Festival de Cinema INDIE-2020 - online

Festival de Cinema INDIE-2020

Hoje começa mais um Festival de Cinema online e acessível gratuitamente a todos os amantes da sétima arte, o INDIE2020, que vai apresentar, de 04 de novembro de 2020 a 11 de novembro de 2020, em 43 sessões, 35 filmes, de 16 países, divididos em: Mostra Competitiva...; Première...; Retrospectiva Dan Sallitt...; Sessão Especial...; Sessão Fluxus. Para assistir gratuitamente aos filmes, é preciso se inscrever no portal do INDIE, clicando na seta/link (branca) no alto da página, à direta. Mas é bom ficar atento à programação. Uma vez que quase todos os filmes são inéditos no Brasil, eles não ficarão disponíveis além das datas e dos horários de exibição.

Ao disponibilizar gratuitamente a sua 19ª edição..., que vai reunir diretores e diretoras importantes para o cinema internacional contemporâneo, como Dan Sallitt, Jennifer Reeder, Angela Schanelec, Koji Fukada, Pedro Costa, Apichatpong Weerasethakul, Albert Serra, Wayne Wang, Seamus Murphy e Garin Nugroho..., os realizadores do badalado Festival INDIE de Cinema acompanham a iniciativa de sucesso de outros organizadores que, vitimados pela rasteira do Covid.19, migraram temporariamente (ou não!) seus festivais e mostras cinematográficas para as plataformas digitais/virtuais, dando um novo sentido e valorização de conteúdo aos serviços de streaming.

A Zeta Filmes, realizadora do evento, lembra que “Durante quase 20 anos o INDIE espelhou muito do que acreditamos como festival de cinema. Escolhas precisas, meses de muitas discussões, e trocas. Filmes independentes de todo o mundo que significavam algo para nós e construíam ao longo do tempo, no espectador, muitos sentidos. Uma busca permanente por novos talentos, pela valorização das referências de diretores fundamentais, estéticas e por um cinema que extrapola as fronteiras de um mercado comercial e aponta para o futuro estruturalmente artístico do cinema. (...) Não teremos, a presença do público interessado e afobado para a próxima sessão, as bilheterias, as longas filas, as conversas e infinitas trocas nessas mesmas filas, os cheiros no ar do hall de entrada, o bater da xícaras, o cheiro do café, o pão de queijo comido às pressas, a presença dos amigos e diretores, as ruas, a corrida das chuvinhas de São Paulo, ou o calor inebriante de Belo Horizonte… e principalmente: a tela escura (este ícone da sala de cinema), a sala em si lotada ou vazia, o filme, sua imponência, seu som alto, sua potência significante, cores!, o início, meio e fim, o início, meio e fim… (...) Mas a vida continua, mesmo com todo o peso e tristeza nas tantas perdas da pandemia, precisamos acreditar e dar espaço para a voz dos diretores, produtores, agentes, distribuidores, para que o cinema prossiga na sua existência. E para que as salas de cinema sobrevivam depois de passada essa pandemia.”

PROGRAMAÇÃO

04 a 11 de novembro de 2020

A Mostra Competitiva, que estreia nesta 19ª edição, traz oito filmes (documentários e ficções) de diretoras e diretores veteranos e estreantes: Sanctorum, do mexicano Joshua Gil; Agosto, do cubano de Armando Capó; Edição Ilimitada, dos argentinos Edgardo Cozarinsky, Santiago Loza, Virginia Cosin, Romina Paula; On Paradise Road, do diretor americano James Benning; Uma nuvem no quarto dela, da jovem diretora chinesa Zheng Lu Xinyuan (ganhador do Tiger Awards em Rotterdam), Lost Lotus, da da chinesa Liu Shu; Zero, documentário japonês de Kazuhiro Soda; Love Poem, do diretor chinês Wang Xiaozhen.

A sessão Première apresenta nove filmes em pré-estreia: De volta para casa, de Wayne Wang; Perfil de uma mulher, de Koji Fukada; Eu estava em casa, mas…, de Angela Schanelec; Vitalina Varela, de Pedro Costa; Knives and Skin, de Jennifer Reeder; Liberté, de Albert Serra; PJ Harvey: Um cão chamado dinheiro, de Seamus Murphy; Rodantes, de Leandro Lara; A Barqueira, de Sabrina Blanco.

Na Retrospectiva Dan Sallitt, que homenageia um dos mais importantes nomes do cinema independente americano contemporâneo, serão exibidos todos os filmes do cineasta, roteirista e crítico de cinema, do curta-metragem Caterina (2019) aos longas Fourteen (2019); The Unspeakable Act (2012); All the Ships at Sea (2004); Honeymoon (1998); Polly Perverse Strikes Again! (1986).

A Sessão Especial, traz escolhas pessoais de dois diretores e uma diretora. O tailandês Apichatpong Weerasethakul escolheu o curta Vapor (2015), que mostra a cidade onde Apichatpong mora sendo envolvida por nuvens brancas de inseticida. O indonésio Garin Nugroho escolheu o longa Memórias do meu corpo (2018), que trata a questão da sexualidade como uma questão política, para Nugroho o filme “é uma afirmação e uma crítica. A americana Jennifer Reeder: FFDF (FEMINIST FUTURE DREAM FEVER) escolheu os curtas: A Milhões de Milhas Distantes (2014); Marietta Brimble (2015); Sonhei Que Você Sonhava Comigo (2018); As Dunas (2019), que buscam traduzir a marca do universo feminino, jovem e adolescente, para o cinema que realiza. O trabalho com o imaginário adolescente, principalmente feminino, criam uma identidade única para seus filmes sobre relacionamentos, traumas, as angústias e como amadurecer com essas experiências.

A Sessão Fluxus exibirá seis curtas-metragens nacionais: Leo (Suíça, 2020), de Fabienne Mahé; Motriz (Brasil, 2020), de Rodolfo Magalhães; Noites Mais Longas (Alemanha, 2019), de J Frisch-Wang; O Apicultor (Irã, 2017), de Mohammad Talebi; O Diário das Árvores (EUA, 2020), de Alexandra Lerman; Ritu Vende Online (Índia, 2020), de Vrinda Samartha. Fluxus é uma referência ao festival pioneiro de exibição de filmes via internet. A primeira edição foi realizada, há 20 anos, pela Zeta Filmes. Até 2011 o festival exibia apenas curtas no ambiente virtual, depois realizou exposições audiovisuais nas cidades de São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.