O Lobisomem
o Del Toro e o Del Lobisomem
Nem bem a gente se vira ou se mexe e lá vem outra releitura americana de um clássico ou de um filme de terror out EUA. Agora, na onda new vampire movie, chega O Lobisomem (The Wolfman, Reino Unido/EUA, 2010), de Joe Johston, refilmagem de The Wolf Man (1941), dirigido por George Waggner, com Benício Del Toro no papel que foi de Lon Chaney Jr.
Lawrence Talbot (Del Toro) é um ator inglês que mora e atua na América e vem à Inglaterra ajudar na busca ao seu irmão desaparecido, a pedido de Gwen (Emily Blunt), a noiva dele. Talbot tem uma relação conflituosa com o pai, John Talbot (Anthony Hopkins), desde a morte da mãe, quando era menino. Ao procurar a cigana Maleva (Geraldine Chaplin), pra saber o que estaria matando as pessoas, é surpreendido por uma besta-fera que ataca a todos, no acampamento, sem distinção. Talbot é mordido gravemente no pescoço. Escapa do massacre bárbaro e descobre-se amaldiçoado. Logo saberá que não é o único. E então, na próxima lua cheia: Tcham! Tcham! Tcham! Tcham!... Culpado ou não, por tantas mortes (Eu não acho que eles vão te matar, mas vão te culpar - lhe diz seu “afetuoso” pai) toda a aldeia, incitada pelo Detetive Aberline (Hugo Weaving), se põe a caçá-lo.
O Lobisomem é ambientado na Inglaterra Vitoriana (o original, se não me engano, se passa nos anos 1940), tem um tom azulado, meio cinemão B, cara de coisa antiga, mas não consegue ir além do convincente cenário típico (com muita poeira, teias de aranha e animais empalhados) e bom figurino. Não fosse pelos ruídos (barulhos) usados exaustivamente pra criar (em vão) um clima de suspense e pavor e (tentar) assustar, nos momentos de tensão (?), o espectador nem se daria conta de que é um filme de terror. Ele não mete medo nem mesmo com o (cansativo) festival sanguinolento de cabeças e vísceras arrancadas, corpos despedaçados, crianças em perigo, médicos loucos e as suas estranhas técnicas de cura. Será que a gente já viu (e continua vendo) de tudo, em cenas brutais que se repetem em filmes do gênero (ou assemelhados), pra não mais se “emocionar” ou se “comover” com tal disparate? Ou continua sendo cada dia mais difícil ser inovador com esse tema, quando John Landis, lá em 1981, já nos brindou com uma derradeira pérola: Um Lobisomem Americano em Londres (An American Werewolf in London).
O mais inacreditável é que, apesar de pouco original, O Lobisomem, de Joe Johston, até tem elementos pra ser um bom filme, mas... Um Donkeyman, não empacaria tanto. Se a maquiagem do Lobisomem (transformado) é bacana, não se pode dizer o mesmo do risível (e batido) processo de transformação. Quem já viu outros filmes “de” Lobisomem (ou até mesmo Thriller, de Michael Jackson) sabe do que estou falando. Ele tem um quê de trash, o que é legal, mas não desenvolve esse potencial, não é ousado e não tem humor (principalmente involuntário). Todavia, quem quiser dar uma olhadinha, se não for vencido pelo enfado, pode encontrar alguma diversão nos clichês..., e olha que não falta nem a clássica cena do Lobisomem rasgando a camisa, estufando o peito peludo e correndo pra luta (se fosse em 3D correria pra galera delirante).
Em tempos de vampiros andróginos, pra satisfação de todas as tribos adolescentes, O Lobisomem (que já foi mensageiro, parceiro e até rival de Drácula, em outras lendas e mídias), talvez fique meio deslocado no meio juvenil, com seu instinto animalesco e viril, mas pode ser uma alternativa à “adoração” aos dentuços anódinos, que tomou conta da literatura e do cinema. Mania por mania, como diz Sir Talbot ao filho: Você não é o único (ator) nesta família que sabe representar.
o Del Toro e o Del Lobisomem
Nem bem a gente se vira ou se mexe e lá vem outra releitura americana de um clássico ou de um filme de terror out EUA. Agora, na onda new vampire movie, chega O Lobisomem (The Wolfman, Reino Unido/EUA, 2010), de Joe Johston, refilmagem de The Wolf Man (1941), dirigido por George Waggner, com Benício Del Toro no papel que foi de Lon Chaney Jr.
