15a CineOP - Mostra de Cinema de Ouro Preto
3 a 7 de setembro de 2020
Para
muitos críticos de cinema, a CineOP - Mostra de Cinema de Ouro Preto é uma das
mais charmosas e democráticas do Brasil. Para quem nunca pode viajar até à
belíssima Ouro Preto, para assistir à prestigiada Mostra, agora terá a rara
oportunidade de acompanhá-la no conforto do seu lar (bem protegido do
Covid.19)..., já que ela chega online e grátis, trazendo
uma programação ampla e imperdível. Confira abaixo, detalhadamente, o que
esperar desta 15ª CineOP, que revisita os 70 anos da televisão no Brasil,
celebra o trabalho da TV TUDO, destaca o filósofo Ailton Krenak e discute
Educação Audiovisual na Pandemia. Links em todos os destaques.
Cinema de Todas as
Telas
Realizada em ambiente digital, entre os dias 3 e 7 de setembro de
2020, o único festival de cinema brasileiro dedicado à preservação e ao
patrimônio audiovisual se reinventa, para continuar refletindo o papel das
produções em seus vários formatos e plataformas. Entre exibição de filmes e debates, masterclasses internacionais, shows musicais e fóruns de discussão, a 15ª CineOP discute a temática Cinema de Todas as
Telas.
Pioneira desde sua criação (2006) a
enfocar a preservação audiovisual, memória, história e a tratar o cinema como
patrimônio, a CineOP -
Mostra de Cinema de Ouro Preto chega à sua 15ª edição,
de 3 a 7 de setembro de 2020, em formato online, com o mesmo
propósito de ser um instrumento de reflexão e luta pela salvaguarda do rico e
vasto patrimônio audiovisual brasileiro em diálogo
com a educação e em intercâmbio com o mundo.
Mesmo nesse novo formato, a Universo
Produção preparou todas as atividades do evento mantendo as mesmas
características de uma edição presencial. Assim, tanto o público já habituado
com a CineOP quanto aqueles que nunca puderam ir
à mostra poderão desfrutar de uma vasta grade de programação
gratuita,
compartilhada pelas redes com o espírito de engajamento das outras 14 edições.
O único festival de cinema brasileiro dedicado a discutir o eixo preservação, história e educação se reinventa para
continuar forte como sempre. As atividades da 15ª CineOP acontecem em cinco dias de evento,
podendo ser acessadas no site www.cineop.com.br e acompanhadas nas redes sociais da
Universo Produção.
A
programação do evento é estruturada em três eixos principais: Preservação, História e Educação O tema central desta edição é Cinema
de Todas as Telas e propõe refletir o
momento atual mundial, em que a revolução da tecnologia da informação, a
transformação dos hábitos culturais, a multiplicação de canais, plataformas,
redes e serviços interativos dão o tom da complexidade dos desafios do mundo
contemporâneo e globalizado. A coordenadora geral do evento, Raquel Hallak
acrescenta "Mais do que nunca precisamos estar atentos e imbuídos do
propósito de salvar as nossas imagens e reconhecer a sua importância como
matéria-prima de cidadania.”
Na programação serão exibidos 101 filmes (13 longas, 11 médias e 76 curtas),
distribuídos nas mostras: Contemporânea,
Preservação, Histórica, Educação,
Mostrinha, Mostra Valores e Cine-Escola e estarão disponíveis
de 4 a 7 de setembro, no site cineop.com.br. Além de filmes, o evento
promove o tradicional Encontro Nacional de Arquivos e Acervos Audiovisuais
Brasileiros, o Encontro da Educação: XII Fórum da Rede Kino, diálogos
audiovisuais e rodas de conversa com
a participação de 75 profissionais no centro de 24 debates. Serão
oferecidas também quatro oficinas, quatro masterclasses
internacionais, exposição e lives shows. Toda a
programação é gratuita.
