segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Crítica: Maze Runner - Correr ou Morrer


Desde a primeira vez em que vi o painel de The Maze Runner – Correr ou Morrer fiquei curioso com a estampa de um imenso labirinto e dois jovens (minúsculos) correndo em sua direção. Sabia absolutamente nada sobre ele. Sci-Fi? Aventura? Game? Só procurei informações após a sessão especial.

O que sei? Maze Runner - Correr ou Morrer é mais um thriller de ficção científica juvenil que pega carona na moda literária e cinematográfica que explora as relações sociais num futuro distópico. Adaptado da trilogia homônima do escritor James Dashner, dependendo da bilheteria, pode virar franquia com mais dois ou três filmes (ultimamente as trilogias viram quatro). Os livros já lançados no Brasil são: Maze Runner - Correr ou Morrer (2010); Maze RunnerProva de Fogo (2011); Maze RunnerA Cura Mortal (2012); e um extra, com informações e ou prólogo dos outros três: Maze Runner - Ordem de Extermínio (2013). Não li nenhum. Minto, dei uma passada de olhos (leitura dinâmica) no primeiro e não pretendo repetir com os outros volumes.


O que vi? The Maze Runner - Correr ou Morrer (The Maze Runner, 2014) se passa na Clareira, um lugar cercado por enormes paredões e onde, de tempos em tempos, um elevador, que não se sabe de onde vem, deixa ali um adolescente desmemoriado. A narrativa começa com a chegada de Thomas (Dylan O’Brien), um jovem decidido que ao tomar conhecimento do lugar, com seu misterioso e intransponível labirinto, habitat de terríveis verdugos, decide que vai sair correndo daquela prisão ou morrer tentando.

A comunidade rural de adolescentes, aparentemente assexuada, já que não há garotas e nem sinais de homoafetividade entre os garotos, é comandada por Aby (Aml Ameen), o mais velho do grupo e o primeiro a ser lançado ali, há três anos. Para manter a ordem e o funcionamento, o veterano conta com a colaboração de Newt (Thomas Brodie-Sangster), na agricultura, e de Gally (Will Poulter), na segurança, além das preciosas informações que o corredor Minho (Ki Hong Lee) traz diariamente das entranhas do labirinto.


O que acho? Maze Runner - Correr ou Morrer, dirigido por Wes Ball, é um filme para fãs da série literária claramente influenciada por obras como O Senhor das Moscas (1954), de William Golding, Ender’s Game - O Jogo do Exterminador (1977), de Orson Scott Card, o seriado Lost (2004-2010).  Quem não conhece o romance (tripartido), como é o meu caso, fica tão perdido na trama quanto os personagens dentro e fora do labirinto. O que não seria ruim (ficar perdido) se esse primeiro capítulo fosse melhor desenvolvido. Culpa do argumento que promete mais do que o roteiro oferece ou das liberdades da adaptação? De ambos! Ôps..., só agora, no fim do parágrafo, me dei conta de que o complemento Correr ou Morrer lembra o título de um clássico do cinema, o western Matar ou Morrer (High Noon, 1952), de Fred Zinnemann. E, coincidência das coincidências, assim como no bang-bang o delegado Will Kane (Gary Cooper) tem a hora marcada para enfrentar o bandido Frank Miller (Ian MacDonald), na ficção científica os garotos têm o tempo calculado para enfrentar o labirinto.


Ball parece seguir ao pé da letra o subtítulo brasileiro: Correr ou Morrer. Dirigindo em alta velocidade, faz a aventura soar rasa e ou rasante, dependendo do ângulo da ação. Ora, se o projeto (óbvio!) é de franquia, por que a pressa em narrar uma história cujo final está a uns dois ou três filmes no futuro (talvez) rendoso? Será que é pra ganhar tempo e ou, se a bilheteria não ajudar, encerrar a busca de respostas dos desmemoriados em apenas mais um filme? Seja qual for a resposta que não tenho (por não ter lido a série?) o que fica, por enquanto (?), além de uma história pouco envolvente, são alguns furos intencionais ou não. Dois deles bem incômodos.

Mesmo não sendo aquela maravilha toda que esperava, por causa do cartaz, Maze Runner tem alguns efeitos especiais bacanas em sequências interessantes dentro do labirinto, principalmente envolvendo os temíveis verdugos. O elenco (em sua maioria de novatos) é bom, mas, infelizmente, os personagens fracos, sem nenhuma consistência, comprometem o andamento da trama precária que frustra ainda mais o espectador (que não leu a série!) ao desvelar, no epílogo/prólogo, a “razão” do labirinto e o que lhe reserva a fase 2. Muita gente vai dizer: - Ah, não! De novo essa história de *****?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...