quarta-feira, 12 de agosto de 2020

9ª Mostra Ecofalante de Cinema online

9ª MOSTRA ECOFALANTE DE CINEMA

edição virtual

o mais importante evento sul-americano

dedicado à temática socioambiental

apresenta 98 filmes de 24 países

 

* A programação é totalmente gratuita e promove exibições e debates em plataformas digitais. Acesse o Folder Interativo da Programação aqui.

* Mostra Ecofalante de Cinema acontece de 12/08 a 20/09

* Panorama Internacional Contemporâneo reúne obras inéditas e com carreira em festivais como Cannes, Berlim, Sundance, Roterdã, IDFA-Amsterdã, Visions du Réel e Hot Docs

* Competição Latino-Americana destaca filmes recentes de diretores renomados, como Lírio Ferreira, Marcelo Gomes, Daniela Thomas, Jorge Bodanzky, Wolney Oliveira, Estêvão Ciavatta e Petrus Cariry

* Concurso Curta Ecofalante premia produção de estudantes brasileiros

* nova seção exibe títulos brasileiros clássicos e premiados dirigidos por Jorge Bodanzky, Silvio Tendler, Vincent Carelli, Hermano Penna, Aurélio Michiles, Marcelo Pedroso e Ricardo Dias

* entrevistas com dez diretores internacionais são disponibilizadas ao longo do evento De 12 de agosto a 20 de setembro, a Mostra Ecofalante de Cinema chega à sua 9ª edição de forma totalmente online e gratuita.

A programação do mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado às temáticas socioambientais reúne 98 títulos , muitos deles inéditos no Brasil. No total, estão representadas as cinematografias de 24 países.

A grade de programação prevê novidades diárias, com até 11 diferentes sessões por dia.

Ao longo das seis semanas do evento, os títulos ficam disponíveis sempre às 15h00, por períodos de 24 horas, com até cinco dias de exibições cada um.


"Em junho deste ano já tivemos a experiência de realizar um festival online com o Especial Semana do Meio Ambiente, em parceria com a plataforma Videocamp, que contou com cinco filmes e seis debates exibidos no Facebook e no YouTube. Tivemos sessões em 490 cidades do Brasil e a participação de quase 30 mil pessoas nos filmes e debates”, conta Chico Guariba, diretor do festival. “Agora, levaremos nossa programação para três plataformas com o objetivo de democratizar ainda mais o acesso e atingir novos públicos”.

Todas as exibições e entrevistas poderão ser acessadas na plataforma Ecofalante pelo endereço www.ecofalante.org.br e os debates serão transmitidos ao vivo no Facebook e no Youtube. Os filmes também poderão ser acessados pela Videocamp e pela Spcine Play.

Os filmes programados trazem a assinatura de cineastas consagrados, como os brasileiros Lírio Ferreira (Acqua Movie), Daniela Thomas (Tuã Ingugu (Olhos d'Água), Jorge Bodanzky (Ruivaldo, o Homem que Salvou a Terra), Wolney Oliveira (Soldados da Borracha), Estêvão Ciavatta (Amazônia Sociedade Anônima) e Petrus Cariry (A Jangada de Welles).

Estão incluídas obras selecionadas em eventos internacionais de prestígio, como o Festival de Cannes, onde foram apresentados o francês Botando pra Quebrar, de Lech Kowalski, exibido na Quinzena dos Realizadores, e o brasileiro Indianara, de Aude Chevalier-Beaumel e Marcelo Barbosa, que concorreu à Palma Queer.

Estiveram na programação do Festival de BerlimPatrimônio”, coprodução México/EUA, dirigida por Lisa H. Jackson e Sarah Teale, o belga “Ma'Ohi Nui” , de Annick Ghijzelings, e o brasileiro “Estou me Guardando Para Quando o Carnaval Chegar”, de Marcelo Gomes.

Passaram pelo Festival de SundanceJawline: Ascensão e Queda de Austyn Tester”, de Liza Mandelup, e “Dolores”, de Peter Bratt, ambas produções norte-americanas. Já na programação do Festival de Roterdã, na Holanda, foram incluídos o britânico “O Futuro do Trabalho e da Morte”, de Sean Blacknell & Wayne Walsh, e o brasileiro “Perpétuo” , de Lorran Dias.

Considerado o mais importante festival de documentários do mundo, o IDFA-Amsterdã exibiu “Golpe Corporativo”, coprodução Canadá/EUA, dirigida por Fred Peabody, o francês “Os Senhores da Água”, de Jérôme Fritel, o polonês “A Baleia de Lorino”, de Maciej Cuske, o alemão “Olá, IA”, de Isa Willinger, “Indústria Russa” (República Tcheca), de Petr Horky, o colombiano “Suspensão”, de Simón Uribe, e o argentino “Suquía”, de Ezequiel Salinas.

Tradicional evento dedicado ao cinema documental criado em 1969 em Nyon, na Suíça, o Festival Visions du Réel teve participação de “Tomates, Molho e Wagner”, longa-metragem grego de Marianne Economou, o chileno “Deus”, de Christopher Murray, Josefina Buschmann e Israel Pimentel, do colombiano “O Delegado”, de Samuel Moreno Alvarez, e “Os Despossuídos” , coprodução Canadá/Suíça dirigida por Mathieu Roy, todos incluídos na 9ª Mostra Ecofalante de Cinema.

E no canadense Hot Docs, o maior festival documental da América do Norte, foram apresentados o iraniano “Exodus”, dirigido por Bahman Kiarostami (filho do importante cineasta Abbas Kiarostami), “Vulcão de Lama” (EUA), da vencedora do Oscar Cynthia Wade, aqui em parceria com Sasha Friedlander, o canadense “Beleza Tóxica”, de Phyllis Ellis, o sueco “Push: Ordem de Despejo”, de Fredrik Gertten, “O Mês Mais Quente”, coprodução EUA/Canadá assinada por Brett Story, e “Ouro da Morte”, produção da África do Sul dirigida pela dupla Catherine Meyburgh e Richard Pakleppa.

 

Entrevistas, debates, masterclass e formação

Uma série de dez entrevistas com diretores internacionais com filmes nesta edição da Mostra Ecofalante de Cinema é disponibilizada ao longo da programação. Com condução da jornalista Flávia Guerra, a série já tem confirmados os cineastas Lisa F. Jackson e Sarah Teale (de “Patrimônio”, México/EUA), Cynthia Wade e Sasha Friedlander (“Vulcão de Lama”, EUA), Fredrik Gertten (“Push: Ordem de Despejo”, Suécia), Jérôme Fritel (“Os Senhores da Água”, França), Marc Pierschel (“O Fim da Carne”, Alemanha ) , Cosima Dannoritzer (“Ladrões do Tempo”, Espanha/França), Marianna Economou (“Tomates, Molho e Wagner”, Grécia) e Jared P. Scott (“A Era das Consequências”, EUA). 

Também serão realizados debates virtuais, reunindo ativistas, cientistas e especialistas que discutem, entre outros temas, ativismo, consumo, economia, emergência climática, povos e lugares, tecnologia e trabalho. Entre os convidados estão a arquiteta e urbanista Raquel Rolnik, a ativista Preta Ferreira (MTST), Rodrigo Agostinho (Frente Parlamentar Ambientalista), Malu Ribeiro (Coordenadora da Rede das Águas da Fundação SOS Mata Atlântica, Ailton Krenak (liderança indígena), Ricardo Abramovay, professor de ciência ambiental na USP e sociólogo, Fabiana Alves (especialista de mudanças climáticas do Greenpeace Brasil), a ativista e jornalista Rebeca Lerer, Mário Mantovani (SOS Mata Atlântica), Paloma Costa Oliveira (Coordenadora do Engajamundo e assessora do ISA), o sociólogo Ricardo Antunes, Eduardo Santos, ativista vegano (Vegano Periférico), Rita von Hunty (do canal YouTube Tempero Drag) e Fábio Malini (professor e pesquisador sobre ciência de dados da Universidade Federal do Espírito Santo).

 

Os debates serão realizados
sempre às quartas-feiras e sábados,
conforme a programação abaixo: 

15/08 (sábado), às 19h: Economia - Financeirização do Mercado Imobiliário

19/08 (quarta), às 19h: Economia - Privatização da água e interesses corporativos

22/08 (sábado), às 17h: Emergência climática - Emergência climática e o Green Deal

26/08 (quarta), às 19h: Ativismo: Ativismo em tempos não-democráticos

29/08 (sábado), às 19h: Trabalho: Aceleração da precarização e Sinais de

Resistência

02/09 (quarta), às 19h: Povos e Lugares: Migrações no século 21

05/09 (sábado), às 19h: Consumo: É possível mudar o paradigma do consumo?

09/09 (quarta), às 19h: Tecnologia: Qual é a real influência dos influencers ?

A programação inclui ainda uma Masterclass com Cristina Amaral, responsável pela montagem de filmes de diretores como Andrea Tonacci, Carlos Reichenbach, Edgard Navarro Filho, Carlos Adriano, Guilherme de Almeida Prado, Lina Chamie, Denoy de Oliveira, Joel Yamaji e Raquel Gerber, entre outros. A masterclass acontece no mês de setembro, em data e horário a serem anunciados. Já uma atividade de formação é ministrada pelo cineasta e curador Francisco Cesar Filho, diretor dos longas-metragens “Augustas” e “Futuro do Pretérito - Tropicalismo Now!” e organizador de diversos eventos.

Em aula aberta a interessados, são abordados aspectos ligados à organização de mostras e festivais, como a formatação de projeto, curadoria, produção e comunicação, entre outros. A data, assim como o processo de inscrição dos interessados, serão divulgados oportunamente.

 

Programas

O cardápio da 9ª Mostra Ecofalante de Cinema está organizado nas seções Panorama Internacional Contemporâneo , que é dividida em sete temáticas e reúne obras inéditas e com carreira em importantes eventos internacionais, Competição Latino-Americana, que premia os melhores filmes com temática socioambiental da América Latina, Competição Curta Ecofalante, com curtas-metragens produzidos por estudantes, e Clássicos e Premiados, que estreia este ano e traz destaques da cinematografia brasileira voltada à temática socioambiental, reunindo documentários e longas-metragens de ficção produzidos entre 1974 e 2018.

 

Panorama Internacional Contemporâneo

Com 31 produções, sendo 16 inéditas no Brasil, o Panorama Internacional Contemporâneo traz representantes de 16 países. Sua programação é organizada em sete eixos temáticos. ‘Ativismo’ é representada por cinco filmes. “Dolores” (EUA), de Peter Bratt, ganhou repercussão no Festival de Sundance e premiações em São Francisco e Seattle ao focalizar Dolores Huerta, líder trabalhista e uma das mais importantes ativistas dos direitos civis da história dos Estados Unidos. Apresentado no Festival de Berlim, “Patrimônio” (México/EUA) conta com direção da duplamente laureada com os Emmy Awards Lisa F. Jackson, aqui em parceria com Sarah Teale, e retrata a luta de uma pequena comunidade na costa pacífica mexicana contra um mega-empreendimento norte-americano. Inédito no Brasil, o emocionante “Sufocado” (Bélgica) acompanha a busca de seu diretor, Daniel Lambo, para descobrir a verdade sobre a perigosa indústria do amianto, que vitimou seu pai e muitos outros em sua aldeia na região de Flandres. A produção australiana “Triste Oceano”, de Karina Holden, foi destaque no reputado Festival socioambiental Planet in Focus, do Canadá, ao alertar que metade de toda a vida marinha foi perdida nos últimos 40 anos e que em 2050 haverá mais plástico do que peixes nos mares. “Vulcão de Lama” (EUA), co-dirigido pela vencedora do Oscar de documentário curto em 2008 Cynthia Wade em parceria com Sasha Friedlander, tem seu foco em uma jovem ativista em busca de justiça, que era criança quando atividades de extração de gás de xisto provocaram um tsunami de lama em ebulição que soterrou vilarejos de uma área industrial e residencial na Indonésia, desalojando mais de 60 mil pessoas. 

Sob o tema ‘consumo’, o Panorama Internacional Contemporâneo programou quatro longas-metragens. Inédito no Brasil, o canadense “Beleza Tóxica” , de Phyllis Ellis, alerta que o crescimento acelerado da indústria multi-bilionária de cosméticos tem um custo elevado e generalizada corrupção. Já “O Custo do Vício Digital” (EUA, de Sue Williams) aponta para o lado sombrio da indústria de smartphones, tablets e laptops, desde as funestas condições de trabalho na China às famílias infectadas nos Estados Unidos. O alemão “O Fim da Carne” , de Marc Pierschel, embarca em uma jornada para descobrir que efeito um mundo pós-carne teria no meio ambiente, nos animais e em nós mesmos. E a produção canadense “Superalimentos” , de Ann Shin, explora os fatos e mitos por trás dos superalimentos, propagandeados por suas propriedades nutricionais extraordinárias.

