por Joba Tridente
Em cinema nem sempre a máxima de um é regra geral para outro. Assim, uma câmara na mão e um idéia na cabeça é para bem poucos.
Após a sessão de lançamento do filme EVA, de Arnaldo Belotto, na Cinemateca de Curitiba, a opinião de algumas pessoas sobre o que tinham achado do filme era: Não achei! Precisei sair antes! Não sei! Totalmente desfocado... E a mulher que o tal fotógrafo fica olhando, ele a matou (afogou), se é que ela estava viva (dormindo ou em coma)? Uma resposta estranha marcou: A mulher era a Bela Adormecida à espera dos 7 Anões e como eles não apareceram, ela foi jogada no mar. Nada como juntar dois contos clássicos (Bela Adormecida e Branca de Neve) para explicar o inexplicável.
EVA é um filme mau humorado onde tudo é reduzido ao monossílábico: fala sem sentido, gestos automáticos, “fotos” que dizem nada, atores sem expressão. Problemas técnicos a parte, é difícil encontrar o foco da história, já que o foco do filme perdeu-se desde a abertura. Comprometida a fotografia, os silêncios e os vazios levam o espectador a lugar nenhum. Não são elementos nem pra uma possível reflexão, já que não há empatia alguma com o tal “fotógrafo” e ou com as suas “fotos”. Misturar contemporaneidade (telefone celular) com velharia (telefone com disco) e outras bugigangas (carro, hotel, portas sem campainha...) é uma alegoria que só torna o fardo do espectador ainda mais enfadonho e não uma compreensão da catarse do “herói” inútil.
EVA é uma obra que não ousa na sua experimentação e foge de qualquer conceito de “filme cabeça”, seja bebendo no cinema novo brasileiro ou europeu. Se a “idéia” (argumento) cinematográfica parece curiosa, ao final o espectador está se lixando para os “problemas” (?) do “fotógrafo” chato e a sua vidinha enfadonha. É evidente que um “fotógrafo” desses só vai “produzir” fotos sem graça e a ponto de contaminar até mesmo a equipe técnica do filme. Aí, não é a meta em busca de linguagem, mas a linguagem em busca de meta. O espectador não quer ser palco, quer continuar sendo platéia.
EVA, pelo que li, concluirá com mais dois filmes: um do antes e outro do depois da morte (ou da ausência de vida) da “personagem” título. É esperar pra ver. Quem sabe acaba fazendo sentido.
Em cinema nem sempre a máxima de um é regra geral para outro. Assim, uma câmara na mão e um idéia na cabeça é para bem poucos.
Após a sessão de lançamento do filme EVA, de Arnaldo Belotto, na Cinemateca de Curitiba, a opinião de algumas pessoas sobre o que tinham achado do filme era: Não achei! Precisei sair antes! Não sei! Totalmente desfocado... E a mulher que o tal fotógrafo fica olhando, ele a matou (afogou), se é que ela estava viva (dormindo ou em coma)? Uma resposta estranha marcou: A mulher era a Bela Adormecida à espera dos 7 Anões e como eles não apareceram, ela foi jogada no mar. Nada como juntar dois contos clássicos (Bela Adormecida e Branca de Neve) para explicar o inexplicável.
EVA é um filme mau humorado onde tudo é reduzido ao monossílábico: fala sem sentido, gestos automáticos, “fotos” que dizem nada, atores sem expressão. Problemas técnicos a parte, é difícil encontrar o foco da história, já que o foco do filme perdeu-se desde a abertura. Comprometida a fotografia, os silêncios e os vazios levam o espectador a lugar nenhum. Não são elementos nem pra uma possível reflexão, já que não há empatia alguma com o tal “fotógrafo” e ou com as suas “fotos”. Misturar contemporaneidade (telefone celular) com velharia (telefone com disco) e outras bugigangas (carro, hotel, portas sem campainha...) é uma alegoria que só torna o fardo do espectador ainda mais enfadonho e não uma compreensão da catarse do “herói” inútil.
EVA é uma obra que não ousa na sua experimentação e foge de qualquer conceito de “filme cabeça”, seja bebendo no cinema novo brasileiro ou europeu. Se a “idéia” (argumento) cinematográfica parece curiosa, ao final o espectador está se lixando para os “problemas” (?) do “fotógrafo” chato e a sua vidinha enfadonha. É evidente que um “fotógrafo” desses só vai “produzir” fotos sem graça e a ponto de contaminar até mesmo a equipe técnica do filme. Aí, não é a meta em busca de linguagem, mas a linguagem em busca de meta. O espectador não quer ser palco, quer continuar sendo platéia.
EVA, pelo que li, concluirá com mais dois filmes: um do antes e outro do depois da morte (ou da ausência de vida) da “personagem” título. É esperar pra ver. Quem sabe acaba fazendo sentido.
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