sexta-feira, 12 de abril de 2013

Crítica: Oblivion



Tom Cruise está de volta e de novo na pele de um Jack e mais uma vez pronto para salvar a Terra..., ou o que restou dela, após uma invasão alienígena em 2017. O thriller de ação, romance (morno) e aventura (juvenil) de ficção científica se passa no pós-tudo em 2077, em uma Terra devastada e aparentemente deserta. Jack Harper (Tom Cruise) e sua companheira Victoria Olsen (Andrea Riseborough) são responsáveis pela manutenção de equipamentos de segurança. Quando não está consertando Drones ou caçando alienígenas saqueadores, Jack está tentando dar sentido aos seus estranhos e repetitivos sonhos com uma garota que nunca conheceu. Porém, duas semanas antes do casal se juntar aos terráqueos sobreviventes em Titã (maior lua de Saturno), a queda de uma aeronave, o resgate de uma astronauta, Julia (Olga Kurylenko), e a desconfiança sobre os alienígenas e a comandante da operação, Sally (Melissa Leo), colocam em risco a missão e a vida do patrulheiro. A verdade nunca esteve tão lá fora da sua torre de vidro.

Oblivion (Oblivion, EUA, 2013), dirigido por Joseph Kosinski, é baseado em um romance gráfico que escreveu em 2005. O roteiro de Karl Gajdusek e Michael DeBruyn, infelizmente, não é dos mais originais. Se é que é possível ainda encontrar originalidade em sci-fi pré ou pós-apocalíptico, provocado ou não por ataque alienígena. Assim como em Matrix, ele parece uma imensa colcha de retalhos de filmes do gênero (até daqueles que só foram lançados em vídeo) e não dispensa um filosofismo barato de botequim. O que pode ser fonte de diversão (é de tal... !) e ou de irritação (ah, não...!) para um cinéfilo-fã atrás de novidades.


Oblivion tem uma história curiosa, que poderia render muito, porém a quantidade de referências o torna óbvio e cansativo. Cruise e Riseborough fazem o que podem com seus apáticos personagens (protagonistas), mas não chegam a envolver o espectador. A apatia é pertinente na parte da trama que lhes cabe (faz jus ao título: Esquecimento), no entanto, mesmo com o aparecimento de coadjuvantes menos apáticos, o filme não decola, não arrebata. O que tem em ação rotineira (tiroteio e perseguição) falta em humor..., até mesmo nos momentos mais bucólicos. Quando não se tem a poesia do mestre Ray Bradbury, há que se preocupar, ao menos, com a coerência ou com o tesão..., se não a diversão fica pelo caminho!

Enfim, para compensar a rala narrativa dramática, escamotear os buracos e os clichês, só mesmo a deslumbrante produção. Oblivion é tecnicamente irretocável. A fotografia de Claudio Miranda, a direção de arte de Darren Gilford e efeitos visuais de Eric Barba são fascinantes. Realmente é o que vale para quem gosta do gênero e quer arriscar a dar uma olhada e ou para quem não é lá muito exigente, mas é fã de Cruise.

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