Assim
como na vida real, o tempo não parou para os espectadores que amaram Como Treinar O Seu Dragão (2010) e muito menos para Soluço, o adorável treinador de dragões que, agora aos 20 anos, retorna
em Como Treinar O Seu Dragão 2..., com
seu espirito aventureiro e cada vez mais pacificador.
Praticamente
deixando a adolescência para trás e contrariando os desejos do seu pai Stoico, o Imenso, que quer vê-lo chefiando
a Aldeia Viking de Berk, Soluço acha
que ainda há muito para conhecer e aprender, inclusive sobre si mesmo, antes de
assumir tamanha responsabilidade. Assim, sempre que possível ele e o encantador
dragão Banguela se aventuram pela
redondeza marítima..., às vezes na companhia da graciosa Astrid, a namorada do herói. Numa dessas viagens de campo, eles
acabam encontrando o esquentado Eret,
um caçador de dragões a serviço do malévolo Drago.
Esse tumultuado encontro vai acabar desvelando a Soluço acontecimentos trágicos, relacionados ao passado dos dragões
e ao desaparecimento de sua mãe, Valka,
e deixá-lo em alerta para enfrentar uma grande batalha, onde colocará à prova
toda a sua argumentação pacifista.
Mas,
como nem só de dramas pessoais são feitas as grandes narrativas, este novo e
épico capítulo da fantástica história de vikings e de dragões equilibra momentos
de muita emoção com o humor escrachado dos jovens amigos do nosso adorável herói,
sempre prontos (ainda que mais atrapalhados) para uma batalha e ou uma
conquista amorosa. É uma delícia a divertida e fervorosa disputa entre Perna-de-peixe e Melequento pelo amor da voluntariosa Cabeçaquente, que está de olho em alguém, digamos, mais musculoso. Outro
bom momento de descontração é o do alucinado jogo das ovelhas (tipo Quadribol), menos para ovelhas, é claro.
Como Treinar O Seu Dragão 2 (How To Train Your Dragon 2, EUA, 2014), dirigido por Dean DeBlois, que desenvolveu o excelente roteiro em parceria com Cressilda Cowell, autora dos livros da
série, é magnífico. A trama juvenil continua original e jamais subestima a
inteligência do espectador (de qualquer idade) ao expandir o universo viking e,
principalmente, o do conciliador Soluço,
que se vê diante de desafios para os quais ainda não está (ou se sente)
preparado. Ganhos e perdas fazem parte da vida, do rito de passagem, e ele vai
ter de aprender a lidar com isso.
Falar
da técnica e do 3D é dizer que a água do mar que rodeia a ilha dos vikings é
salgada. As sequências aéreas continuam arrepiando, tirando o fôlego, levando
qualquer espectador para um mundo muito, mas muito além da imaginação. O
desenho de cada dragão (agora são centenas!), com a deslumbrante combinação de
cores e texturas (impossíveis?), definitivamente não é obra para principiantes.
Já o filme, é uma daquelas pérolas que, de tão bonitas, emocionam e fazem rir até
mesmo o espectador mais ranzinza.
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