10 a 17 de
novembro de 2020
Tem início amanhã, terça-feira, dia 10, e se estende até a próxima terça-feira, dia 17 de novembro de 2020, em plataforma online e inteiramente grátis, a segunda edição do FIM - Festival Internacional de Mulheres no Cinema, que se destaca, no cenário nacional, pela valorização e premiação de obras cinematográficas dirigidas por mulheres. Além da grande visibilidade feminina, detrás e à frente das câmeras, que só faz crescer a cada festival de cinema ao redor o mundo, o FIM busca também exaltar a igualdade de gênero e étnico-racial na produção audiovisual. Pois, como bem colocou a suas curadoras Beth Sá Freire e Márcia Vaz: “Esta 2ª edição do Festival tornou-se ainda mais necessária e premente, diante dos imensos desafios trazidos pela pandemia, pelo momento intenso de luta contra o racismo em todo o mundo e, ainda, em meio à profunda crise imposta ao cinema brasileiro na atualidade. Os desafios só fortalecem a missão e, assim, o Festival segue sua determinação de colocar um sonoro FIM à sub-representação de mulheres na indústria cinematográfica brasileira e mundial, abrindo espaço para novos começos.”
Em uma semana de efervescentes atividades online, com debates, mentorias, cursos, masterclasses e palestras ministrados por mulheres e voltados a estudantes, profissionais e amantes do cinema, o FIM apresentará gratuitamente, para o público de todo o Brasil, além de programas e sessões especiais, 20 longas-metragens, dois médias e oito curtas, divididos em MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL; MOSTRA INTERNACIONAL; LUTE COMO UMA MULHER; TODAS AS MULHERES DO MUNDO -CURTA KINOFORUM. Dos filmes brasileiros e internacionais participantes, 45% são dirigidos por mulheres pretas e pardas, 45% por brancas, 7% por indígenas e 3% por amarelas.
PROGRAMAÇÃO
CINEMATOGRÁFICA
Sem Asas (2019)
direção: Renata Martins
Sinopse: O primeiro desejo na infância de Zu
é ser, quando crescer, um super-herói à prova de balas. Uma família: a mãe que
trabalha vendendo coxinha, o pai começando em um novo emprego e o filho de 12
anos estudando para uma prova de matemática. Por que pedir para o filho ir comprar
um quilo de farinha de trigo na mercearia do seu Zé se torna perigoso?
Vaga Carne (2020)
Direção: Grace Passô
Sinopse: O filme é um campo de jogo entre
palavra e movimento, onde um corpo de mulher vive a urgência de discurso, à
procura de suas identidades e de pertencimento. Uma voz errante resolve invadir
o corpo de uma mulher e, a partir disso, traça uma jornada de autoconhecimento,
narrando o que sente e o que significa seu corpo enquanto construção social. Vaga
Carne foi lançado diretamente em streaming, em maio deste ano.
República (2020)
Direção: Grace Passô
Sinopse: Numa noite, uma brasileira desperta
num país exausto de atos violentos. O curta-metragem foi realizado em casa, no
início da quarentena de 2020, no centro da cidade de São Paulo, no bairro da
República.
A Hora da Estrela (1985)
Direção: Suzana Amaral
Sinopse: A pobreza e a marginalização das
classes sociais oprimidas é tratada na história de Macabéa, migrante
nordestina. Depois da morte da tia, ela muda-se para o Rio de Janeiro,
emprega-se como datilógrafa e se apaixona por Olímpio de Jesus - que a trai com
sua colega de trabalho. Trata a questão da incomunicabilidade e a dor da
solidão.
O Livro dos Prazeres (2020)
Direção: Marcela Lordy
Sinopse: Livre adaptação do romance de
Clarice Lispector para os dias de hoje. Um drama erótico, baseado num jogo de
sedução, numa época de amores líquidos e apatia emocional, que narra o encontro
da professora do ensino fundamental Lóri e do professor argentino de filosofia
Ulisses. É com ele que Lóri aprende a amar enfrentando sua própria solidão.
