MIB: Homens de Preto Internacional
por Joba tridente
Há 22 anos, MIB: Homens de Preto, um excelente
filme de ficção científica, com seu humor pastelão e negro e muita bizarrice, dirigido
por Barry Sonnenfeld e estrelado por Tommy Lee Jones e Will Smith causou
sensação nos cinemas. Baseado na HQs Men in Black (1991), de Lowell
Cunningham, a produção que custou meros 90 milhões, arrecadou perto de 600
milhões de dólares. Em 2002 chegou aos cinemas o menos impactante Homens de
Preto 2 e, em 2012, fechando admiravelmente a trilogia, o divertido Homens
de Preto 3, também protagonizados por Lee Jones e Smith e dirigidos
por Sonnenfeld.
Em tempos de recomeço de franquias milionárias, ou de
apresentação independente de episódio perdido, eis que, sete anos depois, MIB
está de volta, recauchutado e sugerindo, nas entrelinhas, uma mudança de “comportamento
(ou apego) machista” à sigla titular que, caso retorne em novos capítulos
(internacionais?), não causará surpresa
se virar WIB: Mulheres de Preto, protagonizado por dupla feminina, tal o
empoderamento e a presença delas nas batalhas contra alienígenas mal
intencionados. Ou MIB: Men in Black & WIB: Women in Black..., já que
o terno preto básico cai bem em um ou em outro gênero! Uma conversa também
ouvida no entrecena de X-Men
Fênix Negra.
Uma vez que (por enquanto) os realizadores de MIB:
Homens de Preto Internacional (Men in Black International, 2019) acreditam
que em argumento vitorioso não se deve mexer muito, a variação no roteiro (bem)
juvenil de Matt Holloway e Art Marcum é pequena. Daí, o que pode ser novidade
para alguns espectadores, pode parecer meio repetitivo para outros. Porém, nada
aborrecido! Estão em cena a tradicional dupla improvável, formada pelo
experiente agente inglês H (Chris Hemsworth) e a dedicada estagiária
norte-americana M (Tessa Thompson)..., que teve contato com extraterrestre
quando criança e se considera preparadíssima para ser agente MIB..., a ação
tresloucada, as armas estranhas, os alienígenas fofos (as) ou bizarros (as) e,
é claro, o bom humor (leve) e meio pastelão, com umas gags bem legais. A
melhor delas faz referências ao (ex-) Thor de Hemsworth. Aliás, os dois
protagonistas já dão um bom trocadilho com o tema...
Assim como os roteiristas, o diretor F. Gary Gray
evita invencionices e opta por uma direção sem sobressaltos..., levando em
conta os absurdos da história dividida entre Londres, onde o agente T (Liam
Neeson) é o chefe da Agência MIB, Marrakech e Paris. Mais uma
vez o pivô do conflito entre humanos e imigrantes extraterrestres é uma joia
preciosa, tão bela e apocalíptica quanto o Colar de Órion (do MIB,
1991) e a Luz de Zartha (do MIB 2, 2002). Ah, essa mania
alienígena de miniaturizar energia cósmica! O porém (há sempre um!) é que, além
de cuidar para que a tal joia interplanetária não caia (clichê: é claro que vai
cair!) em mão erradas, H e M também precisam descobrir se há ou
não um espião traíra entre os agentes MIB, por trás da morte misteriosa
de um importante alien e que pode colocar em risco (claro!) o equilíbrio do
universo e a existência da Terra! E por falar em Paris, as questões
relacionadas à Torre Eiffel (onde se dará o desfecho da missão policial e ou
espacial) e do seu idealizador Gustave Eiffel, me lembrou uma fantástica
sequência do interessante Tomorrowland
- Um Lugar Onde Nada É Impossível (2015).
Enfim, considerando a narrativa linear e bem (re)costurada;
a engenhosa arte dos aliens graciosos e ou repulsivos; a qualidade do CGI dos expressivos
imigrantes do universo e além e dos equipamentos bélicos e ou de locomoção; o ótimo
elenco, que inclui ainda Emma Thompson, que retorna na pele da agente O,
Rafe Spal, o agente C e Rebecca Ferguson, a alien Rizza;
o bom ritmo; as sequências malucas e a ação eletrizante quase contínua..., embora
tenha deixado de lado as paródias e os gracejos hollywoodiano, MIB: Homens
de Preto Internacional é um agradável e esquecível passatempo juvenil que
te entretêm por duas horas. Quem assistiu aos trailers não vai ter muita
surpresa.
*Joba Tridente: O
primeiro filme vi (no cinema) aos 5 anos de idade. Os primeiros
vídeo-documentários fiz em 1990. O primeiro curta-metragem (Cortejo), em
35mm, realizei em 2008. Voltei a fazer crítica em 2009. Já fui protagonista e
coadjuvante de curtas. Mas nada se compara à "traumatizante" e
divertida experiência de cientista-figurante (de última hora) no “centro
tecnológico” do norte-americano Power Play (Jogo de Poder,
2003), de Joseph Zito, rodado aqui em Curitiba.
Vou assistir na primeira oportunidade .
ResponderExcluirÓtimo sua publicação .
Abraço
..., valeu, Marina. ..., uma ótima sessão e grande abraço!
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