No eixo temático ‘economia’ estão incluídos seis títulos. A coprodução EUA/Canadá “Golpe Corporativo” , esteve nos principais festivais de documentários (como IDFA-Amsterdã e Hot Docs) narra a história por trás do “golpe corporativo” que se deu muito antes das últimas eleições que levaram Donald Trump à presidência norte-americana. Seu diretor, Fred Peabody, venceu em 1989 o Emmy Awards. Coprodução entre a Espanha e a França, “O Custo do Transporte Global”, dirigido pelo vencedor de mais de 30 prêmios internacionais Denis Delestrac, é uma audaciosa investigação sobre o funcionamento e a regulamentação da indústria de transporte oceânico - que movimenta 90% dos bens que consumimos -, assim como os impactos socioambientais ocultos. Dirigido por Mathieu Roy como um misto de cinéma vérité e ensaio audiovisual, “Os Despossuídos” (Canadá/Suíça) promove uma jornada impressionista que nos revela, em uma era de agricultura industrializada, a luta diária da classe camponesa faminta. Já o francês “Os Senhores da Água”, dirigido por Jérôme Fritel e inédito em nosso país, discute a cada vez mais explosiva demanda por água e o novo mercado em torno desse bem, com bancos, fundos de investimento e fundos de hedge investindo bilhões de euros. Realização sueca, “Push: Ordem de Despejo”, de Fredrik Gertten, discute como os preços das casas estão subindo rapidamente nas cidades ao redor do mundo, enquanto os rendimentos não acompanham esse aumento. O filme acompanha Leilani Farha, relatora especial da ONU sobre habitações adequadas, enquanto viaja pelo mundo, tentando entender quem está sendo expulso da cidade e por quê. Também inédito no país, e indicado oficial da Grécia ao Oscar de melhor filme internacional, “Tomates, Molho e Wagner” , segundo a diretora Marianna Economou, mostra o que acontece quando tomates orgânicos encontram a música de Wagner e uma energia incrível invade os arredores de uma pequena vila, até então condenada ao desaparecimento. 

‘Emergência climática’ é eixo temático integrado por quatro longas. “A Era das Consequências” (EUA) investiga, pelas lentes da Segurança Nacional norte-americana, os impactos das mudanças climáticas em conflitos ao redor do mundo, revelando como a escassez de água e alimentos, a seca, as condições climáticas extremas e a elevação do nível do mar funcionam como “catalisadores de conflitos”. O filme é assinado por Jared P. Scott, mesmo diretor de “A Grande Muralha Verde”, documentário produzido por Fernando Meirelles. Obra do diretor indicado aos Emmy Awards Zach Toombs, “A Nova Era do Petróleo” (EUA) traz jornalistas investigativos, cientistas e cidadãos analisando as conseqüências de um novo boom norte-americano de combustíveis fósseis. Produção francesa inédita no Brasil que rodou inúmeros festivais pelo mundo, com direção de Jean-Robert Viallet, “Breakpoint: Uma Outra História do Progresso” analisa 200 anos de desenvolvimento para fornecer uma visão alternativa de nossa história do progresso. Em “O Mês Mais Quente” (EUA/Canadá), obra inédita no Brasil, a diretora Brett Story aponta sua lente observacional para a cidade de Nova York e seus arredores durante o mês de agosto de 2017, permitindo que moradores reflitam sobre o futuro à luz do governo Trump e de demonstrações de supremacistas brancos enquanto incêndios e furacões se abatem nas duas costas do país. 

‘Povos&Lugares’ é tradicional eixo temático da Mostra Ecofalante de Cinema que em 2020 traz quatro longas-metragens. “A Baleia de Lorino” é média-metragem polonês inédito no Brasil com direção de Maciej Cuske que se passa numa região remota do extremo nordeste da Sibéria onde as baleias ameaçadas de extinção ainda são caçadas, não apenas por uma questão de tradição, mas também por necessidade. Também inédito nas telas brasileiras, o iraniano “Exodus” é dirigido por Bahman Kiarostami (filho do cineasta Abbas Kiarostami) e tem a canção homônima de Bob Marley na trilha sonora. O filme observa um centro de migração em Teerã, onde passam milhares de imigrantes ilegais que saem do país. Tendo merecido première internacional no Festival de Berlim, a produção belga “Ma'Ohi Nui”, de Annick Ghijzelings, oferece um vislumbre poético do Taiti contemporâneo e das lutas coloniais que seu povo ainda enfrenta, enquanto resistem para sustentar seu modo de vida. Já “Memórias do Oriente” (Finlândia), de Niklas Kullström e Marti Kaartinen, é um surpreendente filme de viagem no Extremo Oriente, na Mongólia e no Japão atuais. Eleito como melhor documentário no Festival de Monterrey, ele recupera a história das viagens do linguista e diplomata finlandês G. J. Ramstedt ao velho mundo das crenças e tradições do final do século 19, um mundo hoje substituído por ideologias e pela economia de mercado.

O eixo temático ‘tecnologia’ do Panorama Internacional Contemporâneo reúne quatro obras sobre o assunto. “Bebês do Futuro” (Áustria), de Maria Arlamovsky, mostra como o que começou como uma tentativa de ajudar casais inférteis a terem filhos é hoje um lucrativo negócio de 'bebês industrializados'. O filme, exibido nos festivais Hot Docs (Canadá) e Dok Leipzig (Alemanha), nos leva a pacientes, pesquisadores, doadores de óvulos, mães de aluguel, clínicas e laboratórios, e nos faz perguntar: quão longe queremos ir? Já “Jawline: Ascensão e Queda de Austyn Tester” (EUA), de Liza Mandelup, segue uma estrela de 16 anos em ascensão no ecossistema de transmissão ao vivo via internet que construiu sua base de seguidores com otimismo e desejo de meninas adolescentes, enquanto ele próprio tenta escapar de uma vida sem saída na zona rural do Tennessee. Inédito no Brasil, o longa foi selecionado no IDFA-Amsterdã e foi premiado no Festival de Sundance. “O Futuro do Trabalho e da Morte”, produção do Reino Unido exibida no prestigioso Festival de Roterdã, tem direção de Sean Blacknell e Wayne Walsh e explora os impactos que a tecnologia do futuro pode vir a ter sobre duas características intrínsecas à experiência humana: o trabalho e a morte. O longa alemão “Olá, IA”, de Isa Willinger, é outro inédito no Brasil, tendo passado nos festivais IDFA-Amsterdã, Visions du Réel e Hot Docs. Focaliza a evolução da robótica e como os humanos estão se tornando cada vez mais expostos à inteligência artificial em suas vidas diárias.

O eixo temático ‘trabalho’ apresenta quatro filmes (dois longas-metragens e dois médias-metragens), todos inéditos no Brasil. O francês “Botando pra Quebrar”, de Lech Kowalski, foi exibido no Festival de Cannes e acompanha os fatos que se sucederam quando uma fábrica de autopeças, prestes a fechar sem oferecer qualquer solução aos seus 277 funcionários, e estes ameaçaram explodir as instalações da empresa. “Indústria Russa” (República Tcheca), de Petr Horky, é uma sátira espirituosa que vê uma fábrica de automóveis e uma das maiores empresas estatais russa como um microcosmo da sociedade daquele país. Dirigido por Cosima Dannoritzer (de “A Tragédia do Lixo Eletrônico”, exibido na Mostra Ecofalante de Cinema), “Ladrões do Tempo” é uma coprodução Espanha/França que investiga como o tempo se tornou uma nova fonte cobiçada. A obra ouve especialistas para revelar o quanto a monetização do tempo, por um sistema econômico agora predominante, afeta a vida cotidiana. Selecionado para o festival Hot Docs e premiado em eventos internacionais, o longa sul-africano “Ouro da Morte”, de Catherine Meyburgh e Richard Pakleppa, retrata como comunidades de mineração da África do Sul enfrentam grave pobreza e a maior epidemia mundial de silicose e tuberculose causada pela exposição ao pó de sílica. O verdadeiro custo da riqueza daquele país é revelado pela justaposição das histórias atuais dos garimpeiros com material de arquivo como documentários industriais e filmes de propaganda.

 

Competição Latino-Americana

Com um total de 25 títulos, produzidos na Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia e Peru, a Competição Latino-Americana reúne sete obras inéditas no Brasil e outras três nunca exibidas em festivais. O melhor longa-metragem é premiado com R$ 15 mil e o melhor curta ou média-metragem com R$ 5 mil, categorias que recebem também o prêmio do público. O júri é formado pelas cineastas Caru Alves de Souza (“Meu Nome é Bagdá”), Beth Formaggine (“Angeli 24 Horas”) e pela diretora, dramaturga e atriz, Grace Passô (a confirmar).

Entre os destaques desta seção está “Acqua Movie”, mais recente longa-metragem do pernambucano Lírio Ferreira (de “Baile Perfumado”), com roteiro assinado por ele, Paula Caldas e Marcelo Gomes. No elenco estão Alessandra Negrini, Guilherme Weber e Marcélia Cartaxo e o enredo acompanha um garoto de 12 anos que fez uma longa viagem com a mãe pelo Nordeste do país, para levar as cinzas do pai até sua cidade natal. Em “Amazônia Sociedade Anônima” , o diretor Estêvão Ciavatta focaliza índios e ribeirinhos que, em uma união inédita liderada pelo Cacique Juarez Saw Munduruku, enfrentam máfias de roubo de terras e desmatamento ilegal para salvar a floresta Amazônica. Já o cineasta Marcelo Gomes aborda a cidade de Toritama, em Pernambuco, em “Estou Me Guardando para Quando o Carnaval Chegar” . Na localidade, a cada ano, mais de 20 milhões de jeans são produzidos em fábricas de fundo de quintal e os moradores trabalham sem parar, orgulhosos de serem os donos do seu próprio tempo. A obra selecionado para o IDFA-Amsterdã, considerado o mais importante festival de documentários do mundo. 

Indianara”, de Aude Chevalier-Beaumel e Marcelo Barbosa, tem como protagonista uma militante pela sobrevivência das pessoas transgêneras no Brasil; teve sua estreia no badalado Festival de Cannes e conquistou o prêmio do público no Festival Brésil em Mouvement, em Paris. A atribulada passagem do diretor Orson Welles no Brasil para as filmagens do longa “It´s All True”, quando, em um acidente, morreu o líder de pescadores cearenses, está no centro de “A Jangada de Welles” , de Firmino Holanda e Petrus Cariry. A obra, exibida no Festival de Havana, evoca ainda memórias do Estado Novo e a luta dos jangadeiros por direitos trabalhistas. Também produção do Ceará, “Soldados da Borracha, de Wolney Oliveira, resgata a saga de cerca de 60 mil brasileiros, enviados para a região amazônica durante a Segunda Guerra Mundial, em mirabolante plano para extrair látex, material estratégico imprescindível para a vitória dos Aliados. 

Produção colombiana, “Suspensão”, de Simón Uribe, revela uma ponte abandonada em plena selva, um trabalho de infraestrutura que não leva a lugar nenhum. Essa situação absurda é vivida por trabalhadores, engenheiros e turistas. Já o chileno inédito no Brasil “Deus” esteve em vitrines internacionais prestigiosas, como os festivais Dok Leipzig, Toulouse, DocMontevideo e Visions du Réel, onde conquistou o prêmio de melhor filme pelo júri jovem do evento. Dirigido por Christopher Murray, Josefina Buschmann e Israel Pimentel, aborda a visita do Papa ao Chile, em 2018, onde o país vivia a maior crise religiosa de sua história.

Entre os médias e curtas-metragens da Competição Latino-Americana destaca-se “Ruivaldo, o Homem que Salvou a Terra” (de Jorge Bodanzky com co-direção e fotografia de João Farkas), e “Tuã Ingugu” , de Daniela Thomas (codiretora de “Linha de Passe”, selecionado para o Festival de Cannes). O primeiro leva para a tela, por meio do personagem central que dá nome à obra, sua luta diária para sobreviver diante das consequências do assoreamento do Rio Taquari, no Mato Grosso do Sul. Já “Tuã Ingugu” trata da cosmogonia dos Kalapalo, etnia que vive no parque indígena do Xingú, para a qual a água é tão antiga quanto os humanos e é a fonte da vida.

Também competem o colombiano “O Deputa” , de Samuel Moreno Alvarez, e os argentinos “C.I.T.A. (Cooperativa Industrial Têxtil Argentina)” , um relato da resistência de um grupo de trabalhadores industriais diante das políticas neoliberais que foi destaque em diversos festivais internacionais, “Suquía” , selecionado para o festival IDFA-Amsterdã e inédito no Brasil, e “O Fogo que Vimos” , uma abordagem poética sobre o trabalho de brigadistas que enfrentam incêndios florestais. Na seção estão ainda as coproduções “O Levante dos Andes - A Cidade-tampão que se Reinventa Através da Arquitetura” (Alemanha/Bolívia), inédito no Brasil e grande vencedor no Festival Latino-Americano de Bahia Blanca, e “Mamapara” (Peru/Argentina), de Alberto Flores Vilca, selecionado para Clermont-Ferrand, o mais renomado festival internacional de curtas.

Completam a seleção competitiva os curtas-metragens brasileiros “Resplendor”, de Claudia Nunes e Erico Rassi, que recebeu menção honrosa no festival visões Periféricas, “Por Trás da Cortina Verde” , de Caio Silva Ferraz e Paulo Plá, sobre a realidade enfrentada pelas comunidades camponesas da região do Alto Vale do Jequitinhonha (MG), “Caranguejo Rei” , de Enock Carvalho e Matheus Farias, exibido em eventos na França, Reino Unido, Colômbia, México e China, “Guaxuma” , de Nara Normande, vencedor do Festival de Gramado e premiado nos EUA, Reino Unido, Portugal e na Suíça, “Liberdade” , sobre imigrantes que vivem no bairro homônimo na cidade de São Paulo, premiado no Festival de Brasília, “Mitos Indígenas em Travessia” , que reúne histórias indígenas dos tempos antigos de diferentes etnias , “Nove Águas” , realização do Quilombo dos Marques, e “Nova Iorque, Mais Uma Cidade” , sobre uma a participação de uma jovem realizadora audiovisual do povo Guarani Mbya em um dos maiores festivais de cinema etnográficos do mundo, o Margaret Mead Film Festival, em Nova York.