A abertura da 15a
CineOP será na noite de 3 de setembro (quinta-feira), às 20
horas. O debate inaugural reúne os convidados Ailton Krenak (liderança indígena, escritor e filósofo, destaque da
Temática Educação) e Tadeu Jungle
(cineasta, artista e poeta) para refletir sobre temática central do evento, Cinema
de Todas as Telas, no ano em que a TV Brasileira faz 70 anos. E também a
multiplicação das telas, as grandes companhias de streaming e os
desafios de garantir espaço efetivo e produtivo para o audiovisual brasileiro.
O título exibido no dia de abertura
será o documentário experimental Avesso,
Festa, Baile (1983), direção de Tadeu
Jungle e produção da Tvdo,
produtora destaque deste ano na Temática Histórica. O média-metragem trata do
programa musical Festa Baile, produzido pela TV Cultura de São
Paulo com apresentação de Agnaldo Rayol e Branca Ribeiro.
A efeméride da TV no Brasil também
vai ser abordada em outras mesas da Mostra, como TV, Rádio e Vídeo na
Educação, promovida na Temática Educação com a presença de Marília
Franco (professora), Marcus Tavares (gerente de formação – TV
ESCOLA) e Renata Tupinambá (Rádio Yandê), sob mediação de Esther
Hamburger (professora e pesquisadora - USP). Este encontro propõe uma
reflexão sobre o papel do acesso público à comunicação como direito fundamental
e sua implementação como prática pedagógica relevante para a garantia da
cidadania e democratização da sociedade.
SELEÇÃO DE FILMES
Mostra Histórica
Mostra Contemporânea
Mostra Preservação
Todas as três temáticas têm uma programação de filmes. Entre os
títulos na Mostra Histórica,
com curadoria de Francis Vogner dos Reis, o público poderá assistir a trabalhos
fundamentais de memória na produção audiovisual, entre eles Os Arara (Andrea Tonacci, 1980)
e Wilsinho Galileia (João
Batista de Andrade, 1978) e os médias A
Luta do Povo (Renato Tapajós, 1980) e Olho de Gato Perdido (Vitor Graize, 2009).
Da mesma curadoria, há os títulos da Mostra Contemporânea,
com filmes em pré-estreias que também dialogam com a temática deste ano na
CineOP, como o documentário Cadê
Edson?, de Dácia Ibiapina, que trata da maneira como a mídia noticiou
uma ação popular no Distrito Federal, e O
Filme da Minha Vida, de
Alvarina Souza Silva, em que a diretora mescla sua história pessoal com a atual
situação de crise pela qual passa a produção brasileira de cinema. Outros
títulos se relacionam com o imaginário do país pela sua cultura e pela
sociedade através de recortes sob olhares do presente, como Banquete Coutinho, de Josafá Veloso, sobre o cineasta
Eduardo Coutinho; Seres, Coisas,
Lugares, de Suzana Macedo,
que parte da literatura de Guimarães Rosa para encontrar suas inspirações; e Helen, de André Meirelles Collazzo, no qual uma garota de 9 anos,
moradora num cortiço, é acompanhada pela câmera em seu cotidiano.
A Mostra Contemporânea
vai exibir, também em pré-estreia, o documentário José Aparecido de Oliveira - O maior mineiro do mundo, direção
Mário Lúcio Brandão e Gustavo Brandão e a produção baiana Dorivando Savará, O Preto que Virou Mar, de Henrique Dantas e o
média-metragem Os olhos na mata e o
gosto na água, direção de Luciana Mazeto e Vinicius
Lopes.
