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quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Crítica: Coringa



C O R I N G A
por Joba Tridente

Advertência: Se você é um espectador que está ansioso para assistir à mais nova versão “biográfica” do Coringa, no cinema (que é onde deve ser visto), é bom esquecer tudo aquilo que você conhece e ou que pensa conhecer e ou, ainda, o que ouviu falar sobre o icônico arquiinimigo do Batman..., pois esta história de origem, sem o homem-morcego por perto, pode dar um nó “irreversível” no seu cérebro, principalmente se tiver coulrofobia (medo de palhaços).


Coringa (Joker, 2019), estrelado, ou melhor, incorporado com maestria por Joaquin Phoenix, sob direção minuciosa de Todd Phillips, traz uma leitura incômoda da personagem que, levada pelas circunstâncias e a esquizofrenia, passa de um palhaço lúdico, de sonho de criança ("Minha mãe sempre me diz para sorrir e fazer uma cara feliz. Ela me disse que eu tinha um propósito: trazer risos e alegria ao mundo"), a um palhaço amedrontador, de pesadelo (“Só o que eu tenho são pensamentos negativos.”), e que espectador algum vai querer encontrar pelas ruas do seu sono. Se, como cantou Caetano Veloso em Vaca Profana (1984), “De perto ninguém é normal.”, quanto mais nos aproximamos e tentamos decifrar este “novo” Coringa (ou Arthur Fleck, seu nome de batismo), mais enigmático e real ele nos parece no alto (ou no interior) de sua paranóia homicida (norte-americana?).


É impossível não sentir empatia pelo dedicado Arthur Fleck/Coringa, principalmente no primeiro ato ("Sou só eu, ou as pessoas estão ficando mais loucas lá fora?"), vivendo uma vida miserável, cuidando da mãe (Frances Conroy) enferma, enfrentando todo tipo de humilhação, na rua e no trabalho, e, entre um transtorno e outro, escrevendo seu show stand-up (a sua tábua de salvação), que sonha em apresentar no programa televisivo de Murray Franklin (Robert De Niro) e se tornar tão famoso quanto o seu ídolo (e quem sabe ser perdoado por suas falhas morais). Assim como..., em uma cidade cheia de nãos, aos menos favorecidos social e mentalmente, feito a caótica Gothan City, tomada por ratos e pelo lixo doméstico e humano..., é fácil entender a razão das suas ações e reações insanas, que vão aflorando no seu cotidiano perverso e crescendo rumo ao apoteótico terceiro ato.

Possivelmente, por causa da acentuada presença do astro De Niro, como apresentador de tv, os cinéfilos mais antigos veem na trama visceral de Coringa, em que a ficção ganha ares de realidade (contemporânea), referências aos filmes O Rei da Comédia (no que tange à fama a qualquer preço) e Taxi Driver (no que tange à justiça a qualquer preço), ambos de Martin Scorsese. Toda via das referências, porém, não me parece que estas reverências causem ruídos (ou demérito) na trama original, escrita por Scott Silver e Todd Phillips, que não muda o caráter de Arthur Fleck/Coringa, mas acentua o desequilíbrio mental do futuro vilão (vítima da sociedade?) idiossincrático. Ainda que conte com a presença dos Wayne, mais precisamente na figura de Thomas Wayne (Brett Cullen) que, por conta de um desfecho clássico, torna-se uma piada mortal, na visão do inconstante Coringa (com seu angustiante tique do riso), não deixa de ser uma história autônoma.


Enfim, não creio que Coringa, premiado com o Leão de Ouro, no Festival Internacional de Cinema de Veneza, em 2019, seja a senha para qualquer maluco (psicopata ou não) se inspirar e sair fazendo justiça com as próprias mãos (se não falhar o dedo no gatilho), afinal, por mais semelhanças que tenha com a realidade (da impunidade) é uma ficção com base em elementos quadrinescos. O que não quer dizer que as HQs não possam refletir o cotidiano das terras do tio Sam e d’outras paragens terráqueas.