Concurso Curta Ecofalante

O Concurso Curta Ecofalante reúne filmes de curta duração realizados por estudantes brasileiros. Concorrem ao prêmio de melhor filme, no valor de R$ 4 mil, além do prêmio do público, 24 produções. Nesta edição, que tem apoio do WWF-Brasil, os filmes inscritos precisavam abordar temáticas relacionadas a pelo menos um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela ONU na Agenda 2030 – são 17 objetivos que abrangem temas como erradicação da pobreza, saúde de qualidade, combate às mudanças climáticas e igualdade de gênero.

As obras são avaliadas por um júri composto pelo cineasta Felipe André Silva (de “Passou”), a pesquisadora e curadora Kênia Freitas e Gabriela Yamaguchi, diretora da Sociedade Engajada da WWF-Brasil . Foram selecionados 10 títulos totalmente inéditos em festivais: “Ângelo” (de Mariana Machado), “Cancha - Domingo é Dia de Jogo” (Welyton Crestani), “Cerrado de Volta: A Restauração na Chapada dos Veadeiros” (Cleisyane Quintino), “Cidade De Quem Corre” (Fernando Martins), “Como Se Fossem Máquinas” (João de Mari), “Contratempos” (Matheus Santos), “Correntes (Charles dos Santos), “Desculpe Interromper o Silêncio de Sua Viagem (Maiara Astarte), “Território: Nosso Corpo, Nosso Espírito" (Clea Torres e João Paulo Fernandes) e “Vidas que Correm” (do Coletivo de Alunos, de Jundiaí, SP). Os demais 14 curtas que completam a competição integraram eventos no Brasil ou no exterior: “Beat é Protesto - O Funk pela Ótica Feminina” (de Mayara Efe; selecionado para os festivais MixBrasil, In-Edit Brasil e Curta Brasília), “Perpétuo” (Lorran Dias; esteve nos festivais de Roterdã, na Holanda, e Santa Maria da Feira, em Portugal), “O Verbo se Fez Carne” (Ziel Karapotó; premiado no RECIFEST – Festival de Cinema de Diversidade Sexual e de Gênero), “Cantos de Origem” (Marcella Ferrari, Brenda Zacharias, Paulina Meza, Chico Sales e Gislene Nogueira; Filmworks Film Festival), “Cor de Pele” (Larissa Barbosa, 3 Margens: Festival Latino-Americano de Cinema), “Elemento Suspeito” (Gustavo Paixão, Curta Taquary), “Estado de Neblina” (Bruno Ramos; Mostra de Tiradentes), “Entre Mães” (Nicoly Cruvinel, Lift Off Global Network - First-Time Filmmaker Sessions), “Hoje Eu Não Fico no Vestiário” (Nicole Lopes; Curta Pinhais – FESTCINE), “Hoje Sou Felicidade” (João Luís e Tiago Aguiar; Festival de Taquatinga), “O Garoto do Fim do Mundo” (Antônio Victor e Lailson Brito; Panorama Coisa de Cinema), “Vivi Lobo e o Quarto Mágico” (Isabelle Santos e Edu MZ Camargo; premiado no Cine PE - Festival do Audiovisual) e “Nem Puta Nem Santa” (Alana Ferreira) e “De Canto Em Canto” (Júlia Maria), ambos exibidos no Festival de Cinema Filmaê.


Clássicos e Premiados

Clássicos e Premiados é um novo programa da Mostra Ecofalante de Cinema. São 18 filmes considerados clássicos do cinema socioambiental brasileiro ou que foram premiados em eventos no Brasil e no exterior. O cineasta Jorge Bodanzky está presente com oito obras: três codireções com Wolf Gauer - “Os Mucker” (1978), “Jari” (1979) e “O Terceiro Milênio (1981) –, além de “Iracema - Uma Transa Amazônica” (1974, codirigido com Orlando Senna), “Navegaramazônia – Uma Viagem com Jorge Mautner” (2006, codirigido com Evaldo Mocarzel), “No Meio do Rio, Entre as Árvores (2009), “Era Uma Vez Iracema” (2015) e “Pandemonium” (2010). No programa estão produções assinadas por Vincent Carelli (“Corumbiara”, 2009, e “Martírio” , 2016, codirigido por Ernesto de Carvalho e Tatiana Almeida), Silvio Tendler (“Dedo na Ferida”, 2017), Hermano Penna (“Fronteira das Almas” , 1988, e “Mário” , 1999), Aurélio Michiles (“O Cineasta da Selva”, 1997), Marcelo Pedroso (“Brasil S/A” , 2014), Ricardo Dias (“No Rio das Amazonas” 1995), Márcio Isensee e Sá ( “Sob a Pata do Boi” , 2018) e o trio André Campos, Carlos Juliano Barros e Caue Angeli (“Não Respire - Contém Amianto" (2017).

Quatro obras foram premiadas em edições anteriores da Competição Latino-Americana da Mostra Ecofalante de Cinema : “Brasil S/A” (melhor filme em 2015), “Não Respire - Contém Amianto” (prêmio do público, 2017 ) , “Sob a Pata do Boi” (menção honrosa para curta e média-metragem, 2018) e “Dedo na Ferida” (melhor filme, 2018).


 


1. PANORAMA INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEO

(sete temáticas - 31 filmes)

1.1 ATIVISMO (5 longas)

Dolores” (EUA, 2017, 95 min) - Peter Bratt

Dolores Huerta é uma das mais importantes, embora pouco conhecidas, ativistas da história dos Estados Unidos. Cofundadora da Farm Workers Union, contribuiu enormemente para a luta por direitos trabalhistas, igualdade racial e paridade de gênero, tornando-se uma das mais notórias feministas do século XX. O filme conta a história de uma vida dedicada à mudança social.

* obra conta com produção executiva do músico Carlos Santana

* vencedor do prêmio do público de melhor documentário no Festival de São Francisco e o prêmio de melhor documentário no Festival de Seattle

* exibido nos festivais de Sundance e Hot Docs

site oficial: https://www.doloresthemovie.com/

trailer legendado: https://www.youtube.com/watch?v=fj61yOqZYe8

 

Patrimônio” (“Patrimonio”, México/EUA, 2018, 85 min) – Lisa F. Jackson e Sarah Teale

O documentário retrata a luta de 3 anos de uma pequena comunidade na costa pacífica mexicana contra um mega-empreendimento norte-americano. O projeto imobiliário, tido como “sustentável” e “holístico”, ameaça o acesso da comunidade de pescadores a escassa água, à costa, ao seu patrimônio.

* inédito no Brasil

* exibido no Festival de Berlim e no San Francisco Green Film Festival

* a diretora Lisa F. Jackson já venceu dois Emmy Awards e um prêmio do júri no festival de Sundance.

site oficial: http://www.patrimoniofilm.com/

trailer legendado: https://youtu.be/IXdIFEA2xOE

 

Sufocado” (“Beathless”, Bélgica, 2018, 77 min) – Daniel Lambo

Após a morte de seu pai e muitos outros em sua aldeia na Flandres, o diretor Daniel Lambo embarca em uma emocionante busca para descobrir a verdade sobre a perigosa indústria do amianto. Sua pesquisa a leva ao maior aterro ao ar livre de amianto da Índia e revela uma indústria impiedosa que continua a pôr em risco a vida dos trabalhadores e consumidores até os dias de hoje.

* inédito no Brasil

* vencedor do Flemish Film Award de melhor documentário, de menção especial de longa-metragem

documentário ambiental no Festival Life After Oil, do Grande Prêmio Fethi Kayaalp no BIFED – Festival

Internacional de Filmes Ecológicos de Bozcaada

* exibido no Festival de Bruxelas e no Ekotopfilm-Envirofilm

site oficial: http://www.lambofilms.com/productions/breathless

trailer legendado: https://youtu.be/D-xMtzGI0Kg

 

Triste Oceano” (“Blue”, Austrália, 2017, 76 min) – Karina Holden

Metade de toda a vida marinha foi perdida nos últimos 40 anos. Em 2050, haverá mais plástico do que peixes nos mares. Diferente do que imaginamos nos últimos séculos, o oceano não é um lugar de recursos ilimitados, imune à mudança e ao declínio. Através de entrevistas com apaixonados ativistas, o filme desvela a história das mudanças em nosso oceano para defender a necessidade de preservá-lo.

* exibido nos festivais de Sydney, Melbourne, Brisbane, Planet in Focus e NZ International

* vencedor do prêmio de melhor fotografia de documentário nos AACTA Awards

site oficial: https://bluethefilm.org/

trailer legendado: https://www.youtube.com/watch?v=-kBpDewB7Xo

 

Vulcão de Lama: A Luta Contra a Injustiça” (“Grit”, EUA, 2018, 80 min) – Cynthia Wade e Sasha Friedlander

Um tsunami de lama em ebulição soterra 16 vilarejos de uma área industrial e residencial de Java Oriental, na Indonésia, desalojando mais de 60 mil pessoas. Dezenas de fábricas, escolas e mesquitas ficam submersas sob uma paisagem de lama rachada. Cientistas afirmam que a tragédia se deveu às atividades de fracking (extração de gás de xisto), que acidentalmente atingiram um vulcão de lama subterrâneo. Dian, na época ainda criança, é hoje uma jovem ativista que mobiliza seus vizinhos na luta por justiça, questionando o papel do poder e dinheiro de grandes corporações.

* a codiretora Cynthia Wade já venceu o Oscar de melhor curta documental em 2008 e foi indicada na

mesma categoria em 2013, tendo conquistado mais de 40 prêmios em festivais internacionais.

* o filme estreou no festival Hot Docs e conquistou dois prêmios no Seoul Eco Film Festival

site oficial: https://www.gritdocumentary.com/

trailer legendado: https://www.youtube.com/watch?v=0DX5PYlSG_s

 

1.2 CONSUMO (4 longas)

Beleza Tóxica” (“Toxic Beauty”, Canadá, 2019, 90 min) – Phyllis Ellis

Para muitos de nós, faz parte de uma rotina: os cuidados com higiene e os produtos que usamos diariamente nos colocam em contato com centenas de substâncias químicas. As companhias multi-bilionárias da indústria cosmética nos asseguram que não há razão para se preocupar, no entanto, uma ação judicial coletiva histórica contra a Johnson & Johnson e seu talco para bebês afirma que a multinacional sabia dos ingredientes cancerígenos mas nada fez. Beleza Tóxica é um documentário contundente sobre a falta de regulação da indústria cosmética e sobre o verdadeiro custo da beleza.

* inédito no Brasil

* exibido nos festivais Hot Docs, Raindance Film Festival, Calgary e DOXA

* venceu o prêmio de melhor documentário canadense no Festival de Calgary

site oficial: https://www.toxicbeautydoc.com/the-film

trailer legendado: https://youtu.be/V3qZYsnGptg

 

O Custo do Vício Digital” (“Death by Design”, EUA, 2016, 74 min) – Sue Williams

Consumidores amam – e não podem viver sem – seus smartphones, tablets e laptops. Uma miríade de novos dispositivos inunda o mercado prometendo ainda mais comunicação, entretenimento 24h por dia e informação instantânea. Mas essa revolução tem seu lado sombrio. De funestas condições de trabalho na China a famílias intoxicadas em NY e aos corredores ultra-tecnológicos do Vale do Silício, o filme revela como até o menor aparelho eletrônico carrega custos fatais para o meio-ambiente e para nossa saúde.

* o filme recebeu menção honrosa no Sheffield DocFest

* a diretora já venceu, entre muitos prêmios, o Cine Golden Eagle, Chris Awards e dois Edgar Dale Awards por melhor roteiro

site oficial: https://deathbydesignfilm.com/

trailer legendado: https://www.youtube.com/watch?v=eLdUW0iR2lw

 

O Fim da Carne” (“The End of Meat”, Alemanha, 2017, 94 min)

O cineasta e ativista dos direitos animais Marc Pierschel embarca em uma jornada para descobrir que efeito um mundo pós-carne teria no meio ambiente, nos animais e em nós mesmos. Ele conhece Esther, o Porco Maravilha, que se tornou um fenômeno da Internet; conversa com pioneiros que lideram a revolução vegana na Alemanha; visita a primeira cidade totalmente vegetariana da Índia; testemunha a alegria de animais de fazenda recém-resgatados; observa os futuros inovadores em alimentos que produzem carne e laticínios sem os animais, colhendo “bacon” do oceano e muito mais.

* exibido nos festivais de Santa Barbara e Raindance

site oficial: http://www.theendofmeat.com/en/

trailer legendado: https://youtu.be/BZ84lpwcM90

 

Superalimentos” (“The Superfood Chain”, Canadá, 2018, 70 min) - Ann Shin

Todos os anos um novo “superalimento”, com propriedades nutricionais extraordinárias, é apresentado ao ocidente. Este filme explora os fatos e mitos por trás dos superalimentos. Revela o efeito cascata dessa indústria nas famílias de agricultores e pescadores mundo afora, explorando paisagens e povos da Bolívia, Etiópia e do arquipélago de Haida Gwaii, no Canadá. Divulga ainda os grandes problemas gerados pela globalização dos superalimentos, incluindo efeitos imprevistos na saúde, segurança alimentar, agricultura sustentável e nas práticas de comércio justo.