O público poderá conferir ainda uma seleção de curtas-metragens
feita pela crítica e pesquisadora Camila Vieira. Entre os títulos estão Acabaram-se os Otários, de Rafael Luna Freire e Reinaldo
Cardenuto; Extratos, de Sinai Sganzerla; A Viagem do seu Arlindo, de Sheila Atoé, e Dona Cila, não me Espere para o Jantar, de Carlos Segundo. Apesar de a
mostra ser realizada em ambiente virtual, as sessões estarão denominadas como
originalmente seriam, inclusive para delimitar o perfil dos filmes. Assim,
haverá a Sessão Cine Praça, com filmes de diálogo aberto com o público,
e os da Sessão Cine Vila Rica, que apresentam propostas mais autorais e
de pesquisa.
Pela Mostra
Preservação, um dos destaques é a sessão do clássico Pixote - A Lei do Mais Fraco (Hector
Babenco, 1981), que contará também com o estudo de caso de sua restauração.
Outras duas sessões foram programadas pela curadoria da temática Preservação, o
documentário Fotografação, de Lauro Escorel e a Sessão ABPA,
que reúne cinco filmes, sendo quatro produções cariosas e uma do Rio Grande do
Sul.
SELEÇÃO DE FILMES
Mostra educação
Projetos Audiovisuais Educativos
A Mostra Educação também tem uma
programação de filmes com curadoria de Adriana Fresquet e Clarisse Alvarenga.
Uma seleção de 37 curtas produzidos em contexto educacional - por
estudantes, professores, professoras ou cineastas, vinculados a
escolas/instituições públicas de educação básica e de ensino não-formal serão
exibidos em duas sessões, seguidas de debate que conta com a participação de profissionais da educação e do
cinema.
Nesta edição, estas
produções se organizaram em torno da pergunta: Como Viver Entre Telas e Janelas? Levando em consideração os seis
temas com os quais as respostas a essa pergunta devem se relacionar: Delicadeza
// Cuidado // Conexões // Memórias // Cura // Sonhos. A proposta foi estimular a filmar pequenas
histórias ou fazer ensaios experimentais ou simplesmente registrar um momento
específico da vida em casa, na cidade, na aldeia ou comunidade quilombola,
desde que respeitando o momento de isolamento social.
Outro recorte, um dos destaques de 2020, são os filmes do projeto Nehemongueta Kunhã Mbaraete.
Trata-se de uma troca de vídeo-cartas entre Graciela Guarani, Patrícia Ferreira
Pará Yxapy, Michele Kaiowá e Sophia Pinheiro, três mulheres indígenas e uma não
indígena, sob diferentes perspectivas do isolamento social. O trabalho resultou
no conjunto de filmes que estará na 15ª CineOP e que reflete as vidas nas aldeias e
como mulheres, mães, educadoras e cineastas têm sido atravessadas pelas
questões de saúde, cuidado e cura durante a pandemia. As cineastas e educadoras
participam também do debate “Mídias nas Aldeias”.
Uma
seleção de 12 projetos audiovisuais educativos será apresentada em três
sessões como parte integrante da programação do Encontro da Educação: XII
Fórum da Rede Kino com proposta de destacar ações que buscam algum tipo de
reflexão junto a produção e circulação de conteúdos para mídias digitais,
cinema e televisão, pautados por processos de produção audiovisual escolar - de
qualquer país latino-americano.
Debates, Diálogos
e Rodas de Conversa
Parte fundamental da programação da CineOP é a realização do Encontro Nacional de Arquivos e o Encontro da Educação: XII Fórum da Rede
Kino, que, nesta edição vai reunir 75
profissionais no centro de 24 debates. Participam profissionais do
audiovisual e da educação, cineastas, produtores, preservacionistas, técnicos,
pesquisadores, acadêmicos com a proposta de refletir temas que dialogam com o
recorte curatorial de cada temática e rodas de conversa com a participação de
realizadores, criando uma extensão fundamental de reflexão para além da
exibição de filmes.
