Tom Cruise está de volta e de novo na pele de um
Jack e mais uma vez pronto para
salvar a Terra..., ou o que restou dela, após uma invasão alienígena em 2017. O
thriller de ação, romance (morno) e aventura (juvenil) de ficção científica se
passa no pós-tudo em 2077, em uma Terra devastada e aparentemente deserta. Jack Harper (Tom Cruise) e sua companheira Victoria
Olsen (Andrea Riseborough) são responsáveis
pela manutenção de equipamentos de segurança. Quando não está consertando Drones ou caçando alienígenas
saqueadores, Jack está tentando dar
sentido aos seus estranhos e repetitivos sonhos com uma garota que nunca
conheceu. Porém, duas semanas antes do casal se juntar aos terráqueos sobreviventes
em Titã (maior lua de Saturno), a queda de uma aeronave, o resgate de uma
astronauta, Julia (Olga Kurylenko), e a desconfiança sobre
os alienígenas e a comandante da operação, Sally
(Melissa Leo), colocam em risco a
missão e a vida do patrulheiro. A verdade nunca esteve tão lá fora da sua torre
de vidro.
Oblivion (Oblivion, EUA, 2013), dirigido por Joseph Kosinski, é baseado em um romance
gráfico que escreveu em 2005. O roteiro de Karl
Gajdusek e Michael DeBruyn,
infelizmente, não é dos mais originais. Se é que é possível ainda encontrar
originalidade em sci-fi pré ou pós-apocalíptico, provocado ou não por ataque
alienígena. Assim como em Matrix, ele
parece uma imensa colcha de retalhos de filmes do gênero (até daqueles que só
foram lançados em vídeo) e não dispensa um filosofismo barato de botequim. O que
pode ser fonte de diversão (é de tal... !)
e ou de irritação (ah, não...!) para
um cinéfilo-fã atrás de novidades.
Oblivion tem
uma história curiosa, que poderia render muito, porém a quantidade de
referências o torna óbvio e cansativo. Cruise e Riseborough fazem o que podem
com seus apáticos personagens (protagonistas), mas não chegam a envolver o
espectador. A apatia é pertinente na parte da trama que lhes cabe (faz jus ao
título: Esquecimento), no entanto, mesmo com o aparecimento de coadjuvantes
menos apáticos, o filme não decola, não arrebata. O que tem em ação rotineira
(tiroteio e perseguição) falta em humor..., até mesmo nos momentos mais
bucólicos. Quando não se tem a poesia do mestre Ray Bradbury, há que se preocupar, ao menos, com a coerência ou com
o tesão..., se não a diversão fica pelo caminho!
Enfim, para compensar a rala narrativa dramática,
escamotear os buracos e os clichês, só mesmo a deslumbrante produção. Oblivion é tecnicamente irretocável. A
fotografia de Claudio Miranda, a
direção de arte de Darren Gilford e
efeitos visuais de Eric Barba são
fascinantes. Realmente é o que vale para quem gosta do gênero e quer arriscar a
dar uma olhada e ou para quem não é lá muito exigente, mas é fã de Cruise.
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