* exibido nos festivais Planet in Focus e One Earth

* a diretora já foi indicada ao News and Documentary Emmy Award em 2017

site oficial: https://thesuperfoodchain.com/

trailer legendado: https://www.youtube.com/watch?v=oDDwjyh0kPM

 

1.3. ECONOMIA (6 longas)

Golpe Corporativo” (“The Corporate Coup d’État”, Canadá/EUA, 2018, 90 min) – Fred Peabody

“Donald Trump não é a doença, é o sintoma.” O filme narra a história por trás do “golpe corporativo” que se deu muito antes das últimas eleições. Tal golpe seria a origem de muitos dos problemas na democracia atual, controlada por lobistas e pelo corporativismo. Acompanhamos as consequências desastrosas para os mais vulneráveis da sociedade, incluindo residentes das chamadas “zonas de sacrifício”, como o Cinturão da Ferrugem nos EUA, onde a indústria do aço já foi muito próspera, mas que hoje sofre com o fechamento de fábricas e a terceirização. O filme capta ainda histórias devastadoras dos moradores de Camden, na Nova Jersey, que vêm sofrendo os efeitos de ideologias e políticas neoliberais, globalistas e corporativistas.

* exibido nos festivais IDFA-Amsterdã e Hot Docs

* o diretor já venceu os Emmy Awards em 1989

site oficial: https://www.whitepinepictures.com/the-corporate-coup-dtat

trailer legendado: https://www.youtube.com/watch?v=bs64vTv1cy0

 

O Custo do Transporte Global” (“Freightened: The Real Price of Shipping”, Espanha/França, 2016, 83 min) - Denis Delestrac

Noventa por cento dos bens que consumimos são fabricados em terras distantes e trazidos até nós por navios. O filme é uma audaciosa investigação sobre o funcionamento e a regulamentação dessa indústria, assim como os impactos socioambientais ocultos.

* exibido nos festivais San Francisco Green Film Fest, DocsBarcelona, Sheffield Doc/Fest e FICMA

* o diretor já conquistou mais de 30 prêmios internacionais e se tornou membro da European Film Academy em 2017

site oficial: https://www.freightened.com/

trailer legendado: https://www.youtube.com/watch?v=lFdBEwYvJEs

 

Os Despossuídos” (“The Dispossessed”, Canadá/ Suíça, 2017, 81min) - Mathieu Roy

Uma jornada impressionista que nos revela a luta diária da classe camponesa faminta. Em nossa era de agricultura industrializada, os produtores de alimentos recebem menos do que em qualquer outra profissão.

O filme – parte cinéma vérité, parte ensaio – examina os mecanismos pelos quais pequenos agricultores entram num ciclo de desespero, endividamento e desapropriação. Filmado na Índia, Congo, Malawi, Suíça, Brasil e Canadá, com cenas magníficas e entrevistas cativantes, a obra acompanha ainda o êxodo rural de camponeses que deixam suas terras para trabalhar em canteiros de obras em megalópoles distópicas.

* exibido nos festivais Visions du Réel, Solothurner Filmtage, RIDM Rencontres Internationales du

Documentaire de Montréal e Jihlava International Documentary Film Festival

site oficial: http://www.goldeneggproduction.ch/portfolio-item/the-dispossessed/

trailer legendado: https://www.youtube.com/watch?v=ptunPyUeRBs

 

Os Senhores da Água” (“Lords of Water”, França, 2019, 88 min) – Jérôme Fritel

A chamam de 'ouro azul'. Em todo o mundo, a demanda por água está explodindo. Até 2050, pelo menos um em cada quatro viverá em um país que sofre com a escassez de água - criando condições ideais para um novo mercado... Bancos e fundos de investimento estão correndo para investir bilhões de euros em qualquer coisa relacionada a água. Um novo monopólio já se criou. A financeirização da água é uma batalha que ocorre em muitas frentes: ideológica, política, ambiental e, é claro, econômica.

* inédito no Brasil

* exibido no Seoul Eco Film Festival e no IDFA-Amsterdã

* vencedor do prêmio Coup de Coeur do no Festival du Film Vert (Suíça)

* o diretor conquistou o prêmio Les Lauriers de la Radio et de la Télévision em 2012

site oficial: https://javafilms.fr/film/lords-of-water/

trailer legendado: https://youtu.be/LNruPCL5KJY

 

Push: Ordem de Despejo” (“Push”, Suécia, 2019, 92 min) – Fredrik Gertten

Os preços das casas estão disparando nas cidades ao redor do mundo. A renda do cidadão comum, não. Push: Ordem de Despejo lança luz sobre um novo tipo de proprietário sem rosto, sobre nossas cidades cada vez mais inabitáveis e uma crise crescente que afeta todos nós. O filme acompanha Leilani Farha, relatora especial da ONU sobre o Direito à Moradia, enquanto viaja pelo mundo, tentando entender quem está sendo expulso das cidades e por quê. "Eu acredito que há uma enorme diferença entre a habitação como uma mercadoria e o ouro como uma mercadoria. O ouro não é um direito humano; a habitação, sim”, diz Leilani.

* inédito no Brasil

* o filme conquistou premiações nos festivais CPH:DOX, DocsBarcelona, DocsMX e San Francisco Green

Film Festival, entre outros

* exibido nos festivais Hot Docs, IDFA-Amsterdã, Sheffield DocFest e DOK.Fest

* o diretor conquistou o título de Honorary Doctor na Malmö University’s Faculty of Culture and Society por seu trabalho como documentarista.

site oficial: http://www.pushthefilm.com/

trailer legendado: https://youtu.be/_j0SCmivOGg

 

Tomates, Molho e Wagner” (“When Tomatoes Met Wagner”, Grécia, 2019, 72 min) – Marianna Economou

O filme acompanha a história de dois primos gregos e de seu plano engenhoso: com a ajuda de cinco mulheres de um pequeno povoado rural, pretendem invadir o mercado mundial com seus tomates orgânicos para sobreviver à austeridade e revitalizar o comércio de seu pequeno vilarejo grego.

* inédito no Brasil

* indicado oficialmente pela Grécia ao Oscar de melhor filme estrangeiro

* vencedor do prêmio do público no Festival de Heartland

* exibido nos festivais Visions du Réel e Sarajevo

site oficial: https://www.facebook.com/whentomatoesmetwagner/

trailer legendado: https://youtu.be/daiuEmvMPZ8

 

1.4. EMERGÊNCIA CLIMÁTICA (4 longas)

A Era das Consequências” (“The Age of Consequences”, EUA, 2017, 81 min) – Jared P. Scott

Uma investigação sobre os impactos das mudanças climáticas em conflitos ao redor do mundo, pelas lentes da Segurança Nacional dos EUA. O filme revela como a escassez de água e alimentos, a seca, as condições climáticas extremas e a elevação do nível do mar funcionam como “catalisadores de conflitos”. Oficiais militares fazem análises para além das manchetes das crises de refugiados, da Primavera Árabe, dos conflitos na Síria e até mesmo do surgimento de grupos radicais como o Estado Islâmico, e revelam como os fenômenos decorrentes das mudanças climáticas interagem com as tensões sociais.

* o filme já foi indicado para o News & Documentary Emmy Awards e conquistou dois prêmios em 2017 no Waimea Ocean Film Festival

* o diretor assina “A Grande Muralha Verde”, exibido no Especial Semana do Meio Ambiente da Mostra Ecofalante. Ele já foi premiado em diversos festivais, entre eles o Sundance

site oficial: http://theageofconsequences.com/

trailer legendado: https://www.youtube.com/watch?v=L_MssN2AwOA

 

A Nova Era do Petróleo” (“Blowout, EUA, 2018, 80 min) - Zach Toombs

Jornalistas investigativos, cientistas e cidadãos traçam as conseqüências de um novo boom norte-americano de combustíveis fósseis. Desde os campos de petróleo do oeste do Texas até o tráfego de navios-tanque que rebentam o Canal do Panamá até uma revolução energética na Ásia, o filme mergulha nos impactos globais da energia norte-americana nos lucros, na saúde pública e nas mudanças climáticas.

* inédito do Brasil

* exibido no Environmental Film Festival in the Nation's Capital (Washington) e Wild and Scenic Film Festival e foi finalista no Scripps Howard Awards por Investigative Reporting * o diretor foi indicado ao Emmy Awards em 2016.

site oficial: https://www.newsy.com/series/blowout-inside-americas-energy-gamble/

trailer legendado: https://youtu.be/lRXwbSXlJDE

 

Breakpoint: Uma Outra História do Progresso” (“Breakpoint. A Counter-history of Progress”, França, 2018, 98 min) - Jean-Robert Viallet

Ainda está sendo debatido se a humanidade mudou irreversivelmente o planeta. Hoje, o progresso é nossa razão de ser, proporcionando-nos a promessa de uma melhor qualidade de vida. Mas atrás da história impressionante do progresso, esconde-se outra história. Uma história escrita pelos poderosos: lideranças políticas, industrialistas, químicos, lobistas e financiadores que, ao longo de dois séculos, modelaram o nosso modo de vida, até o surgimento de uma nova era que traz consigo as mudanças climáticas: o

antropoceno.

* inédito no Brasil

* vencedor do prêmio Special Mention Environment & Society no festival Cinemambiente

* exibido nos festivais Naturvision Film Festival e Greenpeace Film Festival

site oficial: n/a

trailer legendado: https://youtu.be/YXkwqKsS838

 

O Mês Mais Quente” (“The Hottest August”, EUA/Canadá, 2019, 95 min) - Brett Story

Com um aceno a “Crônica de Um Verão”, seminal documentário cinéma vérité de Jean Rouch e Edgar Morin, a diretora canadense Brett Story aponta sua lente observacional para a cidade de Nova York e seus arredores durante o mês de agosto de 2017. Moradores refletem sobre o futuro à luz do governo Trump e demonstrações de supremacistas brancos enquanto incêndios e furacões se abatem nas duas costas do país.

* inédito no Brasil

* selecionado para os festivais SXSW, CPH:DOX, Sheffield DocFest e Hot Docs

site oficial: https://www.thehottestaugust.com/

trailer legendado: https://youtu.be/9gx1VCaJkXo

 

1.5. POVOS E LUGARES (3 longas e 1 média)

A Baleia de Lorino” (“Wieloryb z Lorino”, Polônia, 2019, 59 min) - Maciej Cuske

Segundo o mito originário do povo chukchi, o ser humano nasceu da união da mãe primordial com uma baleia. Homem e baleia viveram felizes por muito tempo, até que um homem matou seu irmão baleia. A partir de então, a fome e o sofrimento prevalecem na terra. Para os chukchis, descendentes da mais antiga tribo siberiana, a caça anual de baleia é não só uma tradição, mas uma necessidade para sobreviver ao longo inverno numa das regiões mais inóspitas, na localidade de Lorino, próximo ao Estreito de Bering. Enquanto esperam pela captura da besta, compram sua comida a crédito no supermercado mal abastecido da aldeia. Um busto de Lênin olha do alto da praça da vila, em memória de uma época que também marcou profundamente a vida aqui, embora talvez de maneiras menos visíveis.

* inédito no Brasil

* exibido no IDFA-Amsterdã

site: http://www.polishdocs.pl/en/films/2089/

trailer legendado: https://youtu.be/6FTAGc1CgJ4

 

Exodus” (Irã, 2019, 77 min) – Bahman Kiarostami

Desde que o Irã abriu suas fronteiras para refugiados da Guerra Soviético-Afegã em 1979, tornou-se o lar de 2,5 milhões de afegãos, metade dos quais não estão documentados. Quando as sanções norte-americanas renovadas em 2018 causaram um colapso cambial no Irã, a população vulnerável de migrantes foi severamente afetada pela recessão. Agora, um grande número deles quer voltar para casa, mas para isso, precisam passar pelo Centro de Retorno, órgão responsável por processar os milhares de ilegais que saem do país regularmente. Sob o olhar humanista do diretor, testemunhamos as trocas entre os funcionários do centro e os afegãos - cada um de um lado do vidro.

* inédito no Brasil

* o diretor é filho do falecido cineasta Abbas Kiarostami

* vencedor do prêmio de excelência (New Asian Currents) no Festival de Yamagata

* exibido nos festivais Doc Leipzig, Hot Docs e Montreal International Documentary Festival

site oficial: n/a

trailer com legendas em inglês: https://www.youtube.com/watch?v=kADay3pzE1A

 

Ma'Ohi Nui” (Bélgica, 2018, 113 min) - Annick Ghijzelings

Por trinta anos, no final do século XX, o povo do Taiti sobreviveu a dezenas de testes nucleares do governo francês em sua costa. Desde que o país foi colonizado, em 1880, as explosões deixaram o povo taitiano vasculhando os restos de suas ilhas e cultura, em um esforço para manter vivos seus conhecimentos tradicionais. O filme oferece um vislumbre poético do Taiti contemporâneo e das lutas coloniais que seu povo ainda enfrenta, enquanto resistem para sustentar seu modo de vida.