MASTERCLASSES
Presenças Internacionais
A CineOP contará com cinco presenças internacionais de quatro países que
vão apresentar masterclasses e participar de debates sobre as
temáticas do evento. São eles: Carlos Skliar (investigador principal do
Instituto de Investigaciones Sociales de América Latina, Argentina), Christophe
Dupin (administrador sênior da Federação Internacional de Arquivos de
Filmes - FIAF, Bélgica), Tiago Baptista (diretor do Arquivo Nacional das
Imagens em Movimento, Centro de Conservação da Cinemateca Portuguesa e Museu do
Cinema, Portugal), Paula Félix Didier (diretora do Museo del Cine Pablo
Ducros Hicken, Argentina) e Inés Dussel (pesquisadora e professora do
Departamento de Investigaciones Educativas DIE-CINVESTAV, México).
OFICINAS
Para esta edição, a CineOP promove quatro
oficinas com
oferta de 140 vagas preenchidas por
ordem de inscrição. As aulas serão online as opções de atividades são: “Como
educar as crianças no mundo das telas?”, com Igor Amin (educador
audiovisual, artista transmídia e diretor); “Realização Audiovisual para
Web”, com Sérgio Rossini (cineasta, documentarista, diretor de produção e
de séries de TV); “A Criação de Mundos em Roteiros Audiovisuais para
Multiplataforma”, com Gustavo Padovani (roteirista, consultor e professor
universitário); e “Planejamento de Produção de Séries”, com Mariana
Brasil (produtora e consultora).
SESSÃO CINE-ESCOLA
As sessões Cine-Escola são
pensadas para faixas etárias específicas e com temáticas que buscam refletir o
cinema como ferramenta pedagógica. Mesmo a CineOP
realizada remotamente, a proposta é manter a proximidade com os estudantes das
várias idades atendidos pela Universo Produção: eles são parte essencial da
preocupação do evento em formar novos olhares e novos espectadores para o
cinema brasileiro. Entre os filmes exibidos em 2020, estão vários
curtas-metragens que se relacionam às ideias das temáticas e à busca por
reflexões sobre a importância do audiovisual no processo de educação.
ARTE - SESC CINE LIVE SHOWS
Em 2020, a CineOP
renova a parceria cultural com o Sesc em Minas numa programação
artística que inclui exposição online que celebra os 15 anos da CineOP, rodas de conversa com os realizadores e cinco lives
shows que vão reunir no palco do Sesc Cine Live Show apresentações de
bandas e artistas de destaque da cena mineira.
Na noite de abertura, o show é do Túlio Mourão e Titane com participação especial de Maurício Tizumba e acontece no contexto
da comemoração dos 35 anos da Rede Minas. De 4 a7 de setembro, o público poderá
curtir as apresentações de Graveola,
Lamparina e a Primavera, o Bloco Pacato Cidadão e, no encerramento do
evento, será a vez de Lô Borges com
participação especial de Telo Borges.
"Nesta versão online da Mostra, o Sesc Cine Live Show
será também o palco da continuidade do diálogo entre os músicos locais e
artistas de outros lugares, reforçando a importância do intercâmbio e da
circulação do trabalho desses profissionais. Na virtualidade, ainda perseguimos
este encontro, apostando na arena ampliada das redes mundiais de informação.
Trazer os artistas para levá-los para as casas desses vizinhos e daqueles
estranhos. Sem deixar de ser Ouro Preto, a Mostra o será em qualquer lugar. As
molduras das janelas históricas se abrindo nas telas dos aplicativos aqui e lá",
destaca Janaína Cunha, gerente de Cultura do Sesc em Minas.
As lives shows são gratuitas e poderão ser acompanhadas de
onde você estiver pelo site do evento www.cineop.com.br e pelo canal do Youtube
do Sesc em Minas.
Como o formato do evento é
digital, uma boa sugestão é seguir a Universo Produção/CineOP nas redes
sociais, para ficar por dentro de tudo o que vai acontecer nos bastidores da
CineOP, acompanhar a evolução e notícias do evento, receber conteúdos
exclusivos sobre a 15ª edição da CineOP.
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