sábado, 17 de agosto de 2013

Crítica: Os Instrumentos Mortais - Cidade dos Ossos


Eu entendi nada, nada! Imagine uma história cuja receita mistura os “códigos” de Dan Brown, o Harry Potter, de JK Rowling, o Constantine, de Francis Lawrence (baseado na HQ Hellblazer de Alan Moore), com lampejos de Crepúsculo, de Stephenie Meyer..., só para ficar nos mais conhecidos, com pitadas das suas sofríveis versões cinematográficas e, ainda, um gole de filmes obscuros de “terror” infantojuvenil, longe do status de trash. Imaginou? Então reserve.

Os Instrumentos Mortais - Cidade dos Ossos (The Mortal Instruments: City of Bones, EUA, Alemanha, 2013), dirigido por Harald Zwart, é baseado no livro homónimo de Cassandra Clare. O filme de aventura romântica, fantasia adolescente e ação infantojuvenil, com roteiro de Jessica Postigo é totalmente gira. Era uma vez, lá em Nova York, uma garota estranha chamada Clary Fray (Lily Collins) que estava numa balada, com seu amigo Simon (Robert Sheehan), e (somente ela) viu um jovem estranho ser morto por jovens estranhos que desapareceram com o presunto. No dia seguinte a sua estranha mãe (Lena Headey) foi atacada por dois estranhos e desapareceu sem deixar pistas (e apesar do barulhão sem levantar suspeitas na vizinhança).

Quando a garota, que vive rabiscando cabeças de bode, saiu em busca de respostas para as seus estranhos desenhos, visões e o desaparecimento da mãe, acabou descobrindo Downworld, uma Nova York alternativa repleta de seres fantásticos (vampiros, lobisomens, anjos, demônios, bruxas, monstros) e conhecendo os Caçadores de Sombras: Jace Wayland (Jamie Campell Bower), Alec Lightwood (Kevin Zegers) e Isabelle Lightwood (Jemina West) etc. Depois? Ah, os amores mal resolvidos e todo mundo brigando com todo mundo por conta de um cálice místico, sagrado, mágico ou coisa que o valha.


Zwart é especializado em filmes juvenis e fez do remake Karate Kid (2010) um filme até razoável, mas não conseguiu o mesmo resultado com Os Instrumentos Mortais. Aliás, encontrar algo que se destaque nesta produção é praticamente uma missão impossível. A história é péssima, o roteiro é ruim, a narrativa é confusa, o elenco é sofrível e os “efeitos especiais” amadores. Nem mesmo um incestuoso clichê convence. É tudo tão feio e primário que parece difícil que chegue ao fundamental.

Não li a série best-seller de Clare e talvez por isso não tenha entendido a história que mostra uma Nova York paralela “dominada” por demônios, lobisomens, vampiros, bruxas, anjos, monstros, mas sem nenhum zumbi. A explicação? Zumbis não existem! Ahn?! Zumbis não existem? Ah, entendi! Acho! Enfim, um filme para meninas (apaixonadas) e, talvez, meninos fãs dos livros... A mistura que reservou? Pode jogar fora!

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