* exibido nos festivais de Berlim, Cracóvia, Barents (Rússia) e Taïwan International Documentary

site oficial: https://annickghijzelings.wixsite.com/maohi-nui

trailer legendado: https://www.youtube.com/watch?v=voqMHlzrBN8

 

Memórias do Oriente” (“Eastern Memories”, Finlândia, 2018, 86 min) - Niklas Kullström e Marti Kaartinen

Um inesperado filme de viagem no Extremo Oriente da Mongólia e no Japão atuais. A história das viagens do linguista e diplomata finlandês G. J. Ramstedt ao velho mundo das crenças e tradições do final do século XIX, um mundo hoje substituído por ideologias e pela economia de mercado. Ele testemunhou os eventos dos últimos cem anos, e agora nos lembra de porque e como estamos aqui hoje. O filme entrelaça com perfeição o passado e o presente em uma jornada visualmente deslumbrante de exploração, aventura, amor e morte, conspirações e a queda das nações.

* vencedor do prêmio de melhor documentário internacional no Festival de Monterrey

* exibido nos festivais Doc Point Helsinki, CPH:DOX e DOK.fest Munich

site oficial: http://www.easternmemories.com/

trailer legendado: https://www.youtube.com/watch?v=k3CiNWYR7pw

 

1.6. TECNOLOGIA (4 longas)

Bebês do Futuro” (“Future Baby”, Áustria, 2016, 91 min) - Maria Arlamovsky

O que começou como uma tentativa de ajudar casais inférteis a terem filhos é hoje um lucrativo negócio de 'bebês industrializados'. As esperanças e desejos de futuros pais se misturam com pesquisas e uma tecnologia que aperfeiçoa embriões ao selecionar os genes mais desejáveis a dedo. O filme nos leva a pacientes, pesquisadores, doadores de óvulos, mães de aluguel, clínicas e laboratórios, e nos faz perguntar: quão longe queremos ir?

* vencedor de menção especial no Festival de Zurique

* exibido nos festivais Hot Docs e Dok Leipzig

site oficial: http://futurebaby.at/

trailer legendado: https://www.youtube.com/watch?v=Rq__WkFTH20

 

Jawline: Ascensão e Queda de Austyn Tester” (“Jawline”, EUA, 2019, 93 min) – Liza Mandelup

O filme segue a ascensão nas redes sociais de Austyn Tester, um adolescente de 16 anos de uma pequena cidade rural de Tennessee, EUA. Suas lives cheias de otimismo ingênuo são seguidas por mais de 20 mil garotas ensandecidas. A diretora premiada Liza Mandelup, que começou a carreira na fotografia e como caçadora de talentos, faz um retrato complexo do universo impiedoso e explorador das mídias sociais, expondo os bastidores desta tecnologia ainda relativamente nova.

* inédito no Brasil

* vencedor do prêmio “U.S. Documentary Special Jury Award for Emerging Filmmaker” no Festival de Sundance e de menção honrosa no Festival de Documentários de Sheffield

* exibido no festival IDFA-Amsterdã

* a diretora entrou na lista da revista Filmmaker Magazine como uma das “25 New Faces of Independent Film 2017”

site oficial: https://www.lizamandelup.com/Jawline-Feature-Film

trailer com legendas em inglês: https://www.youtube.com/watch?v=AoVA0-w6VtA

 

O Futuro do Trabalho e da Morte” (“The Future of Work and Death”, Reino Unido, 2016, 98 min) - Sean Blacknell e Wayne Walsh

O documentário explora os impactos que a tecnologia do futuro pode vir a ter sobre duas características intrínsecas à experiência humana: o trabalho e a morte. Com a automação avançada e a inteligência artificial, a utopia do fim do trabalho humano ou a distopia do desemprego generalizado podem não ser mais coisa de ficção científica. Cientistas, engenheiros e acadêmicos compartilham suas ideias sobre o futuro.

* exibido nos festivais Roterdã, Raindance e CPH:DOX.

site oficial: https://www.facebook.com/thefutureofworkanddeath/

trailer legendado: https://www.youtube.com/watch?v=gsuwZ8tTtwc

 

Olá, IA” (“Hi, AI”, Alemanha, 2019, 88 min) – Isa Willinger

Mistura ao mesmo tempo reveladora e lacônica de ficção científica e documentário, Olá, IA explora o universo eticamente complexo da inteligência artificial. Alternando entre um cientista americano solitário e uma família japonesa em busca de um companheiro para a avó, este drama futurista cheio de humor retrata pessoas em busca de conexão humana com os robôs que entraram em suas vidas.

* inédito no Brasil

* vencedor do prêmio de melhor documentário no Max Ophüls Preis

* exibido nos festivais CPH:DOX, DocsBarcelona, Montréal Festival of New Cinema, Seoul Eco Film Festival, IDFA-Amsterdã, Sheffield DocFest, Visions du Réel e Hot Docs

site oficial: https://www.hiai-film.de/en/trailer-hiai/

trailer legendado: https://youtu.be/-Xgti-JD458

 

1.7. TRABALHO (2 longas e 2 médias)

Botando pra Quebrar” (“ On va Tout Péter”, França, 2019, 109 min) – Lech Kowalski

“Uma mistura de Rock'n'roll e Blues é o segredo para uma rebelião bem-sucedida” diz o cineasta. Quando Lech Kowalski, conhecido por seus filmes sobre a era punk, levou sua câmera para a pequena cidade de La Souterraine, no interior da França, onde a fábrica GM&S ameaçava encerrar suas atividades para sempre, sentiu que algo de extraordinário estava por acontecer. E aconteceu. “A letra foi escrita por trabalhadores que não aguentavam mais! A melodia foi composta por pessoas sem medo de ir até contra as próprias regras da revolta! O volume era alto o bastante para atrair a mídia. O seu concerto operário se propagou por toda a França como um incêndio. Fiquei fora do quadro, câmera na mão, filmando como pescando peixe num barril”.

* inédito no Brasil

* exibido Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes, no IDFA-Amsterdã e Festival de Sevilla

site oficial: http://www.lechkowalski.com/fr/video/item/53/on-va-tout-peter

trailer legendado: https://youtu.be/kFaFVQi24to

 

Indústria Russa” (“The Russian Job”, República Tcheca, 2017, 64 min) - Petr Horky

A AvtoVAZ Car, antiga fábrica da Lada, não é só uma das maiores fábricas de automóveis do mundo; construída nos anos 70 na cidade russa de Tolyatti, às margens do rio Volga, chegou a representar o milagre da prosperidade soviética. Quase cinco décadas mais tarde, a fábrica perde bilhões de rublos todos os anos enquanto a produção vai decaindo. Quando Bo Andersson, gerente sueco especializado em salvar companhias em dificuldades é contratado, se depara com obstáculos muito maiores que simples má gestão.

* inédito no Brasil

* exibido no festival IDFA-Amsterdã

site oficial: http://therussianjob.krutart.cz/

trailer legendado: https://youtu.be/0ZRDEO6RdCo

 

Ladrões de Tempo” (“Time Thieves”, Espanha/França, 2018, 52 min) – Cosima Dannoritzer

Deixe a água, o petróleo e os metais raros de lado por um momento. Há um novo recurso cobiçado por todos: o (nosso) tempo. Desde nos deixar imprimir o próprio cartão de embarque e despachar a bagagem, a lucrar com nossas visualizações de páginas e cliques, este filme revela como companhias e redes sociais monetizam o nosso tempo sem o nosso conhecimento, fazendo dele o seu modelo de negócio, destruindo milhões de empregos e controlando nosso comportamento.

* inédito no Brasil

* vencedor do prêmio de melhor montagem no United Nations Association Film Festival

e de menção especial no Festival Cine Verde

* exibido nos festivais Reel Work Labor e DocsBarcelona

* a diretora assina também “A Tragédia do Lixo Eletrônico”, exibido na 5ª Mostra Ecofalante de Cinema, e “The Light Bulb Conspiracy”, vencedor de 12 prêmios internacionais

site oficial: http://www.timethievesfilm.com/

trailer legendado: https://youtu.be/2XNFPmIlJzk

 

Ouro da Morte” (“Dying for Gold”, África do Sul, 2019, 98 min) - Catherine Meyburgh e Richard Pakleppa

Quando governos coloniais descobriram ouro na África do Sul, coagiram centenas de milhares de nativos a trabalharem nas minas. Parte de um projeto de remoção dos povos autóctones de suas terras, a entrada quase forçada na mineração significou, para a maioria dos operários, o contato com condições subumanas de trabalho e a exposição ao pó de sílica, o que levou a uma das maiores epidemias de silicose e tuberculose no mundo. Depoimentos devastadores de mineiros e suas famílias são intercalados com materiais de arquivo chocantes que expõem mais de 120 anos desta história de opressão.

* inédito no Brasil

* vencedor do prêmio de melhor documentário no Rapid Lion Film Festival

* exibido no festival Hot Docs e no Festival de Johannesburg

site oficial: http://www.dyingforgold.com/

trailer legendado: https://youtu.be/30n2_L1trKk

 

2. COMPETIÇÃO LATINO-AMERICANA (25 filmes)

2.1 Competição de Longas-Metragens (8)

A Jangada de Welles” (Brasil, 2019, 75 min) - Firmino Holanda e Petrus Cariry

Em 1942, Orson Welles filmava no Brasil o documentário “It's All True” (“É Tudo Verdade”), sobre o carnaval carioca e os jangadeiros cearenses. O líder desses pescadores, Manuel "Jacaré”, morreria acidentalmente nas filmagens no Rio de Janeiro. Este fato evoca memórias do Estado Novo, da atribulada passagem de Welles pelo Brasil e da luta dos jangadeiros por direitos trabalhistas.

* exibido Festival de Havana e na Mostra Internacional de Cinema São Paulo

 

Acqua Movie” (Brasil, 2019, 105 min) - Lírio Ferreira

Numa fria manhã na cidade de São Paulo, Cícero, um menino de 12 anos, depara-se com seu pai morto no banheiro de casa, vitimado por um infarto fulminante. Sua mãe está na floresta amazônica realizando um documentário sobre causas indígenas. Esse é o ponto de partida deste filme de estrada onde mãe e filho tentam, em meio ao sol escaldante do semiárido nordestino, atravessado por canais de transposição das águas do Rio São Francisco, reinventar a narrativa do afeto.

* vencedor do prêmio de melhor ator coadjuvante (para Augusto Madeira) no Festival do Rio

* exibido na Mostra Internacional de Cinema São Paulo e Mostra de Tiradentes

 

Amazônia Sociedade Anônima” (Brasil, 2019, 72 min) - Estêvão Ciavatta

Diante do fracasso do governo brasileiro em proteger a Amazônia, índios e ribeirinhos, em uma união inédita liderada pelo Cacique Juarez Saw Munduruku, enfrentam máfias de roubo de terras e desmatamento ilegal para salvar a floresta.

* exibido no Festival do Rio, no FIGRA - Festival International du Grand Reportage d'Actualité et du Documentaire de Société

trailer: https://vimeo.com/371958889

 

Deus” (“Dios”, Chile, 2019, 63 min) - Christopher Murray, Josefina Buschmann e Israel Pimentel

Em um país no fim do mundo, chega a mais alta autoridade da Igreja Católica. O Papa vem trazer a palavra de Deus, mas o Chile o espera em meio à crise religiosa mais importante de sua história.

* inédito no Brasil

* vencedor do prêmio do Júri Jovem no festival Visions du Réel, prêmio do júri no Watchdocs e menção honrosa no Ñublecine

* exibido no festival Transcinema (Peru) e no Dok Leipzig

* o diretor Christopher Murray assina também “O Cristo Cego”, premiado em diversos festivais

site https://josefinabuschmann.com/DIOS

trailer: https://www.youtube.com/watch?v=b_OroTYs-iM

 

Estou me Guardando para Quando o Carnaval Chegar” (Brasil, 2019, 85 min) - Marcelo Gomes

A cidade de Toritama é um microcosmo do capitalismo implacável: a cada ano, mais de 20 milhões de jeans são produzidos em fábricas de fundo de quintal. Os moradores trabalham sem parar, orgulhosos de serem os donos do seu próprio tempo. Durante o Carnaval - o único momento de lazer do ano -, eles transgridem a lógica da acumulação de bens, vendem seus pertences sem arrependimentos e fogem para as praias em busca de uma felicidade efêmera.

* vencedor do prêmio da crítica e de menção honrosa no festival É Tudo Verdade

* exibido na mostra Panorama do Festival de Berlim Olhar de Cinema, Olhar de Cinema, IDFA-Amsterdã, Sheffield DocFest e Festival de Chicago

trailer: https://vimeo.com/313394503

 

Indianara” (Brasil, 2019, 92 min) - Aude Chevalier-Beaumel e Marcelo Barbosa

A revolucionária Indianara luta com seu bando pela sobrevivência das pessoas transgêneras no Brasil. No abrigo que ela fundou, nas ruas e nas manifestações, ela se empenha em colocar em prática seus ideais, inclusive em seu relacionamento com Maurício, seu marido. Perto dos seus cinquenta anos, frente aos ataques do seu partido político e sofrendo o avanço do totalitarismo, ela junta suas forças para um último ato de resistência.

* exibido no Festival de Cannes, onde concorreu à Palma Queer, prêmio dado a filmes de temática LGBT.

