terça-feira, 20 de outubro de 2015

Crítica: Goosebumps: Monstros e Arrepios


O que sei de mais relevante sobre Goosebumps: 1. É o título de uma popular série infantojuvenil de sessenta e dois livros de terror com humor. 2. Foi escrita pelo norte-americano R. L. Stine e publicada de 1992 a 1997. 3. Cada livro traz histórias e personagens diferentes. 4. Virou seriado de tv e foi exibido com sucesso, de 1995 a 1998, nos EUA. 5. No Brasil os livros foram lançado pela Abril Cultural e, a partir de 2006, pela Editora Fundamento. Isso aprendi pesquisando na Wikipédia, porque, até assistir ao Goosebumps: Monstros e Arrepios (Goosebumps, 2015), sabia absolutamente nada sobre o assunto motivador do filme infantil.


Goosebumps: Monstros e Arrepios (Goosebumps, 2015), dirigido por Rob Letterman, acontece em Madison (EUA), para onde se mudam o adolescente Zach (Dylan Minnette) e a sua mãe Gale (Amy Ryan), que será a nova vice-diretora da escola. Logo na chegada o garoto conhece a graciosa vizinha Hannah (Odeya Rush), cujo pai, Shivers (Jack Black), é muito severo, e, na escola, faz amizade com o aluno (clichê) tímido e medroso e atrapalhado e etc Champ (Ryan Lee). Certa noite, achando que Hannah corre perigo, Zach e Champ (ah, esses adolescentes apaixonados!) invadem a sua casa e dão de cara com uma estante abarrotada de livros chaveados da série Goosebumps, do escritor R. L. Stine...

Tempo! Como assim, a série de livros Goosebumps, de R. L. Stine? Qual é a meta dessa linguagem? É uma cinebiografia? É inspirado em fatos? É tudo verdade? Fim do tempo!

... Bem, já que os garotos chegaram até ali, uma invasão a mais na privacidade alheia não vai fazer diferença e assim, sem pensar (ah, essa juventude desatenta aos sinais!), Zach encontra uma chave e abre o volume O Abominável Homem das Neves de Pasadena e... Exato! O cadeado servia pra trancar o Abominável Homem das Neves nos cafundós da prisão literária. Agora ele está à solta e apavorando. E o pior, em breve ele não estará sozinho. Na sua cola, sob o comando do malévolo Boneco Slappy, estão saltando dos livros: Gnomos de Jardim, Múmia, Zumbis, ETs, Lobisomem, Plantas Carnívoras... Com os Monstros provocando Arrepios, na cidade, resta saber quem será o herói que irá mandar todos esses monstrengos lendários de volta para as histórias de Stine.

Ah, e quanto à severidade de Shivers e ou o mundo (Goosebumps) apavorante de Stine, saiba (?) apenas que as aparências enganam na arte e na vida e que todo pesadelo tem um pezinho no sonho! Ou será que não?


O que vi em Goosebumps: Monstros e Arrepios: 1. É uma fantasia de ação e aventura infantil e quase (!) terror juvenil. 2. O seu público é o de crianças entre 7 e 12 anos..., portanto, nada de apavorar os pequeninos. 3. Tem muita correria e muita gritaria, mas o arrepio é leve, quase imperceptível, na visão de um adulto...., assim como o “humor”. 4. Ao se pensar no grande número de filmes e livros onde personagens e leitores (e ou espectadores) “trocam” de lugar e vivem aventuras espetaculares, o roteiro não parece dos mais originais. Percebe-se resquícios de Jumanji (1995), baseado no livro homônimo de Chris Van Alsburg, lançado em 1982, e da recente franquia Uma Noite no Museu..., que todo mundo sabe como termina. 5. É um filme que, provavelmente, será melhor apreciado pelos fãs da série (em livro e tv) e pelos espectadores mirins. 6. O público mais velho (que deixar a sua criança interior em casa) talvez o ache meio bobo e enfadonho.


Assim, considero que: 1. Goosebumps: Monstros e Arrepios tem bom elenco (às vezes exagerado nas caras e bocas) e efeitos especiais bem razoáveis. 2. Ainda que lembrem os Gremlins (1984), os Gnomos de Jardim são os melhores personagens e protagonizam as melhores sequências de ação. 3. A narrativa é enxuta (isso é bom!), mas é linear e previsível (isso é ruim?), mesmo para um filme infantil. 4. Há monstros demais (isso é bom!) e história de menos (isso é ruim!), mesmo para o público infantil. 5. A meta da produção óbvia é a franquia infantojuvenil..., daí o panorama com uma quantidade absurda de monstros (sem ter a quem assustar!) e a dosagem homeopática (ou meio apática?) da ação e aventura: corre um pouquinho, para um pouquinho, grita um pouquinho..., para que tudo volte ao normal etc e tal no final bem rimadinho. 6. No próximo levo a minha criança interior..., se conseguir me lembrar em que cinema a deixei!

Nota: Aproveitando a estreia do Goosebumps: Monstros e Arrepios, a Editora Fundamento está lançando edições baseadas no filme: A Noite dos Monstros Vivos, A Vingança, Monstros e Arrepios, Guia de Como Sobreviver a Monstros.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...