Lawrence Talbot (Del Toro) é um ator inglês que mora e atua na América e vem à Inglaterra ajudar na busca ao seu irmão desaparecido, a pedido de Gwen (Emily Blunt), a noiva dele. Talbot tem uma relação conflituosa com o pai, John Talbot (Anthony Hopkins), desde a morte da mãe, quando era menino. Ao procurar a cigana Maleva (Geraldine Chaplin), pra saber o que estaria matando as pessoas, é surpreendido por uma besta-fera que ataca a todos, no acampamento, sem distinção. Talbot é mordido gravemente no pescoço. Escapa do massacre bárbaro e descobre-se amaldiçoado. Logo saberá que não é o único. E então, na próxima lua cheia: Tcham! Tcham! Tcham! Tcham!... Culpado ou não, por tantas mortes (Eu não acho que eles vão te matar, mas vão te culpar - lhe diz seu “afetuoso” pai) toda a aldeia, incitada pelo Detetive Aberline (Hugo Weaving), se põe a caçá-lo.
O Lobisomem é ambientado na Inglaterra Vitoriana (o original, se não me engano, se passa nos anos 1940), tem um tom azulado, meio cinemão B, cara de coisa antiga, mas não consegue ir além do convincente cenário típico (com muita poeira, teias de aranha e animais empalhados) e bom figurino. Não fosse pelos ruídos (barulhos) usados exaustivamente pra criar (em vão) um clima de suspense e pavor e (tentar) assustar, nos momentos de tensão (?), o espectador nem se daria conta de que é um filme de terror. Ele não mete medo nem mesmo com o (cansativo) festival sanguinolento de cabeças e vísceras arrancadas, corpos despedaçados, crianças em perigo, médicos loucos e as suas estranhas técnicas de cura. Será que a gente já viu (e continua vendo) de tudo, em cenas brutais que se repetem em filmes do gênero (ou assemelhados), pra não mais se “emocionar” ou se “comover” com tal disparate? Ou continua sendo cada dia mais difícil ser inovador com esse tema, quando John Landis, lá em 1981, já nos brindou com uma derradeira pérola: Um Lobisomem Americano em Londres (An American Werewolf in London).
O mais inacreditável é que, apesar de pouco original, O Lobisomem, de Joe Johston, até tem elementos pra ser um bom filme, mas... Um Donkeyman, não empacaria tanto. Se a maquiagem do Lobisomem (transformado) é bacana, não se pode dizer o mesmo do risível (e batido) processo de transformação. Quem já viu outros filmes “de” Lobisomem (ou até mesmo Thriller, de Michael Jackson) sabe do que estou falando. Ele tem um quê de trash, o que é legal, mas não desenvolve esse potencial, não é ousado e não tem humor (principalmente involuntário). Todavia, quem quiser dar uma olhadinha, se não for vencido pelo enfado, pode encontrar alguma diversão nos clichês..., e olha que não falta nem a clássica cena do Lobisomem rasgando a camisa, estufando o peito peludo e correndo pra luta (se fosse em 3D correria pra galera delirante).
Em tempos de vampiros andróginos, pra satisfação de todas as tribos adolescentes, O Lobisomem (que já foi mensageiro, parceiro e até rival de Drácula, em outras lendas e mídias), talvez fique meio deslocado no meio juvenil, com seu instinto animalesco e viril, mas pode ser uma alternativa à “adoração” aos dentuços anódinos, que tomou conta da literatura e do cinema. Mania por mania, como diz Sir Talbot ao filho: Você não é o único (ator) nesta família que sabe representar.
Bom, o original de 1941 também não tinha nem um pouco de humor. Tentaram dar um tom de drama mesmo.
ResponderExcluir..., pois é, Leo Rib, cada tempo um Lobisomem. ..., ou ele se adapta aos espectadores e ou (forçadamente) os espectadores se adaptam a ele. ..., grato pela visita e considerações!
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