Então, considerando o fascinante estudo de personagem; a performance tão arrebatadora quão assustadora de Joaquin Phoenix; a perspicácia do roteiro que, mesmo com duas sequências previsíveis, magnetiza o espectador; a violência psicológica, que é muito mais perturbadora que a violência (explícita) física; a neurose de um mundo (real) comandado por criminosos; as apavorantes sequências dentro do metrô, com destaque para a derradeira, insuportavelmente opressiva; a válvula de escape do humor mínima; o cinismo à flor da pele e à luz dos olhos; a trilha sonora tensa; a cenografia (claustrofóbica); o vistoso figurino do Coringa; a sensacional fotografia detalhista de Lawrence Sher..., o filme Coringa vai fazer você querer menos realismo e mais ficção no cinema.


Portanto, se você tem coulrofobia (medo de palhaço), surtos psicóticos, toma remédio controlado (psicotrópico, tarja preta), é sugestionável, é criança, passe longe (muito longe!) de Coringa. Caso contrário, boa sessão! Pois, como disse o mestre Charles Chaplin: “A vida é uma tragédia quando vista de perto, mas uma comédia quando vista de longe.” Será?!


Joba Tridente: O primeiro filme vi (no cinema) aos 5 anos de idade. Os primeiros vídeos-documentários fiz em 1990. O primeiro curta-metragem (Cortejo), em 35mm, realizei em 2008. Voltei a fazer crítica em 2009. Já fui protagonista e coadjuvante de curtas. Mas nada se compara à "traumatizante" e divertida experiência de cientista-figurante (de última hora) no “centro tecnológico” do norte-americano Power Play (Jogo de Poder, 2003), de Joseph Zito, rodado em Curitiba, no Paraná, Brasil.

domingo, 29 de março de 2015

Crítica: Vício Inerente


Se você não sabe quem é Paul Thomas Anderson e ou Thomas Pynchon e ficou curioso para assistir o Vicio Inerente (Inherent Vice, EUA, 2014), se prepare para mergulhar num mundo absurdo. Ou nem tanto. Em uma temporada de cinebiograficções (ficções inspiradas em biografias), Vício Inerente é uma bem-vinda lufada (ôps!) nas telas de cinema. Mas, saiba que, assim como o fascinante Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância), de Alejandro González Iñárritu, ou o perturbador (“kafkiano”) O Duplo, de Richard Ayoade, baseado no conto homônimo de Dostoievski, o policial neo-noir Vício Inerente tira qualquer um da zona de conforto do ah!, oh!, nossa!..., para o Ahhh! Ohhh! Nosssaaa!

Baseado no livro homônimo de Thomas Pynchon, o policial neo-noir Vício Inerente, dirigido e roteirizado por Paul Thomas Anderson, tem uma pegada de comédia nonsense que arrasta o espectador numa lisérgica viagem ao submundo da intriga policial, digo, da investigação policial, nos psicodélicos anos 1970. Há no ar o prenúncio do fim dos sonhos, da mercantilização da cultura hippie e da nova ordem yuppie. Há no ar desencanto e melancolia e o eco de Woodstock cada vez mais distante. Há na tela uma novela pra lá de maluca!


À margem do establishment, o investigador particular Larry "Doc" Sportello (Joaquin Phoenix), hippie até o talo, recebe a visita da sua bela ex-namorada Shasta (Katerine Waterston), apavorada com um plano funesto arquitetado por Sloan (Serena Scott Thomas), a mulher do seu amante Michael Wolfmann (Eric Roberts). Logo depois Shasta e Wolfmann desaparecem. Tentando descobrir o paradeiro da garota, Doc acaba na mira do paranoico tenente "Bigfoot" Bjornsen (Josh Brolin, roubando cena até do excelente Phoenix), que também é ator de seriado policial..., e de uma escória (doida de pedra ou de pó) que parece ter saído das páginas de alguma HQ retrô. Como se não bastasse, Doc ainda encontra pela frente alguns clientes antigos, reaparecendo do nada, e novos, desaparecendo a todo instante, como o camaleônico Coy Harlingen (Owen Wilson), um ex-comunista a serviço da contrainteligência.