35 Doses de Rum (2008)
Direção: Claire Denis
Sinopse: O viúvo Lionel e sua filha Josephine
têm fortes laços: o pai criou a filha sozinho após a morte da mulher. Lionel
atrai a atenção de uma mulher de meia-idade e Josephine começa a sair com um
taxista. Quando o rapaz se muda para o exterior, Lionel nota que a filha está
amadurecendo. É hora de confrontar o passado. 35 Doses de Rum é
uma homenagem ao cineasta japonês Yasujiro Ozu (1903-1963) e seu Pai e Filha
(1949).
Deixe a Luz do Sol
Entrar (2017)
Direção: Claire Denis
Sinopse: A artista plástica parisiense
Isabelle (Juliette Binoche) é uma mãe divorciada que está à procura do amor de
sua vida na romântica capital da França. Entre encontros, casos, transas,
brigas e desilusões, ela e passa por poucas e boas, percebendo que amar e ser
amada é complexo.
Até o Fim (2020)
Direção: Glenda Nicácio e
Ary Rosa
Sinopse: Geralda trabalha em seu quiosque
numa praia no Recôncavo Baiano quando recebe uma ligação do hospital dizendo
que seu pai pode morrer a qualquer momento. Ela avisa suas irmãs Rose, Bel e
Vilmar. O encontro delas à espera da morte do pai se torna um momento de
desabafo e reconhecimento das irmãs, que não se reúnem desde que a mãe morreu,
há 15 anos.
Aos Olhos de Ernesto (2019)
Direção: Ana Luiza
Azevedo
Sinopse: Ernesto vem enfrentando as
limitações da velhice como a solidão e a crescente cegueira, que ele acha que
pode disfarçar de todos, até surgir Bia, uma descuidada cuidadora de cães que
atropela sua vida e coloca em risco seu metódico cotidiano.
A Mulher de Luz
Própria (2019)
Direção: Sinai Sganzerla
Sinopse: Helena Ignez é
uma das principais personalidades femininas do cinema brasileiro. Inaugurou um
novo estilo de interpretação e hoje dirige filmes independentes. O documentário
descreve parte da história do cinema, o contexto político e a trajetória da
artista.
Um Dia com Jerusa (2020)
Direção: Viviane Ferreira
Sinopse: O encontro da sensitiva Silvia, uma
jovem pesquisadora de mercado que enfrenta as agruras do subemprego enquanto
aguarda o resultado de um concurso público, e da graciosa Jerusa, uma senhora
de 77 anos, testemunha ocular do cotidiano vivido no bairro do Bixiga, recheado
de memórias ancestrais.
Meio Irmão (2020)
Direção: Eliane Coster
Sinopse: A mãe de Sandra está sumida há dias.
Desorientada e sem dinheiro, ela pede ajuda a Jorge, seu meio-irmão distante.
Ele, porém, enfrenta uma situação difícil: após gravar uma agressão homofóbica,
passa a sofrer ameaças para não divulgar as imagens.
Meu Sangue é Vermelho (2020)
Direção: Graciela Guarani
e Thiago Dezan
Sinopse: Documentário musical, acompanha
Werá, jovem rapper indígena que tenta entender a violência contra seu povo.
Suas letras expressam raiva e tristeza, confrontadas pelo genocídio, tolerado
pelo Estado, dos indígenas sem privilégios do Brasil. Ele é adotado pelo rapper
Criolo e aconselhado por Sonia Guajajara, líder indígena.
Hilda Hilst Pede
Contato (2018)
Direção: Gabriela Greeb
Sinopse: A partir de arquivos pessoais
inéditos de som e imagem, depoimentos, encontros e intervenções ficcionais, o
filme revela a memória e a presença da escritora, poeta e dramaturga na Casa do
Sol, chácara onde vivia em Campinas. A voz de Hilda Hilst, em gravações
realizadas entre 1974 e 1979, em busca de contato com o além, é o fio condutor
do filme.
JINN (2018)
Direção: Nijla Mu`min
Sinopse: Summer é uma despreocupada garota
negra de 17 anos cujo mundo vira de ponta-cabeça quando sua mãe, uma popular
meteorologista chamada Jade Jennings, se converte repentinamente ao islamismo e
se torna uma pessoa diferente, levando a filha a reavaliar sua identidade.