* vencedor de menção honrosa no festival Olhar de Cinema, prêmio da crítica no Festival Aruanda, melhor documentário no Festival Chéries-Chéris (Paris) e prêmio do público no Festival Brésil en Mouvement (Paris)

trailer: https://vimeo.com/342765887

 

Soldados da Borracha” (Brasil, 2019, 82 min) - Wolney Oliveira

A saga de cerca de 60 mil brasileiros, enviados para a região amazônica pelos governos do Brasil e dos Estados Unidos durante a segunda Guerra Mundial, em mirabolante plano para extrair látex, material estratégico imprescindível para a vitória dos Aliados. As promessas da volta a casa como heróis da pátria e de aposentadoria equivalente à dos militares, nunca se cumpriram. Hoje centenas deles, já com idade avançada e em situação de pobreza, esperam o dia do reconhecimento oficial.

* vencedor do prêmio ABD-SP no festival É Tudo Verdade

* exibido nos festivais Cine Ceará, Pachamama - Cinema de Fronteira, Festival de Brasília de Cinema Brasileiro e Festaruanda

trailer: https://vimeo.com/206145119

 

Suspensão” (“Suspensión”, Colômbia, 2019, 73 min) - Simón Uribe

Nas selvas do sul da Colômbia, há uma grande ponte de concreto abandonada. A ponte colide com a montanha, e é o fim de uma estrada que não leva a lugar algum. Esse trabalho de infraestrutura simboliza a obsessão de várias gerações de engenheiros, que tentaram transpor as imponentes montanhas ao pé da Amazônia. Depois de quase um século de tentativas, as promessas de uma estrada moderna se perderam, e a ponte se tornou cenário das situações mais absurdas. Trabalhadores, engenheiros e turistas passam pelo teatro ilusório da infraestrutura. Todos parecem perdidos no tempo, até que ocorre um incidente inesperado.

* exibido no IDFA-Amsterdã

trailer: https://vimeo.com/369725334

 

2.2 Competição de Médias e Curtas-Metragens (17)

C.I.T.A. (Cooperativa Industrial Têxtil Argentina)” (“C.I.T.A. (Cooperativa Industrial Textil Argentina)”, Argentina, 2019, 19 min) - Lucas Molina, Tadeo Suarez e Marcos Pretti

O filme relata a resistência e o espírito de luta de um grupo de trabalhadores que seguem funcionando de modo cooperativo, apesar das diferentes políticas neoliberais que atentam contra o crescimento da indústria nacional. A filmagem teve lugar em plena crise do governo macrista, e ninguém sabia que as imagens aqui recolhidas da produção industrial da cooperativa seriam as últimas.

* inédito no Brasil

* exibido nos Festival de Toulouse, Festival Internacional de Cine de Derechos Humanos (Buenos Aires) e

Festival Nacional de Cine y Video Documental Rosario

trailer: https://www.youtube.com/watch?v=T0otsTEpXW0

 

Caranguejo Rei” (Brasil, 2019, 23 min) - Enock Carvalho e Matheus Farias

Eduardo (Tavinho Teixeira) tem uma doença misteriosa em seu corpo. A aparição de caranguejos por toda a cidade do Recife pode ter algo a ver com isso.

* exibido nos festivais Olhar de Cinema, L’Étrange Film Festival, CineBH e Festival de Brasília do Cinema

Brasileiro

trailer: https://vimeo.com/323899224

 

Guaxuma” (Brasil, 2018, 14 min) - Nara Normande

“Eu e a Tayra crescemos juntas na praia de Guaxuma. A gente era inseparável. O sopro do mar me traz boas lembranças.”

* vencedor do prêmio de melhor curta-metragem documentário no Festival de Hamptons (EUA), grande prêmio do júri para curta-metragem de animação no festival SXSW, melhor curta-metragem de animação no AIFA Fest (EUA), melhor curta-metragem ibero-americano no Festival de Guadalajara, prêmio do público no IndieLisboa, melhor animação no Festival de Nova Orleans, melhor curta-metragem internacional no Festival de Palm Springs, melhor curta-metragem e no Festival de Gramado, prêmio do público e Prêmio ABCA na Mostra Internacional de Cinema São Paulo e prêmio Canal Brasil no festival Anima Mundi

* exibido no IDFA-Amsterdã e no Festival de Clermont-Ferrand

trailer: https://vimeo.com/274537503

 

Liberdade” (Brasil, 2018, 25 min) - Pedro Nishi e Vinícius Silva

Sow, Abou e Satsuki se encontram em um bairro de São Paulo chamado Liberdade. Uma história sobre imigração, assombrações e resistência.

* vencedor do prêmio ABD no Curta Kinoforum e do prêmio especial do júri no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

* exibido no Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul

trailer: https://vimeo.com/295431406

 

Mamapara” (Peru/Argentina/Bolívia, 2020, 17 min) - Alberto Flores Vilca

No altiplano peruano, Honorata Vilca, uma senhora analfabeta de ascendência quíchua, mora com seu cão e se dedica à venda de doces. Quando começa a estação das chuvas, ela relata passagens de sua vida, até que uma tarde, algo fatal acontece que parece fazer o próprio céu chorar.

* inédito no Brasil

* exibido nos festivais de Clermont-Ferrand, Toulouse, Muestra Cine + Video Indígena (Chile) e Transcinema (Peru)

trailer: https://vimeo.com/381332532

 

Mitos Indígenas em Travessia” (Brasil, 2019, 22 min) - Julia Vellutini e Wesley Rodrigues

Seis histórias indígenas dos tempos antigos das etnias Kuikuro (Aldeia Afukuri, Terra Índígena Parque do Xingu, Mato Grosso), Javaé (Aldeia São João, Terra Indígena Parque do Araguaia, Ilha do Bananal, Tocantins) e Kadiwéu (Aldeia São João, Terra Indígena Kadiwéu, Mato Grosso do Sul). Entre as histórias: A Ema, O Menino-Peixe, As Mulheres Sem Rosto, A Via Láctea, A Menina Cobra, e O Urubu-Rei.

* inédito em festivais

trailer: https://vimeo.com/371143252

 

Nova Iorque, Mais uma Cidade” (“New York, Petei Tetã ve Rive”, Brasil/EUA, 2019, 18 min) - André Lopes e Joana Brandão

Jovem liderança e realizadora audiovisual, Patrícia Ferreira vem sendo reconhecida pelos documentários que realiza com o seu povo, os Guarani Mbya. Ao ser chamada para debater seus trabalhos em um dos maiores festivais de cinema etnográficos do mundo, o Margaret Mead Film Festival, realizado no Museu Americano de História Natural, em Nova Iorque, Patrícia se depara com uma série de exposições, debates e atitudes que a fazem refletir sobre o mundo dos “juruá”, contrastando-o com os modos de existência guarani.

* inédito em festivais

trailer: https://www.youtube.com/watch?v=raMMGOBxmZY&t=3s

 

Nove Águas” (Brasil, 2019, 25 min) - Gabriel Martins e Quilombo dos Marques

Em 1930, Marcos e seu grupo de descendentes de escravizados saíram do Vale do Jequitinhonha rumo ao Vale do Mucuri. Fugindo da seca, da fome e da violência no campo, os quilombolas buscavam um novo território para construir sua comunidade. Dos tempos do desbravamento aos atuais, a história de luta por água e terra protagonizada pelos moradores do Quilombo Marques, no Vale do Mucuri, em Minas Gerais.

* o filme tem produção quilombola

* exibido no BOGOSHORTS - Festival de Curtas-Metragens de Bogotá, Curta Cinema, Curta Kinoforum, FestCurtasBH

 

O Delegado” (“Alguacer”, Colômbia, 2019, 26 min) - Samuel Moreno Alvarez

Fernando, um indígena Kamëntsá comum, foi eleito delegado. Ele deve superar seus próprios dilemas e decidir se realmente gosta do que faz, ou se quer voltar à sua antiga vida.

* inédito no Brasil

* exibido nos festivais de Vilnius, Visions du Réel, FIDBA - Festival de Documentários de Buenos Aires e BOGOSHORTS - Festival de Curtas-Metragens de Bogotá

 

O Fim da Eternidade” (“El Fin de La Eternidad”, Argentina/Peru, 2019, 10 min) – Pablo Radice

O filme reúne crônicas antigas que registram sonhos coletivos, por meio de testemunhos dos moradores mais antigos da comunidade indígena Ese Eja, evidenciando a solidão e o esquecimento.

* vencedor do prêmio de melhor curta-metragem no FIDBA – Festival de Documentários de Buenos Aires

* exibido nos festivais de Havana, DocsMX (México) e BOGOSHORTS - Festival de Curtas-Metragens de Bogotá

trailer: https://vimeo.com/278770392

 

O Fogo que Vimos” (“El Fuego Que Vimos”, Argentina, 2019, 12 min) - Pilar Condomí e Candelaria Gutierrez

Depois de ver uma foto em um jornal sobre uma série de incêndios florestais na Patagônia, duas jovens decidem, em um jogo aleatório, viajar para Bariloche. Elas vão procurar o fogo e, em vez disso, encontram os membros da brigada da S.P.L.I.F. (Serviço de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais). Enquanto estiveram com eles, não houve fogo. O único fogo que viram foi gerado especialmente para elas. Um ensaio que procura, através destes homens, fazer uma reflexão sobre a escala humana em relação à paisagem.

* inédito no Brasil

* exibido no Festival de Mar del Plata

trailer: https://vimeo.com/361434724

 

O Levante dos Andes - A Cidade-tampão que Se Reinventa Através da Arquitetura” (“Andes Uprising, a Buffer City Re-inventing Itself Through Architecture”, Alemanha/Bolívia, 2019, 14 min) - Bernardo Villagra Meruvia

El Alto, na Bolívia, está crescendo rapidamente - sem controle, mas não sem forma. Investigando a estética urbana, encontramos os Cholets: palácios em miniatura que servem como instalações residenciais e comerciais para ricas famílias indígenas Aymara. As construções coloridas e brilhantes se assemelham a naves espaciais perdidas nos terrenos baldios urbanos. O duplo movimento entre os comentários dos especialistas e a sinfonia da cidade revela as bases sociais dessa arquitetura eclética.

* inédito no Brasil

* exibido no festival Dok Leipzig

 

Por Trás da Cortina Verde” (Brasil, 2019, 29 min) - Caio Silva Ferraz e Paulo Plá

O documentário apresenta a dura realidade enfrentada pelas comunidades camponesas da região do Alto Vale do Jequitinhonha, no Nordeste de Minas Gerais, diante da degradação socioambiental provocada pela implantação da monocultura do eucalipto desde a década de 1970. Este é um pequeno recorte narrado por sujeitos do próprio lugar em sintonia com diversos estudos científicos realizados sobre o caso.

* inédito em festivais

trailer: https://youtu.be/-Td6Cs9OAYA

 

Resplendor” (Brasil, 2019, 52 min) - Claudia Nunes e Erico Rassi

A Comissão Nacional da Verdade, instalada em 2011 para apurar crimes cometidos durante a ditadura militar, trouxe a público um capítulo ainda muito obscuro da nossa história: a existência de um centro de detenção indígena, na cidade de Resplendor (MG), chamado Reformatório Krenak. Instalado primeiramente dentro do território da etnia Krenak, e posteriormente transferido para Carmésia, aprisionou e torturou não apenas indígenas Krenak, mas diversas outras etnias como os Pataxó, impondo restrições às suas práticas ancestrais sob implacável vigilância dos militares. O documentário mostra como funcionou este campo de concentração, e as conseqüências deste trauma coletivo para os povos indígenas afetados.

* vencedor de menção honrosa no festival Visões Periféricas

* exibido nos festivais de Havana, Ismailia (Egito); FICIP - Festival de Cine Político (Argentina), CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto e Cine Esquema Novo

trailer: https://vimeo.com/311100530

 

Ruivaldo, o Homem que Salvou a Terra” (Brasil, 2019, 45 min) - Jorge Bodanzky e João Farkas

No Brasil, no estado de Mato Grosso do Sul, na região do rio Taquari, o crescente e contínuo assoreamento dos rios levou ao transbordamento de águas e inundações de terras ao longo dos anos, causando mudanças significativas na vida de seus habitantes. Isso tornou impossível cultivar o solo e criar gado, um meio de subsistência para as famílias locais. Um membro dessas famílias, Ruivaldo Nery Andrade, nosso personagem guia, luta para salvar sua fazenda, construindo um sistema de diques manual para conter e alterar o curso das águas invasoras e, assim, retomar suas atividades e garantir a sobrevivência da terra. Com entrevistas locais e conduzido pelo fotógrafo João Farkas, que fotografa o Pantanal há seis anos, mostramos a riqueza da região e também como a trajetória de vida de Ruivaldo e de outros personagens foi afetada pela tragédia ambiental que ocorreu ali e a luta para reverter essa situação recorrendo à soluções engenhosas e criativas.

* o filme teve première mundial em Bruxelas, na Bélgica, em setembro de 2019, e sua estreia nacional em streaming aconteceu no Especial Semana do Meio Ambiente da Mostra Ecofalante, realizado em junho de 2020

* o programa Clássicos e Premiados da 9ª Mostra Ecofalante de Cinema exibe oito títulos de Jorge Bodanzky: “Iracema - Uma Transa Amazônica” (1974), “Os Mucker” (1978), “Jari” (1979), “O Terceiro Milênio (1981), “Navegaramazônia – Uma Viagem com Jorge Mautner” (2006), “No Meio do Rio, Entre as Árvores (2009), “Era Uma Vez Iracema” (2015) e “Pandemonium” (2010)

trailer: https://youtu.be/WFZQjkfa3QQ

 

Suquía” (Argentina, 2019, 13 min) - Ezequiel Salinas

Uma jornada pela memória do rio Suquía, um rio escuro, cheio de desespero e ressentimento pelo seu povo. Mas, como o Nilo, o Sena ou o Ganges, é um rio que tem muito a sussurrar sobre a cidade que viu crescer nas suas margens.