Vício Inerente tem uma trama tão intrincada que nem mesmo os personagens parecem ter um rumo. Vão quicando num lugar e noutro conforme o odor e o sabor do vício que os prende numa grande teia, onde a decisão de qual história e ou alucinação o espectador vai degustar ou aspirar fica por conta da enigmática “aranha” Sortilège (Joanna Newsom), a tecelã das ausências. Ele pode querer dizer muita coisa, tipo visitar o passado estadunidense para compreender o presente americano, e ou simplesmente contar uma divertida e quadrinhesca história de alucinados detetives e seus casos escabrosos. Só isso, nada mais. Não questionei metáforas (se é que há), preferi acompanhar a viagem pastelão para adultos desconectados à procura de uma tomada. Mas, acho que um bocado de gente vai ficar com o plugue na mão.


Vício Inerente é um filme de grandes performances, evidenciadas pelo gráfico enquadramento de história em quadrinho. Mas, sem dúvida, quando Phoenix e Brolin estão em cena, não tem pra ninguém. No entanto, ainda que o emaconhado investigador Doc, de Joaquin Phoenix seja formidável, a personagem de Josh Brolin, na estrutura, é melhor resolvida. O seu depressivo Pé Grande, com corte de cabelo escovinha, é mordaz e violento, mas de uma fragilidade tocante. A sua cena final que o diga. E por falar em cena, numa narrativa tão fragmentada e repleta de bons momentos, é difícil, mas destaco duas sequências espetaculares: a que se passa dentro de um carro, onde Doc (Phoenix), em estado de choque, assiste ao Pé Grande (Brolin) lanchando, não tem preço..., a outra é de humor negro e mostra Coy (Owen) explicando para Doc como conseguiu tocar numa banda sem que os músicos se dessem conta de que ele era um estranho.

Para quem gosta de reminiscência, sim, Vício Inerente lembra Um Perigoso Adeus (The Long Goodbye, 1973), de Robert Altman (1925-2006), baseado na novela homônima de Raymond Chandler (1888-1959), lançada em 1953, não só pelo fato da obra de Altman parecer referência para a obra de Anderson..., mas porque no filme de Altman o roteiro de Leigh Brackett transferiu a ação dos anos 1950 para os alucinados 1970. Então, quando se pinça uma baforada daqui e outra dacolá, naqueles anos loucos... Agora, o quanto Pynchon aspirou de Chandler, pra sua Inherent Vice (2009), você decide!


Enfim, considerando que Vício Inerente tem clima, cor e charme de Graphic Novel; que a reconstituição de época é impecável; que seleção musical é deliciosa, ainda que não inclua Meu Bem, Meu Mal (1981), de Caetano Veloso, que sintetiza o real vício de Doc, que é a paixão por Shasta: Você é meu caminho/ Meu vinho, meu vício/ Desde o início estava você/ Meu bálsamo benigno/ Meu signo, meu guru/ Porto seguro onde eu vou ter/ Meu mar e minha mãe/ Meu medo e meu champanhe/ Visão do espaço sideral/ Onde o que eu sou se afoga/ Meu fumo e minha yoga/ Você é minha droga/ Paixão e carnaval/ Meu zen, meu bem, meu mal;  que a certa altura o espectador fica perdido na poltrona da sala e só lhe resta assistir a um tempo (tão celebrado) se esvaindo na tela, certo de que anos como 1960/1970, quando o comunitário tentava domar o individualismo na ingenuidade (?) da paz e amor e o poder da flor, só serão possíveis no cinema..., a minha dica é que veja despretensiosamente, como se lesse um bom livro. O que houver (?) de subliminar, que o cérebro resgate depois!


