quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Crítica: Como Sobreviver a um Ataque Zumbi

No encalço dos filmes comprovadamente trash há produções que não chegam a ser das mais originais (por não se acreditar trash) e nem tampouco falsas (por se considerar paródia), ficam ali no meia-boca e algumas (raras) acabam até sendo muito divertidas, como é o caso do Como Sobreviver a um Ataque Zumbi. Bom, pelo menos eu dei boas risadas, coisa ainda mais rara, ao assistir esse tipo de zumbiria, digo, zombaria.


Como Sobreviver a um Ataque Zumbi (Scouts Guide to the Zombie Apocalypse, 2015), comédia de terror, no melhor estilo terrir gore (sangue e violência e sangue), roteirizada e dirigida por Christopher B. Landon, se passa numa pequena cidade norte-americana onde três amigos adolescentes e escoteiros, desde a infância, Ben (Tye Sheridan), Carter (Logan Miller) e Augie (Joey Morgan), e o líder Roger (David Koechner, muito divertido) tentam convencer outros jovens a participar do escotismo, criado pelo militar inglês Robert Stephenson Smyth Baden-Powell (1857-1941). Mas os tempos são outros e mesmo Ben e Carter têm dúvidas se devem ou não continuar no movimento que é motivo de chacota da garotada. Porém, na noite em que os dois vão tomar tal decisão e que também é aquela em que Augie vai receber a sua mais importante insígnia, o trio descobre que a cidade está sob ataque de uma horda de zumbis e que vai precisar de toda habilidade e aprendizado de sobrevivência para salvar um grupo de jovens que participa de uma festa secreta.

É claro que numa peleja zumbiteira dessas, digo zombeteira dessas, é sempre bem-vinda a ajuda de uma pessoa mais velha e já que o líder Roger, bandeou de lado, os meninos vão se sentir muito mais seguros e protegidos na companhia da alta e loira e bem armada e destemida stripper Denise (Sarah Dumont) em seu shortinho e camiseta justinha coladinha ao corpo e...


Como Sobreviver a um Ataque Zumbi, passa ao largo do clássico satírico britânico Todo Mundo Quase Morto (2002), de Edgar Whrigt, referência no gênero. No entanto, se não tem a acidez do humor inglês, tem gags (realmente) engraçadas e que funcionam muito bem até mesmo numa pegadinha escatológica de suspense ou numa pegada muito dolorida (!?), que remete a uma famosa cena de Corra Que a Polícia Vem Ai (1988), protagonizada por Leslie Nielsen. Algumas sequências envolvendo líder Roger/Zumbi, a do ataque da vizinha encrenqueira (Cloris Leachman) e a do dueto musical pop-zumbi (matando a pau!), entre outras rapidinhas, são bobagens impagáveis.


Enfim, com um argumento raso (podre?), mas bacana (escoteiros caçando zumbis); com clichês amadorísticos e humorísticos para todos os gostos e estômagos; com um roteiro que sacaneia alguns ícones norte-americanos (Dolly Parton e Britney Spears) e abusa dos elementos (ingênuos?) de filmes “B” (sangue + testosterona + sexo + paixão + seios + tesão + sangue); com algumas sacadas legais (descubra por conta própria!); com bom elenco se revirando bem numa história (meio indecente?) sem pé nem cabeça (quem souber a origem do vírus-zumbi, avise!)..., se bem que cabeça para explodir os zumbis têm, o que lhes falta é cérebro; com a intenção de ser apenas um bem-humorado passatempo de 1h30, Como Sobreviver a um Ataque Zumbi é uma boa piada, digo, pedida para quem não está nem aí para o politicamente correto (Voltem pro Haiti, zumbis! Ou seria pra outro lugar?) e que talvez ria muito mais depois da sessão (podre?), ao lembrar de algumas sequências (podres?) dessa zumbizeira.


Eu nem acredito que gostei disso. Será que meu cérebro foi chupado por um canudinho? Será? Estranho, eu nem sei mais o que estou dizendo, digo, escrevendo. Ah, antes dos créditos começarem a subir, tem um cena-bônus. Eu, hein!!! E pensar que quando criança quis ser escoteiro, mas meus pais não deixaram. Por que será? Acho importante saber como lidar com um zumbi nos dias de hoje. Ara, só porque não uso celular não quer dizer que...

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