher a renunciar. Selecionado para os
festivais de Tribeca e DOC NYC.
NOITE ADENTRO
(Through the Night, EUA, 2020, 72 min)
Dir. Loira Limbal
Sinopse: Os
norte-americanos e imigrantes residentes nos Estados Unidos têm acumulado
extensas jornadas em diferentes empregos para conseguir se sustentar. Esse novo
contexto de trabalho ininterrupto resulta no inesperado fenômeno das creches
que funcionam 24 horas por dia. Documentário de estilo cinema vérité, o filme
investiga os custos da nossa economia contemporânea através das experiências de
duas mulheres, mães e trabalhadoras, e também da administradora da creche, cuja
vida é indissociável da rotina do espaço que administra. Vencedor do prêmio
especial do júri no Festival de Sarasota (EUA); selecionado para os festivais
de Tribeca, DOC NYC e Hot Docs.
(Das
Neue Evangelium, Alemanha/Suíça/Itália, 2020, 107)
Dir. Milo Rau
Sinopse: No
passado, tanto Pier Paolo Pasolini como Mel Gibson filmaram a crucificação de
Jesus na cidade de Matera, no sul da Itália. Em 2019, Matera se tornou o
cenário para uma nova encenação da Paixão. Desta vez, Jesus foi interpretado
pelo ativista político camaronês Yvan Sagnet, que defende os direitos dos
trabalhadores ilegais explorados por um sistema agrícola liderado pela máfia. O
filme é ao mesmo tempo uma gravação dos ensaios da peça e, fora do “palco”, uma
documentação da luta de Sagnet e de seus compatriotas africanos por
visibilidade e dignidade. Vencedor da categoria melhor documentário nos Prêmios
do Cinema Suíço; selecionado para o IDFA-Amsterdã.
(A
New Shift, República Tcheca, 2020, 90 min)
Dir. Jindřich Andrš
Sinopse: A
árdua transição de um mineiro de meia idade que já protagonizou, em 2017, um
curta-metragem retratando seu último dia em uma das últimas minas a fechar na
República Tcheca. O início deste filme retoma esse fatídico dia e segue o protagonista
na busca de uma nova profissão. Quando ele coloca como meta virar um
programador de informática, graças a um dos programas nacionais de reinserção
laboral, não podia imaginar onde encontraria os maiores desafios. Vencedor do
prêmio de melhor documentário tcheco no Festival de Jihlava (República Tcheca);
prêmio do público no Festival DOK Leipzig; troféu Olho de Prata do Institute of
Documentary Film.
Especial Energia Nuclear
35 ANOS DE CHERNOBYL, 10 ANOS DE FUKUSHIMA
A produção francesa O Rolo Número 11004, de Mirabelle Fréville, recupera um
surpreendente e impactante rolo de filme, até então censurado, feito oito meses
após os bombardeios atômicos no Japão, ao final da Segunda Guerra
Mundial. Stalking Chernobyl, de
Iara Lee, vai à Zona de Exclusão de Chernobyl e encontra, três décadas
após o maior acidente nuclear da história, a volta da vida selvagem ao
local, ao lado de caminhantes ilegais, aficionados por esportes radicais,
artistas e empresas de turismo.
ENTREVISTAS E DEBATES
Uma série de entrevistas com personalidades ligadas
aos filmes exibidos na Mostra será disponibilizada ao longo da programação.
Realizada em parceria com o WWF-Brasil, a série com figuras marcantes do
ativismo socioambiental já tem confirmada a participação de Alessandra
Munduruku, Rita e Vincent Carelli, Luiz Bolognesi, Vandana Shiva, Isael
Maxakali e Sueli Maxakali, Deia Schlosberg e Marina Silva. Também serão
realizados debates virtuais, reunindo ativistas, cientistas e especialistas que
discutem, entre outros temas, ativismo, biodiversidade, cidades, economia,
povos e lugares, tecnologia e trabalho. Os debates, cuja programação será
divulgada em breve, acontecerão sempre às quartas-feiras e sábados, às 19h00. Todos
os debates e entrevistas poderão ser acessados a partir do canal da Mostra Ecofalante no Youtube.
DEBATES
saiba mais sobre cada debate
clicando nos links (textos
em laranja)
ATIVISMO
Qual o Custo da Desigualdade no Acesso à Saúde?
Debate: Ativismo
Transmissão ao vivo pelo Youtube
quarta-feira - 25.ago - 19:00
BIODIVERSIDADE
Desafio Global: A
Restauração da Natureza
contra a Crise do
Clima e a Perda da Biodiversidade
Debate: Biodiversidade
Transmissão ao vivo pelo Youtube
quarta-feira - 18.ago - 19:00
CIDADES
Comunidade, História e o Direito à Cidade
Debate: Cidades
Transmissão ao vivo pelo Youtube
sábado - 21.ago - 19:00
ECONOMIA
Green New Deal: A Retomada da Economia Será Verde?
Debate: Economia
Transmissão ao vivo pelo Youtube
sábado - 04.set - 19:00
POVOS & LUGARES
Comunidades
Pesqueiras em Risco: Sobrepesca,
Empreendimentos e
Aquecimento Global
Debate: Povos & Lugares
Transmissão ao vivo pelo Youtube
sábado - 28.ago - 19:00
TECNOLOGIA
Inteligência Artificial e Controle Social
Debate: Tecnologia
Transmissão ao vivo pelo Youtube
quarta-feira - 01.set - 19:00
TRABALHO
Economia do Cuidado: Violência, Precarização e Gênero
Debate: Trabalho
Transmissão ao vivo pelo Youtube
sábado - 14.ago - 18:00
SESSÃO ESPECIAL: PRÉ-ESTREIA
A Bolsa ou a Vida: Qual Futuro Queremos Construir?
Debate: Sessão Especial: Pré-estreia
Transmissão ao vivo pelo Youtube
quinta-feira - 19.ago - 19:00
SESSÃO ESPECIAL:
RESÍDUOS SÓLIDOS
Debate: Sessão Especial: Resíduos Sólidos
Transmissão ao vivo pelo Youtube
quarta-feira - 08.set - 19:00
PROGRAMA ESPECIAL:
TERRITÓRIOS URBANOS:
SEGREGAÇÃO, VIOLÊNCIA E RESISTÊNCIA
Programa
Especial - Territórios Urbanos:
Segregação,
Violência e Resistência
Transmissão ao vivo pelo Youtube
segunda-feira - 30.ago - 19:00
10ª MOSTRA ECOFALANTE DE CINEMA
11 de agosto a 14 de setembro
online e gratuita
site:
redes sociais
www.facebook.com/mostraecofalante
www.youtube.com/mostraecofalante
www.instagram.com/mostraecofalante
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