Como
Treinar O Seu Dragão 3
por Joba Tridente
Dizem que tudo que é bom dura pouco, mesmo que leve
uns nove longos anos para acabar. Há coisas que terminam sem deixar a mínima
saudade. E outras que talvez jamais sejam esquecidas..., como a maravilhosa trilogia
cinematográfica animada Como Treinar o
Seu Dragão, que ganhou o coração de milhões de espectadores em 2010,
reservou ali o melhor espaço em 2014,
para deixar a todos, saudosos mas satisfeitos, agora em
2019, com o fascinante desfecho (talvez em definitivo) da amada saga viking.
Como Treinar O
Seu Dragão 3 (How To Train Your
Dragon: The Hidden World, 2019), novamente roteirizado e dirigido com
maestria por Dean DeBlois, chega
para iluminar os céus e mares da imaginação de qualquer cinéfilo que (entre
tanto assunto de cinema) não abre mão de uma fantasia muito bem contada.
Neste epílogo, a trama inspirada na obra de Cressida Cowell, traz o jovem adulto Soluço (que conhecemos garoto na primeira aventura e que agora é o visionário chefe dos vikings da Ilha de Berk) às voltas com duas questões: a superlotação de humanos e dragões na aldeia e a ameaçadora presença de Grimmel, um implacável caçador de dragões que, por não acreditar na convivência pacífica entre os humanos e dragões, quer exterminar estes míticos seres alados. Enquanto procura uma saída para a crise populacional e de sobrevivência das espécies, que pode estar relacionada a uma antiga lenda viking sobre um “mundo oculto” (do título original), ele descobre que o seu dragão Fúria da Noite (o adorável Banguela) está interessado em uma rara e majestosa Fúria da Luz...
Neste epílogo, a trama inspirada na obra de Cressida Cowell, traz o jovem adulto Soluço (que conhecemos garoto na primeira aventura e que agora é o visionário chefe dos vikings da Ilha de Berk) às voltas com duas questões: a superlotação de humanos e dragões na aldeia e a ameaçadora presença de Grimmel, um implacável caçador de dragões que, por não acreditar na convivência pacífica entre os humanos e dragões, quer exterminar estes míticos seres alados. Enquanto procura uma saída para a crise populacional e de sobrevivência das espécies, que pode estar relacionada a uma antiga lenda viking sobre um “mundo oculto” (do título original), ele descobre que o seu dragão Fúria da Noite (o adorável Banguela) está interessado em uma rara e majestosa Fúria da Luz...
Mais uma vez quis saber absolutamente nada a respeito
deste último e espetacular capítulo. Nem trailer eu vi (e aconselho o mesmo a
você)..., me dando o direito de me surpreender, me divertir e me emocionar com a equilibrada
carga de ação, aventura e deliciosa pitada dupla de romance da trama juvenil (já
que Soluço e Astrid, embora não admitam, estão mais comprometidos que nunca) no
decorrer da narrativa. Assisti ao trailer após escrever as minhas considerações e, infelizmente (?), o filme está todo resumido ali.
Como Treinar O
Seu Dragão 3, assim como nos capítulos anteriores, além de não subestimar a
inteligência do público (de qualquer idade), tampouco é moralista e sequer piegas. Seu roteiro
é inteligente e direto na contemplação de assuntos que interessam no desenvolvimento
do enredo e na credulidade dos personagens de um passado que, vez ou outra,
evoca o (nosso) presente..., sem deixar de subliminarmente enfocar
interessantes “curiosidades” num segundo plano. Ainda que o foco seja Soluço e Banguela, há um bom espaço para outros personagens darem o ar da graça e da confusão.
Considerando as impressionantes sequências (em terra, no ar e
nas profundezas do mar) tecnicamente irretocáveis (o que dizer da criativa e espalhafatosa dança
de acasalamento de Banguela?); a cenografia
de encher os olhos; as ótimas gags visuais e o bom humor (sem piadas escatológicas); os personagens (que envelheceram sem perder a personalidade) ricos em detalhes físicos e psicológicos, adoráveis até nas esquisitices; a trilha sonora que (felizmente!) mal se percebe..., Como Treinar O Seu Dragão 3 tem o que se espera de um entretenimento cinematográfico de qualidade para qualquer espectador. Uma obra magnífica que (sem jamais se dobrar ao moralismo e à pieguice vigente, em nenhum dos três capítulos!) fecha com
capa de ouro esta formidável saga.
*Joba Tridente: O primeiro filme vi (no cinema) aos 5 anos de idade. Os primeiros vídeo-documentários fiz em 1990. O primeiro curta (Cortejo), em 35mm, realizei em 2008. Voltei a fazer crítica em 2009. Já fui protagonista e coadjuvante de curtas. Mas nada se compara à "traumatizante" e divertida experiência de cientista-figurante (de última hora) no “centro tecnológico” do norte-americano Power Play (Jogo de Poder, 2003), de Joseph Zito, rodado aqui em Curitiba.
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