* inédito no Brasil

* exibido nos festivais de Mar del Plata, IDFA-Amsterdã e Transcinema (Peru)

 

Tuã Ingugu (Olhos d'Água)” (Brasil, 2019, 11 min) - Daniela Thomas

Na cosmogonia dos Kalapalo, etnia que vive no parque indígena do Xingú, a água é tão antiga quanto os humanos e é a fonte da vida. É dali que vem todo o sustento dos originários, seu alimento, sua bebida, seu banho, sua alegria. A ideia de usar a água como lixeira, de envenenar a água, é uma distopia. Em Tuã Ingugu (Olhos D’Água) o cacique Faremá - da aldeia Caramujo, nas margens do rio Kuluene - nos conta sobre o nascimento da água e nos adverte sobre os consequências de desrespeitá-la.

* exibido no Festival do Rio, Curta Cinema e Mostra Internacional de Cinema São Paulo

* a diretora já concorreu à Palma de Ouro no Festival de Cannes com o filme “Linha de Passe”

 

3. CONCURSO CURTA ECOFALANTE (24)

Ângelo” (Brasil, 2020, 28 min) - Mariana Machado

A partir de um olhar íntimo e familiar constrói-se este retrato multifacetado de Ângelo Machado, avô, cientista, professor, dramaturgo, escritor, ambientalista e zoólogo, estudioso de libélulas e borboletas.

* inédito em festivais

 

Beat é Protesto - O Funk pela Ótica Feminina” (Brasil, 2019, 23 min) - Mayara Efe

Onde estão e quem são as minas que compõem o movimento do funk? O funk sempre foi uma forma de protesto e ser mulher também é! O filme retrata a cena underground das mulheres no funk de protesto da última década de São Paulo. Os depoimentos vêm de mulheres transgênero e cisgênero que transitam em diferentes funções dentro desse universo como cantoras, DJs, beatmakers, produtoras, empresárias, MCs, dançarinas e também de drag queens. Com participação de Renata Prado, Juju ZL, Pabllo Vittar, Linn da Quebrada, Amanda Coelho, Kiara Felippe, Rubia Mara, MC Dezyrre, Meeduza, Urias, Badsista, Kaya Conky, Mc Keron, Mc Fatinossa e Mafalda.

* exibido nos festivais MixBrasil, In-Edit Brasil e Curta Brasília

trailer: https://www.youtube.com/watch?v=uF3oBZeR7UU

 

Cancha - Domingo é Dia de Jogo” (Brasil, 2020, 17 min) - Welyton Crestani

Há 20 anos, a Vila Verde (periferia industrial de Curitiba), encontrou no futebol de várzea o caminho para a autonomia da comunidade. Através da paixão de Carlinhos, vemos a trajetória do Campeonato de Futebol da Vila Verde.

* inédito em festivais

 

Cantos de Origem” (Brasil, 2019, 20 min) - Marcella Ferrari, Brenda Zacharias, Paulina Meza, Chico Sales e Gislene Nogueira

Qual é o lugar de fala das mulheres migrantes na antropofágica São Paulo? Quais os extremos desse território? Em Cantos de Origem , as vozes de três cantoras migrantes são entrelaçadas pela música e percorrem o coração econômico da América Latina resgatando suas suas origens enquanto projetam seu futuro sem fronteiras.

* exibido no Festival de Trancoso e no Filmworks Film Festival

trailer: https://youtu.be/Hal5tNFOho0

 

Cerrado de Volta: A Restauração na Chapada dos Veadeiros” (Brasil, 2019, 14 min) - Cleisyane Quintino

Na contramão do desmatamento, moradores da Chapada dos Veadeiros e pesquisadores se empenham na restauração de áreas degradadas por pastagens e incêndios. Todos os anos, eles se reúnem em Alto Paraíso para discutir pesquisas que ajudam a trazer o Cerrado de volta. Em 2019, acompanhamos o VII Encontro de Pesquisadores da Chapada dos Veadeiros realizado na cidade de Alto Paraíso (GO).

* inédito em festivais

 

Cidade De Quem Corre” (Brasil, 2019, 11 min) - Fernando Martins

Documentário sobre o cotidiano de entregadores de aplicativos que percorrem a cidade de São Paulo em bicicletas.

* inédito em festivais

 

Como Se Fossem Máquinas” (Brasil, 2018, 28 min) - João de Mari

Documentário que discute a escravidão contemporânea na construção civil - "Sabe-se que hoje não se encontra mais a figura do antigo escravo negro, acorrentado a uma bola de ferro. Porém, esse é o estereótipo que aparece no imaginário das pessoas" - e seu terrível impacto na vida dos trabalhadores.

* inédito em festivais

 

Contratempos” (Brasil, 2019, 8 min) - Matheus Santos

Quando Isaac rasga a calça a caminho de um importante teste de violino que poderá mudar seu futuro, seu pai Kleber conta os minutos para o teste procurando uma costureira com o filho.

* inédito em festivais

 

Cor de Pele” (Brasil, 2019, 4 min) - Larissa Barbosa

O filme e enuncia através de um poema, retratando questões que permeiam a vida de mulheres negras como o machismo e o racismo, mas também a ancestralidade e a força que essas mulheres encontram em sua união. Entendendo que essas narrativas apesar de distintas estão calcadas em uma mesma raiz.

* exibido no festival 3 Margens: Festival Latino-Americano de Cinema

 

Correntes” (Brasil, 2020, 15 min) - Charles dos Santos

Mãe, esposa e filha falam sobre a realidade de se conviver com a ausência de um ente querido encarcerado.

* inédito em festivais

 

De Canto Em Canto” (Brasil, 2019, 13 min) - Júlia Maria

Nascido no dia do músico, Francisco Alves é um reciclador que encanta as pessoas com sua linda voz enquanto busca o sustento da sua família através das coisas que encontra pelas ruas. Apesar da imensa dificuldade econômica, Francisco acredita que a música o ajuda a ser um homem melhor e mais feliz.

* exibido no Festival Internacional de Cinema Escolar de Alvorada/RS, Festival CineOrfão de Cinema Sem Pais e Festival de Cinema Filmaê

 

Desculpe Interromper o Silêncio de Sua Viagem” (Brasil, 2018, 12 min) – Maiara Astarte

Documentário que retrata o dia a dia dos vendedores ambulantes do Rio de Janeiro, eles contam sobre seus sonhos, anseios e a dura realidade que enfrentam todos os dias nos ônibus da cidade.

* o filme teve pré-estreia na Cinemateca do MAM (RJ)

 

Elemento Suspeito” (Brasil, 2019, 9 min) - Gustavo Paixão

Um retrato da relação de jovens negros da periferia com a atividade policial.

* exibido no Curta Taquary

 

Entre Mães” (Brasil, 2019, 25 min) - Nicoly Cruvinel

Através de entrevistas com 3 mães de origens e vivências diferentes, Entre Mães discute sobre os locais comuns presentes no universo da mulher e da mãe. Buscando questionar a existência de um amor materno incondicional, o documentário discursa acerca do papel da mulher na sociedade e cria um espaço de escuta e reflexão.

* exibido no festival Lift Off Global Network - First-Time Filmmaker Sessions

 

Estado de Neblina” (Brasil, 2019, 19 min) - Bruno Ramos

Numa quebrada em ruínas, um grupo de adolescentes vive à deriva até que um deles adentra na floresta assombrada para saber o que há adiante.

* exibido na Mostra de Tiradentes no Curta Kinoforum

 

Hoje Eu Não Fico no Vestiário” (Brasil, 2019, 12 min) - Nicole Lopes

Não é novidade que o esporte move paixões, especialmente quando se trata de futebol no Brasil. Mas, nem todas as formas de amor são permitidas dentro e fora de campo. Nesse cenário, o time poliesportivo curitibano, Capivara Esporte Clube, relata as suas experiências no combate a homofobia e na inclusão de homens e mulheres homossexuais no esporte tradicional.

* exibido no Curta Pinhais - FESTCINE

 

Hoje Sou Felicidade” (Brasil, 2019, 20 min) - João Luís e Tiago Aguiar

Aldir Felicidade, negro, cadeirante, periférico e intérprete de samba 14 vezes campeão do carnaval de desfile das escolas de samba de Recife, conta: se faz samba não é apesar das dificuldades, mas para as enfrentar.

* exibido no Festival de Taguatinga, FestCine – Festival de Curtas de Pernambuco e F.EST.A – Festival Estudantil de Audiovisual

 

Nem Puta Nem Santa” (Brasil, 2019, 7 min) - Alana Ferreira

A partir de seu lugar de fala, a diretora Alana Ferreira vive Bruna, uma travesti de 40 anos, do interior de Goiás. No dia de seu aniversário, percorremos com ela um caminho de desejo e coragem.

* exibido no Festival de Cinema Filmaê e 15º Festival Taguatinga de Cinema

 

O Garoto do Fim do Mundo” (Brasil, 2019, 20 min) - Antônio Victor e Lailson Brito

Quando seu pai, um caminhoneiro, sofre um acidente doméstico que o impede de trabalhar por alguns meses, Gean tem seu futuro colocado em questão: seguir os planos do pai e trabalhar como motorista ou seguir seu sonho de se tornar uma Drag Queen?

* exibido no Panorama Coisa de Cinema

 

O Verbo se Fez Carne” (Brasil, 2019, 6 min) - Ziel Karapotó

A invasão dos europeus em Abya Yala nos deixou cicatrizes. Ziel Karapotó utiliza seu corpo para denunciar cinco séculos de colonização e suas consequências aos povos originários.

* vencedor do prêmio de melhor filme pernambucano no RECIFEST – Festival de Cinema de Diversidade Sexual e de Gênero

* exibido na Mostra de Tiradentes, NOIA - Festival do Audiovisual Universitário, Curta Taquary e Festival Brasileiro de Cinema Universitário

 

Perpétuo” (Brasil, 2018, 24 min) - Lorran Dias

Nova Iguaçu, Baixada Fluminense, Rio de Janeiro: Silvia e Alex voltam a morar juntos. As ruínas do passado se atualizam no presente. Vida em movimento.

* exibido nos festivais de Roterdã, Santa Maria da Feira, Mostra de Tiradentes e FESTCURTASBH – Festival de Curtas-Metragens de Belo Horizonte

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=eTECYqM4tJM

 

Território: Nosso Corpo, Nosso Espírito” (Brasil, 2019, 27 min) - Clea Torres e João Paulo Fernandes

Atualmente, as mulheres indígenas estão mobilizadas e organizadas, assumindo a linha de frente nas reivindicações e demandas dos povos originários. Elas resistem em um cenário pessimista em relação às políticas para a garantia dos direitos e de permanência em seus territórios, buscando espaços, como o Acampamento Terra Livre (ATL), para denunciar as constantes violações. A fim de testemunhar essas posições políticas, o documentário evidencia diferentes mulheres indígenas, apresentando pautas que atravessam as diferenças dos grupos étnicos e conformam as singularidades das mulheres A’uwe Xavante.

* inédito em festivais

 

Vidas que Correm” (Brasil, 2019, 10 min) - Coletivo de Alunos

Documentário realizado por jovens estudantes do ensino médio de um colégio de Jundiaí (SP), o filme mostra que a degeneração do rio que corta a cidade tem um severo impacto na paisagem social e transtorna a vida dos moradores que habitam ao seu redor.

* inédito em festivais

 

Vivi Lobo e o Quarto Mágico” (Brasil, 2019, 13 min) - Isabelle Santos e Edu MZ Camargo

“Muito prazer! Meu nome é Vivi Lobo. Essa história é sobre as portas que devemos abrir ao longo da vida, enquanto humanos, enquanto meninas.”

* vencedor do prêmio de melhor trilha sonora no Cine PE - Festival do Audiovisual

* exibido na Mostra de Tiradentes

trailer: https://vimeo.com/312550177

 

5. CLÁSSICOS E PREMIADOS

Brasil S/A” (Brasil, 2014, 72 min) - Marcelo Pedroso

No Brasil dos últimos 500 anos, Edilson esteve cortando cana-de-açúcar. Um dia, as máquinas chegaram e ele deixou o corte para se engajar em sua primeira missão espacial. Um pequeno passo para ele, um salto enorme para o Brasil.

* vencedor do prêmio de melhor longa-metragem da competição latino-americana da Mostra Ecofalante de Cinema e dos prêmios de melhor direção, melhor roteiro e melhor som no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

trailer: https://www.youtube.com/watch?v=4kyVO80ya6c

 

Corumbiara” (Brasil, 2009, 117 min) - Vincent Carelli

Em 1985, o indigenista Marcelo Santos denuncia um massacre de índios na Gleba Corumbiara (RO) e Vincent Carelli filma o que resta das evidências. Bárbaro demais, o caso passa por fantasia e cai no esquecimento. Marcelo e sua equipe levam anos para encontrar os sobreviventes. Duas décadas depois, “Corumbiara” revela essa busca e a versão dos índios.