NOTA: Download (grátis) da trilha sonora alternativa de Inherent Vice..., na verdade trilha sonora do livro..., montada e disponibilizada desde 04 de outubro de 2014, pelo crítico Philip J Reen, no curioso site Noiseless Chatter. Para entender melhor essa história de trilha sonora literária acesse o site e leia a matéria. Ah, a trilha de Reed é ótima e tão mix quanto a do filme de Anderson.

 Acho que é isso!

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Crítica: Ela


Nos anos 1970, o genial jornalista e escritor TT Catalão, autor de frases antológicas, lapidou aquela que, para mim, é a mais desconcertante: “cada um cada vez mais cada um”, que adoro citar, conforme o contexto. Aqui ela está mais atual que nunca.

Entre as décadas de 1970/80/90, as mídias portáteis chegaram, facilitando a vida de muitos profissionais (jornalistas, músicos, escritores)..., e fazendo a alegria, principalmente, dos jovens. Muito antes da febre dos “i”, houve a dos walkmans (anos 1980) e dos cd players (anos 1990). Um tempo em que as pessoas, com suas mídias portáteis, andavam “ensimesmadas” pelas ruas, “solitárias” com seus enormes fones de ouvido (os headphones também já diminuíram de tamanho, de quase desaparecer, e agora são enormes novamente). Na TV, matérias falavam da novidade, dizendo que os jovens não estavam falando sozinhos, mas cantarolando a música que ouviam etc.

Hoje, a maioria das pessoas anda por aí conectada aos seus smartphones, gps, mp, “i”, redes...,  sem prestar atenção em quem ou o quê está ao seu redor, inclusive provocando acidentes fatais. Tem até quem converse, via celular, com um “amigo” ao lado. Não há sigilo do que é dito e ouvido ou sequer respeito ao ouvido alheio. A cada dia mais isolado (mais cada um!), o cidadão tropeça em bits, se segura em bytes, se apoia em wireless para abocanhar o Wi-Fi dentro e fora de casa. O mundo ao redor é mero detalhe para um instantâneo logo esquecido numa rede social de amigos que nem se conhecem ao vivo e a cores. Amigos que não são amigos, apenas fazem número no álbum. O upgrade de toda e qualquer tecnologia se faz cada vez mais urgente e o usuário se acredita cada vez mais obsoleto.


Ela (Her, EUA, 2013), escrito e dirigido primorosamente por Spike Jonze, é um palpável conto futurista. A cidade de Los Angeles expandiu para o “alto e avante”, feito a nova Xangai. O que não interessava ao futuro desapareceu (carros, pobreza) em prol do conforto, da beleza, da segurança (inclusive) tecnológica que conecta a todos. Um lugar onde a TI está em constante evolução, o sexo a dois ainda é viável, todavia, quem não quer se comprometer fisicamente, ou discutir a relação, pode optar naturalmente pelo sexo virtual.

É nesse amanhã asséptico, num gabinete estilo anos 1950/1960, que Theodore Twombly (Joaquin Phoenix) trabalha, ditando bonitas cartas a um computador. São cartas sentimentais, encomendadas por clientes (sem inspiração) querendo impressionar o destinatário. Theodore se veste bem, calças de cintura ata (tendência retrô) e belas camisas. Suas elogiadas cartas sugerem um sujeito amoroso, tranquilo, de bem com a vida na paradisíaca Los Angeles. E é..., pelo menos enquanto está no trabalho. No seu apartamento agradável, inconformado com o fim de um longo relacionamento, é tomado pela melancolia, que nem a paisagem, games de última geração ou “alucinado” sexo virtual aplacam.

