quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Crítica: Hotel Transilvânia 2


Bem, uma vez que o Hotel Transilvânia (2012), com seus proprietários, funcionários e convidados não-humanos, já foi devidamente apresentado no filme anterior, é hora de conferir a rotina virada do avesso após a chegada do simpático mochileiro Jonathan, na véspera da festa de 118 anos de Mavis, a filha única do ciumento Drácula. Lembra? Então, o tempo passou e os jovens Mavis e Jonathan se casaram e tiveram o Dennis, um encantador ruivinho de cabelos encaracolados. Enquanto o menino cresce, sob os cuidados amorosos da mãe, o vovô Drácula, temendo pelo fim da sua vampiresca linhagem, já que, às vésperas de completar cinco anos, a adorável criança não dá sinais de um tradicional  par de presas, resolve colocar em prática um plano maluco, envolvendo seus melhores amigos: a Múmia Murray, o Lobisomem Wayne, o Homem Invisível Griffin, o Frankstein Frank e, de carona, o Geleia...


Hotel Transilvânia 2 (Hotel Transilvanya 2, 2015) aposta mais uma vez na espirituosa direção de Genndy Tartakovsky e no roteiro inteligente de Robert Smigel. Ainda que não tenha o mesmo impacto da história original anterior, é uma animação que chega com muito gás, esbanjando gags, humor absurdo, nonsense e pastelão. As paródias da vez são as novas tecnologias e os adocicados (e politicamente corretos) programas infantis na tv, que deixam o vovô Drácula á beira de uma ataque de nervos. E por falar em programas, a melhor (?) sequência se passa num acampamento para vampiros filhotes..., simplesmente impagável. Você vai rir toda vez que (acampar ou) se lembrar da “criançada” cantando em volta da fogueira. Os velhos monstros, com seus poderes minguados também devem provocar boas risadas, principalmente o estafado Lobisomem Wayne.


Na sua crítica brincalhona às novas tecnologias e seus usuários, Hotel Transilvânia 2 pega gancho para alfinetar a urbanização e as relações sociais entre vizinhos e aparentados de ocasião. Há uma dose de humor agridoce, na ocupação de lugares sagrados e ou revisão de antigos costumes, mas esta só será sentida pelos adultos que tiveram a felicidade de crescer no interior. Bem, se o desenvolvimento provoca melancolia, o jeito é tentar se adaptar e mandar a tristeza pousar noutro lugar.


Enfim, é muito mais divertido assistir ao Hotel Transilvânia 2 do que escrever sobre ele sem correr o risco de contar mais do que deve e acabar com as surpresas que o crescimento de Dennis reserva aos pequenos e aos grandes espectadores. Ah, lembrando que, para aumentar a animação da trama, o desenho convida alguns novos personagens, como o esquivo e hilário Vlad, pai “malvadão” de Drácula, e a família certinha de Jonathan. Pra terminar, fique atento (a), há um trocadilho genial com o nome de uma cidade... Acho que é isso, boa diversão!

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