Silvia (2018)
Direção: María Silvia
Esteve
Sinopse: Silvia tem um futuro promissor com
o marido diplomata. Vídeos caseiros mostram datas importantes e felizes do
casal, mas a narração expõe uma realidade diferente. Filha do meio de Silvia, a
cineasta e suas irmãs falam da derrocada do casamento de seus pais: brigas,
problemas psicológicos e prescrição de drogas, tentando entender o que deu
errado.
Tarde para Morrer
Jovem (2018)
Direção: Dominga Sotomayor
Sinopse: Durante o verão de 1990 no Chile, um
pequeno grupo de famílias vive numa comunidade isolada abaixo dos Andes, longe
dos excessos urbanos e com a liberdade vinda do fim recente da ditadura de
Pinochet. Três jovens vizinhos enfrentam pais, primeiros amores e medos
enquanto preparam uma grande festa de Ano Novo.
Abrir a Voz (2017)
Direção: Amandine Gay
Sinopse: O filme é centrado na experiência da
diferença pelas mulheres negras vindas da história colonial européia na África
e Antilhas, e dos clichês ligados às duas dimensões indissociáveis de sua
identidade: mulher e negra. Trata da intersecção de discriminações, da arte, da
pluralidade de suas trajetórias e da necessidade de se apossar de sua
narrativa.
Elliot Erwitt, o
silêncio cai bem (2019)
Direção: Adriana Lopez Sanfeliu
Sinopse: Elliott Erwitt passou sua vida
tirando fotos de presidentes, papas e estrelas de cinema, e de pessoas comuns
com seus animais de estimação. Seu trabalho, que inclui as fotos mais famosas
de Che Guevara, é icônico, mas sua vida é desconhecida. Filmado por sua
ex-assistente, o documentário é um retrato silencioso, íntimo, de um artista
trabalhando.
Eleições (2018)
Direção: Alice Riff
Sinopse: É época de eleições para o grêmio
estudantil. Secundaristas se organizam para a corrida eleitoral. Quatro grupos
de estudantes, com opiniões e visões de mundo diferentes, criam propostas,
debatem estratégias de campanha e lutam por melhorias na escola.
Sementes - Mulheres
pretas no Poder (2020)
Direção: Éthel Oliveira e
Júlia Mariano
Sinopse: Em resposta à execução de Marielle
Franco, as eleições de 2018 se transformaram no maior levante político
conduzido por mulheres negras que o Brasil já viu, com candidaturas em todos os
estados. No Rio de Janeiro, Mônica Francisco, Rose Cipriano, Renata Souza,
Jaqueline de Jesus, Tainá de Paula e Talíria Petrone se candidataram aos cargos
de deputada estadual ou federal. O documentário acompanhou essas mulheres em
suas campanhas, mostrando que é possível uma nova forma de se fazer política no
Brasil, transformando o luto em luta.
Espero tua (Re)Volta (2019)
Direção: Eliza Capai
Sinopse: O documentário acompanha as lutas
estudantis desde as marchas de 2013 até a vitória do presidente Jair Bolsonaro
em 2018. O enredo é conduzido pela locução de três estudantes, representantes
de eixos centrais da luta, que disputam a narrativa, explicitando conflitos do
movimento e evidenciando sua complexidade.
Todas as mulheres do mundo - Curtas
Kinoforum
Pattaki (2019)
Direção: Everlane Moraes
Sinopse: Os peixes agonizam à beira-mar à
medida que a água invade a cidade e forma espelhos que distorcem sua imagem. Na
noite densa, quando a Lua sobe a maré, esses seres, que vivem uma vida diária
monótona sem água, são hipnotizados pelos poderes de Iemanjá, a deusa do mar.
Mãtãnãg, a Encantada (2019)
Direção: Shawara Maxakali
e Charles Bicalho
Sinopse: A índia Mãtãnãg segue o espírito de
seu marido, morto picado por uma cobra, até a aldeia dos mortos. Juntos eles
superam os obstáculos que separam o mundo terreno do espiritual. Falado em
Maxakali e legendado, Mãtãnãg se baseia em uma história tradicional do povo
Maxakali. As ilustrações do filme foram feitas em oficina na Aldeia Verde (MG).
