O show de buzinas, digo, o show business
norte-americano está constantemente coroando o seu número um nisso ou naquilo. A cada estação tem sempre umas quatro geniais
promessas e ou quatro geniais consagrações. No momento, um que está na moda é
Seth MacFarlane, aquele que faz um arremedo de Os Simpsons, com a suas babas Family
Guy, American Dad!, The Cleveland Show..., e, claro, por causa
deste enTEDdiante longa-metragem do
ursinho drogado e tarado (ou seria tarado e drogado?).
TED é uma
“comédia” de “costumes” que gira-gira em torno do gira John Bennett (Bretton Manley),
que, aos 8 anos e sem um amigo sequer, ganhou um ursinho de pelúcia e fez um
pedido ao Espírito de Natal. Porém, como o Espírito estava ocupado com coisas
mais importantes, uma (sa)Fada Natalina, menos recatada do que a Fada
Estrelinha, que deu vida a Pinóquio, resolveu
atender ao Johnzinho e animou o
ursinho Ted para ser o seu melhor amiguinho.
Que fofinho! Assim “nasce” o falastrão Ted,
que “cresce” ao lado de John e não o abandona
nem mesmo quando este se parece fisicamente com um norte-americano adulto (Mark Wahlberg). Bom, o John também não abandona o seu “amigo
urso” e as constantes “festinhas” regadas a muita droga, álcool e sexo, nem
pelo amor da sua tonga namorada Lori
Collins (Mila Kunis). Que TEDio!
Ted é um
vagal que não perdeu a popularidade depois da fama. John é um paspalho que não decide se fica com o amado urso ou com
mulher amada. O amigo urso é fofo (que fofo!) e parceiro nas drogas. A amiga mulher
é sonsa e acho que faz sexo de vez em quando. O que o carente, o dependente, o
inocente protagonista humano deve fazer? O imbecil norte-americano John deve continuar brincando de cavernina
com seu ursinho taradinho e ou começar a brincar de casinha com a mulher
romântica? Ó dúvida cruel! Ó clichêteria dos infernos travada no Complexo de
Peter Pan!
TED (Ted, Eua, 2012), dirigido por Seth MacFarlane, é uma “comédia”
infantilóide para adultos. Não fosse o uso e abuso do clichê da moda no
“cinema” americano: linguagem chula, escatologia, droga, simulação sexual...,
passaria por uma “comediazinha” infantilóide para crianças descerebrada. O
roteiro é raso (além de nada original) e as “piadas” sem graça. Minto, tem uma
(ôba!), a presença de Sam J. Jones,
o Flash Gordon de 1980. Mas não
engraçada o suficiente para dar fim ao marasmo dessa tolice previsível que
perde uma chance de ouro de redenção no final.
TED é um falso
transgressor, um filme politicamente incorreto de fachada. Do começo off ao final off o que se vê é a mesma ladainha moralista e conservadora estadunidense
(?), transbordando as mesmas mensagens edificantes das recentes “comédias” de sucesso
das terras do tiTio Sam. O tema pode
até parecer nonsense, mas o resultado é pífio. Enfim, uma “comédia” TEDiosa e na medida para os fãs do
diretor “humorista” ou para quem ri de qualquer coisa.
Nota Final: Ted é meio que um plágio da versão
americana da série australiana Wilfred (2011), com Elijah Wood, o panaca Ryan, e Jason Gann, o cão Wilfred, da vizinha Jenna (Fiona Gubelmann).
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