Theodore não gosta de se sentir solitário, mas tenta se acostumar ao vazio. Um dia ele instala em seu PC um avançado sistema operacional intuitivo, controlado por voz, que evolui conforme a interação com o usuário, e, ao formatar o programa, conhece a sofisticada inteligência artificial Samantha (Scarlett Johansson). Amigável e confidente, sempre disponível para troca de ideias, ela organiza seus arquivos e também palpita na sua vida pessoal. Logo se tornam interdependentes e nem mesmo suas plataformas diferentes são empecilhos para viverem uma paixão avassaladora. O irônico é que SamanthaTheodore através da câmera de um minidispositivo, a ele cabe apenas a imaginação para lhe dar corpo. Quem não conhece Johansson também vai dar asas à imaginação nessa complexa (?) relação entre o concreto e o abstrato.


Ela fascina e apavora com a realidade que sugere: conectividade e solidão (cada um cada vez mais cada um!), ou vice-versa. Conectado, o cidadão se isola. Solitário, o cidadão se conecta. Uma conexão desconexa! Na utópica LA de Jonze cabem todas as estranhezas do amor e do sexo, até mesmo entre humanos e softwares..., também sujeitos às intempéries de qualquer romance. O amor do excêntrico casal descompassa nossos sentidos, não porque foge às regras, mas porque dispensa o anonimato. O amor é imprevisível. Apaixonar é conectar-se a algo ou alguém indiferente à razão.  Ela é uma fantasia provocativa: - e se?!; - por que não?!

Narrativa envolvente, texto afiado, direção soberba e Joaquin Phoenix, em excepcional momento, dando sabor pra lá de especial a um roteiro de sutilezas. O ator, que na maior parte da trama contracena apenas com uma voz em um dispositivo, dá um show de interpretação e expressividade. A vontade é a de aplaudir as cenas. A performance vocal de Scarlett não é fácil, mas ela encontra um curioso tom para Samantha, num misto de mistério e de femme fatale. A produção (fotografia, arte, figurino) é puro capricho e a trilha da genial banda de indie rock canadense Arcade Fire pode surpreender os fãs.

sábado, 19 de setembro de 2009

Crítica: Amantes


por Joba Tridente

Amantes (Two Lowers, EUA, 2008), de James Gray, é um filme que se deixa ver e se envolver. Um excelente drama que trata da paixão compulsiva, das incoerências e incertezas do amor à primeira vista. Da fragilidade das relações que transformam também os homens. Às vezes muito mais do que as mulheres imaginam.

Depois de várias tentativas de suicídio, por causa do fim inesperado do noivado, Leonard (Joaquin Phoenix), com transtorno afetivo bipolar (crises alternadas de depressão e euforia), está de volta à casa e aos cuidados dos pais, em Brighton Beach, Brooklin. Ali ele conhece duas mulheres, Sandra (Vinessa Shaw) e Michele (Gwyneth Paltrow), com quem vive uma ciranda de amor compulsivo. E nesta ciranda, interrompida pela indecisão, Sandra ama Leonard que ama Michele que ama Ronald (Elias Koteas). Se o amor de Sandra por Leonard é um amor compreensivo, sem cobranças, tudo que ele precisa pra sair do fundo do poço de amargura em que se encontra, o amor de Leonard por Michele é louca paixão e incontrolável desejo.

Amantes é dramático, mas não é piegas. Histórias de amores confusos e desencontrados ou de amores que levam à glória ou à redenção não são novidades. Já foram apresentadas antes na literatura, no teatro e no próprio cinema. O diferencial, aqui, é como esta história é contada e muito bem ilustrada com alguns interessantes elementos simbólicos (par de luvas, anel de noivado, mar, fotos em preto e branco), que justificam um final possível. É um filme para quem gosta de se emocionar com uma boa sessão de cinema. E também para apreciar o que talvez seja o último trabalho do excelente Joaquin Phoenix, que “jurou” deixar o cinema para se dedicar à música. Bem, antes dele, outros grandes atores prometeram parar de fazer filmes e não conseguiram. Quem sabe ele acabe mudando de idéia, também.
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