Perifericu (2019)
Direção: Nay Mendl, Rosa
Caldeira, Vita Pereira, Sthefanny Fernanda
Sinopse: Luz e Denise cresceram em meio às
adversidades de ser LGBT no extremo sul da cidade de São Paulo. Entre o vogue e
as poesias, do louvor ao acesso a cidade, os sonhos e incertezas da juventude
inundam suas existências.
Tea for two (2018)
Direção: Julia Katharine
Sinopse: Silvia é uma cineasta de meia-idade
em crise com sua vida. Na mesma noite em que é surpreendida pela visita da
ex-exposa, que a largou há alguns anos, conhece uma outra mulher que a fascina.
Travessia (2017)
Direção: Safira Moreira
Sinopse: Num ensaio visual íntimo e poético,
o curta busca registros fotográficos de famílias negras, explorando histórias
pessoais para fazer a crítica da estigmatização e quase ausência de retratos
dessas pessoas. Uma contranarrativa visual sensível do que permaneceu
invisível.
Receita de Caranguejo (2020)
Direção: Issis Valenzuela
Sinopse: Após a morte do pai, Lari e sua mãe
vão passar alguns dias na praia. Elas resolvem cozinhar caranguejos. E os
bichos, aos poucos, transformam-se em seres luminosos.
Sessões Especiais: Sessão
Fama Avon
Em, 2017, a Avon criou o
F.A.M.A - Fundo Avon de Mulheres no Audiovisual. A iniciativa pioneira tem como
foco o empoderamento de mulheres do cinema no Brasil, caminhando rumo à a
equidade de gêneros e etnia na indústria cinematográfica. Assim, nos anos de
2017 e 2018, o F.A.M.A. investiu na produção de oito longas-metragens
dirigidos por mulheres de todas as etnias e de diversas regiões brasileiras e
são eles: Diálogos com Ruth de Souza, de Juliana Vicente; Pedro, de Laís
Bodanzky; Paraíso Perdido de Monique Gardemberg, A Primeira Morte de Joana, de
Cristiane Oliveira; Cidade do Funk, de Sabrina Fidalgo; Cais, de Safira
Moreira; Daqui de Dentro, de Larissa Ribeiro e Minha Fortaleza, os Filhos de
Fulano, de Tatiana Lohmann.
Minha Fortaleza, os
Filhos de Fulano (2019)
Direção: Tatiana Lohmann
Sinopse: Três famílias afetadas pela falta de
pai numa quebrada de São Paulo, onde a mãe solitária adquire aura de santa
guerreira, cultuada nos corpos tatuados e nos muros grafitados. Mas essas
mulheres parecem presas a um pedestal que não escolheram e que lembra demais a
imagem da Mater Dolorosa.
Sessões Especiais: Sessão Instituto Diageo
| Pelo Fim do Assédio
O assédio moral e sexual
é uma questão a ser enfrentada pela indústria cinematográfica e pela sociedade.
O FIM, em parceria com o Think Olga e com Instituto Diageo, realiza sessão
reprise do documentário Chega de Fiu Fiu (2018), dirigido por Amanda
Kamanchek e Fernanda Frazão, e já apresentado na primeira edição do Festival
com grande sucesso de público. Uma excelente oportunidade de aprofundar o tema
infelizmente tão atual. A sessão será seguida de um painel exclusivo inspirado
no filme com a presença da diretora Amanda Kamanchek e cases de enfrentamento e
combate ao assédio.
Chega de Fiu Fiu (2018)
Direção: Amanda Kamanchek
e Fernanda Frazão
Sinopse: As cidades foram feitas para as
mulheres? O filme narra a história de Raquel, Rosa e Teresa, moradoras de três
cidades brasileiras, que, por meio de ativismo, arte e poesia resistem e
propõem novas formas de (con)viver no espaço público.
Para maiores informações
sobre as Atividades de Formação, acesse os links
nos títulos Masterclasses
e Painéis Nacionais e Internacionais; Arenas Inspiradoras;
Projeto
Paradiso; Cursos.
FIM - FESTIVAL
INTERNACIONAL DE MULHERES
10 a 17 de
novembro de 2020
Informações: https://fimcine.com.br/br/home/
Plataforma de
Exibição: https://innsaei.tv/#/
Facebook: https://www.facebook.com/fimcine
Instagram: https://www.instagram.com/fimcine/
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