* vencedor dos prêmios de melhor filme brasileiro, melhor direção, melhor montagem e prêmio do público no

Festival de Gramado, melhor documentário no Festival Présence Autochtone - Muestra de Cine y Video Indígena de Montréal, Prêmio APCA de melhor documentário, prêmio do público no Festival Latino-Americano de São Paulo, Grande Prêmio Cora Coralina no FICA - Festival de Cinema e Vídeo Ambiental de Goiás e menção honrosa de filme brasileiro no festival É Tudo Verdade

trailer: https://www.youtube.com/watch?v=sWu-qzkI0Cs

 

Era Uma Vez Iracema” (Brasil, 2005, 45 min) - Jorge Bodanzky

Documentário feito para integrar o DVD do filme 'Iracema – Uma Transa Amazônica', de Jorge Bodanzky e Orlando Senna, um clássico do cinema brasileiro. O documentário discute a linguagem do filme 'Iracema' 30 anos depois de sua realização, reunindo entrevistas com os autores, atores, críticos e com os próprios cineastas.

 

Dedo na Ferida” (Brasil, 2017, 90’ min) - Silvio Tendler

O filme trata do fim do estado de bem-estar social e da interrupção dos sonhos de uma vida melhor para todos em um cenário onde a lógica homicida do capital financeiro inviabiliza qualquer alternativa de justiça social. Milhões de pessoas peregrinam em busca de melhores condições de vida enquanto a perversão do capital só aspira à concentração da riqueza em poucas mãos. Neste cenário de tensões sociais, artistas e intelectuais lutam para transformar o mundo, levantando temas como os fins dos direitos sociais, o desemprego, o mercado e o consumo. A arte se converte em ferramenta de mudança social provocando discussões que não interessam ao 1% mais rico.

* vencedor do prêmio de melhor longa-metragem da competição latino-americana da Mostra Ecofalante de Cinema e do prêmio do júri popular para documentário no Festival do Rio

trailer: https://www.youtube.com/watch?v=ri4kkw69Gk4

 

"Fronteira das Almas” (Brasil, 1988, 90 min) - Hermano Penna

Cassiano recebe um pedaço de floresta virgem num projeto de colonização oficial em Rondônia, mas não tem dinheiro para cultivá-lo. Juntamente com outras pessoas, resolve tomar conta do que lhe foi dado, mas enfrenta todos os tipos de problemas, como a malária e a densa mata virgem, quase impenetrável. Seu irmão Tião vive em uma comunidade de posseiros que ocupam terras devolutas no sul do Pará, enfrentando constantes ataques armados de um grileiro sanguinário. Num crescendo de tensão, as condições de sobrevivência se deterioram, imperando a seca e a miséria.

* no elenco do filme estão Antônio Leite, Suzana Gonçalves, Fernando Bezerra, Marcélia Cartaxo, Orlando Vieira e Joel Barcelos

* vencedor dos prêmios de melhor filme, direção, roteiro, montagem e dom no Rio Cine Festival, e de melhor atriz coadjuvante e prêmio especial do júri no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro,

 

Iracema - Uma Transa Amazônica” (Brasil, 1974, 90 min) - Jorge Bodanzky e Orlando Senna

Em 1970, um motorista de caminhão, sulista, em Belém do Pará, durante as festas do Círio de Nazaré, conhece Iracema, uma jovem índia prostituída. Dá-lhe uma carona, deixando-a num lugarejo no meio da estrada. A viagem, como todo o filme, serve como pretexto para que sejam mostrados problemas da região - desmatamento, más condições de trabalho e saúde, venda de camponeses em confronto com a fantasiosa propaganda institucional.

* no elenco do filme estão Edna de Cássia, Paulo César Pereio e Conceição Senna

* vencedor dos prêmios de melhor filme, atriz, atriz coadjuvante e montagem no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, Prix George Sadoul (França) e Adolf Grimme Preis (Alemanha)

 

Jari” (Brasil, 1979, 60 min) - Jorge Bodanzky e Wolf Gauer

Documentário filmado na própria área do Projeto Jari – enclave multinacional, localizado entre o Pará e o então Território Federal do Amapá, por ocasião da visita feita ao projeto pela Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a devastação da Amazônia. Jari é a maior ocupação de terras da Amazônia de que se tem notícia, e provavelmente do mundo, pertencente a um único proprietário, o milionário norte-americano Daniel Keith Ludwig.

* vencedor do prêmio especial do júri no Festival do Filme de TV de Curitiba

 

Mário” (Brasil, 1999, 86 min) - Hermano Penna

Mário, um jovem e bem-sucedido médico paulista, vive em São Paulo uma vida um tanta artificial com a ambiciosa Lúcia. Desiludido com os rumos mercantilistas da profissão, o sufocamento da vida urbana e desencantado com o casamento, Mário se impõe uma encruzilhada. Olha em um mapa uma localidade perdida na fronteira do Mato Grosso com o Pará, e decide largar tudo e colocar literalmente o pé na estrada, até chegar a uma Amazônia cheia de conflitos.

* no elenco do filme estão Jairo Matos, Vera Zimmermann, Anselmo Moreno, Manfredo Bahia, Antônio Leite e Henrique Lisboa

 

Martírio” (Brasil, 2016, 162 min) - Vincent Carelli, Ernesto de Carvalho e Tatiana “Tita” Almeida

O retorno ao princípio da grande marcha de retomada dos territórios sagrados Guarani Kaiowá por meio das filmagens de Vincent Carelli, que registrou o nascedouro do movimento na década de 1980. Vinte anos mais tarde, tomado pelos relatos de sucessivos massacres, Carelli busca as origens deste genocídio, um conflito de forças desproporcionais: a insurgência pacífica e obstinada dos despossuídos Guarani Kaiowá frente ao poderoso aparato do agronegócio.

* vencedor do prêmio do júri popular e do prêmio especial do júri no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, prêmio do público para documentário brasileiro e prêmio Spcine de melhor documentário na Mostra Internacional de Cinema São Paulo, melhor filme no festival Janela Internacional de Cinema do Recife, melhor longa-metragem latino-americano no Festival de Mar Del Plata, melhor filme e Prêmio Universidade Federal do Acre no Festival Pachamama – Cinema de Fronteira, melhor longa-metragem no FestCine Amazônia e prêmio especial do júri no Festival do Vale do Ivinhema (Mato Grosso do Sul)

trailer: https://www.youtube.com/watch?v=5zVzRAiDR78

 

Não Respire - Contém Amianto” (Brasil, 2017, 70 min) - André Campos, Carlos Juliano Barros e Caue Angeli

Banido em quase 70 países por seu devastador poder cancerígeno, o amianto ainda não foi proibido no Brasil. O filme investiga como a indústria do amianto tenta vender a imagem do minério como algo “não tão ruim”.

* vencedor do prêmio do público de melhor longa-metragem da competição latino-americana da Mostra Ecofalante de Cinema

site oficial: https://reporterbrasil.org.br/naorespire/

trailer: https://www.youtube.com/watch?v=2SL2uU5oWf4

 

Navegaramazônia – Uma Viagem com Jorge Mautner” (Brasil, 2006, 50 min) – Jorge Bodanzky e Evaldo Mocarzel

Em março de 2006, a equipe do projeto Navegar Amazônia saiu do Canal de Jandiá, em Macapá, rumo a Belém. A bordo de um barco regional, adaptado com um moderno laboratório multimídia, estavam a equipe do projeto e trinta pessoas. Entre os convidados, os músicos Jorge Mautner, Nelson Jacobina e Zé Miguel (de Macapá) e os cineastas Evaldo Mocarzel e Jorge Bodanzky. O objetivo era oferecer, ao longo de todo o percurso, que envolveu as cidades de Belém, Abaetetuba e Tauerá-açu, oficinas de música, cinema, fotografia, vídeo e arte às populações ribeirinhas visitadas. Em Belém, as atividades iniciaram-se com rituais indígenas de pajelança com Mestre Verequete, o rei do carimbó, além dos três músicos a bordo. O documentário registra a interação entre os convidados e as populações locais.

* vencedor do prêmio do público de melhor documentário no Amazonas Film Festival

 

No Meio do Rio, Entre as Árvores” (Brasil, 2009, 73 min) - Jorge Bodanzky

No meio do rio, entre as árvores é o resultado de uma expedição ao Alto Solimões, onde foram ministradas oficinas de vídeo, circo e fotografia às comunidades ribeirinhas, dentro de reservas ambientais. O filme é feito por eles, a partir da tecnologia recém aprendida e com a visão “de dentro para fora”, sem intérpretes. Do coração da Amazônia para o mundo, ficamos sabendo como é o cotidiano dessas pessoas que habitam rincões remotos do Brasil. Ficamos sabendo o que pensam, quais os seus sonhos e como resolvem os problemas que enfrentam por viverem no meio do rio, entre as árvores.

* exibido no festival É Tudo Verdade e em eventos nos Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra, Argentina e França

 

No Rio das Amazonas” (Brasil, 1995, 76 min) - Ricardo Dias

Uma viagem na Amazônia, de Belém a Manaus. O filme tem a participação do naturalista Paulo Vanzolini e trata particularmente da ecologia da região, com ênfase no modo de vida das populações ribeirinhas do baixo Amazonas.

* vencedor dos prêmios de m elhor direção de documentário e melhor som no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, melhor filme e melhor música no Festival de Cuiabá, melhor música no Festival de Gramado e Prêmio APCA de melhor filme e de melhor fotografia

trailer: https://www.youtube.com/watch?v=yDZzIugO86c

 

O Cineasta da Selva” (Brasil, 1997, 87 min) - Aurélio Michiles

A vida de Silvino Santos (1886-1970), português que se apaixonou pelo Rio Amazonas. Aos treze anos, Silvino cruza o Atlântico na passagem do século em busca daquela Amazônia fantástica imaginada pelos europeus. Em 1913, realiza seu primeiro documentário de longa-metragem. Ele viveria sua aventura contracenando com grandes personalidades, testemunhando acontecimentos marcantes, do fausto à queda do monopólio da borracha. Filmando essa Amazônia do início do século, ele se torna um mito da selva e um dos pioneiros do cinema no Brasil.

* no elenco do filme estão José de Abreu e Denise Fraga

* vencedor dos prêmios de melhor diretor estreante, Prêmio da Unesco e Prêmio Marcos Antônio Guimarães do Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, m elhor documentário no Festival Viana de Castela e no CineEco – Festival de Cinema Ambiental da Serra da Estrela (ambos em Portugal)

trailer: https://www.youtube.com/watch?v=32h6jqq9DMk

 

O Terceiro Milênio” (Brasil, 1981, 95 min) - Jorge Bodanzky e Wolf Gauer

Agosto de 1980. Evandro Carreira, senador, sai de seu diretório em Manaus para percorrer suas bases eleitorais pelo Estado do Amazonas. Depoimentos de caboclos, de madeireiros, do sertanista Paulo Lucena, de índios brasileiros e peruanos, de um representante da Funai são colhidos desde a cidade de Benjamin Constant até o vilarejo de Cavalo Cocho. Uma visita à aldeia indígena dos Ticunas e às terras do povo Maiuruna culmina com o depoimento e a ação de José Francisco da Cruz, representante da cruz da Santa Ordem Cruzada Apostólica Evangélica. No trajeto, revela-se a potencialidade econômica do Amazonas e seus desvios: a corrupção na política indigenista e a presença de fábricas poluidoras.

* vencedor do Grand Prix no festival Visions du Réel

 

Os Mucker” (Brasil, 1978, 105 min) - Jorge Bodanzky e Wolf Gauer

Na década de 1870, a região de Sapiranga no Rio Grande do Sul testemunha a chegada de um novo conceito de formação de comunidades: os Mucker, imigrantes germânicos instalados na região decidem criar uma sociedade própria, inspirada em conceitos bíblicos, auto-suficiente e isolada do resto da sociedade brasileira, em geral. Comandada por Jacobina Mentz, uma beata, esse novo agrupamento, no entanto, encontrará resistência por parte de seus vizinhos e das forças militares brasileiras.

* no elenco do filme estão Marlise Saueressig, Paulo César Pereio e José Lewgoy

* vencedor dos prêmios de melhor direção, atriz e cenografia no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e do Prêmio Air France de melhor filme e melhor direção

 

Pandemonium” (Brasil, 2010, 52 min) - Jorge Bodanzky

Neste ensaio fílmico de média-metragem, Jorge Bodanzky investiga o impacto das mudanças climáticas e os novos desafios na área energética. Dois dos maiores especialistas brasileiros, o físico Rogério Cézar de Cerqueira Leite e o meteorologista Carlos Nobre, apresentam três diagnósticos e propostas que lançam luzes sobre questões cruciais para o desenvolvimento humano no século 21.

 

Sob a Pata do Boi” (Brasil, 2018, 49 min) - Márcio Isensee e Sá

A Amazônia tem hoje 85 milhões de cabeças de gado, três para cada habitante da região. Na década de 1970, quase não havia bois e a floresta estava intacta. Desde então, uma porção equivalente ao tamanho da França desapareceu, da qual 66% virou pastagem. A mudança foi incentivada pelo governo, que motivou a chegada de milhares de fazendeiros de outras partes do país. A pecuária tornou-se bandeira econômica e cultural da Amazônia, forjando poderosos políticos a defendê-la. Em 2009, o jogo começou a virar quando o Ministério Público obrigou os grandes frigoríficos a monitorarem o desmatamento nas fazendas de onde compram gado.

* vencedor de menção honrosa para curta e média-metragem da competição latino-americana da Mostra Ecofalante de Cinema

site oficial: http://sobapatadoboi.com/

trailer: https://www.youtube.com/watch?v=fMwfsILKW70

 

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