Winter, O Golfinho é um típico
drama-terapia, inspirado em fatos reais, que conta (mais) uma história bacana
sobre esperança e superação animal e (também) humana. Um prato cheio para os
biólogos e psicoterapeutas. Não é o primeiro filme sobre personagens com alguma
deficiência física e ou psicomotor, e, com certeza, não será o último. Um Sonho Possível (The Blind Side, 2009), dos mesmos produtores, até garantiu o Oscar
à Sandra Bullock, em 2010.
Dirigido por Charles Martin Smith, baseado no
roteiro de Karen Janszen e Noam Dromi, é uma produção que pode ser vista sem
sustos por toda a família que gosta de filmes que mexam com as suas emoções. A história
é centrada em dois personagens: Sawyer
(Nathan Gamble), um garoto introspectivo,
com problemas de socialização familiar e escolar que, ao se relacionar com Winter, um golfinho fêmea que perdeu a
cauda num acidente, acaba encontrando um novo sentido para a sua vida. Ao redor
deles circulam Lorraine Nelson (Ashley Judd), mãe de Sawyer, o Dr. Clay Haskett (Harry
Connick Jr.), que administra o Clearwater Marine Hospital, e sua filha Hazel (Cozi Zuehlsdorff), e o Dr.
Cameron McCarthy (Morgan Freeman),
médico especialista em prótese que tem a difícil missão de criar uma nova cauda
para Winter.
A narrativa, que
exercita uma pegada no “estilo” documentário mundo animal, acentua os dramas
paralelos (falência do Hospital e soldados mutilados), para destacar a importância
das pesquisas médicas na área de próteses e de terapias alternativas. A sua trama
é simples e, clichês de ocasião à parte, funciona bem como filme-autoajuda ao demonstrar
que sempre haverá alguém com um problema maior que o seu e que a solução para
todas as aflições está no altruísmo. Convenhamos que o amor universal não é o maior
dos sentimentos humanos, mas os americanos tratam a questão com tanta convicção
que o espectador acaba aceitando e, até acreditando que o mundo (dos homens) tem
salvação. Pelo menos na ficção.
Apoiado numa
trilha sonora que provoca emoções até no mais frio dos espectadores, Winter, O Golfinho (Dolphin
Tale, EUA, 2011), pode não ser um
grande filme, mas cumpre o seu papel de utilidade pública (intencional ou não) ao
denunciar o desrespeito dos pescadores com a fauna marinha, vitimando muitos
animais. O elenco, que traz ainda Kris
Kristofferson, como Reed, o pai
de Clay, é irregular, mas não chega a
comprometer a produção cujas estrelas (por uma boa causa) são Winter e Sawyer.
#happy
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