domingo, 21 de julho de 2013

Crítica: Rockshow


Garoto era apaixonado pelos Beatles (1960-1970)..., paixão que continuou adolescência afora e perdura até hoje. Gostava mais de John Lennon e George Harrison. Com o fim do grupo fiquei ainda mais fã de Lennon e Yoko, que nunca acreditei que tivesse sido o pivô da separação da banda, mas que sempre me pareceu o “grilo falante” de John. Quanto a Paul McCartney, por conta de malfadadas declarações (fofocas?), na mídia, pouco antes do lançamento de algum disco, pouco me interessou a sua carreira e ou suas vindas ao Brasil.

Rocksow foi gravado durante a turnê Wings Over America Tour, de Paul McCartney e sua banda Wings, em 1976, que serviu como termômetro para que Paul se firmasse em carreira, digamos, solo, pós-Beatles. Apresentado como registro do concerto em Seattle (Washington), sabe-se (ou especula-se) que o filme é uma edição das 30 melhores performances musicais do grupo em Nova York, Seattle (Washington) e Los Angeles (Califórnia). Além do filme-concerto, lançado em 1980 (pela Miramax), o show, que passou pela Europa e Austrália, resultou ainda no álbum-triplo ao vivo Wings over America.


Para este badalado relançamento em Blu-ray e cinema, Rocksow foi remasterizado e restaurado em uma versão de 125 minutos de muito rock, balada, folk..., do Wings e dos Beatles.  Com a trilha remixada em som surrond 5.1, o show ganha em energia com a excelência de músicos como o multi-instrumentista, compositor e cantor Denny Laine, o sensacional guitarrista Jimmy McCulloch (1953-1979), o ótimo baterista Joe English, e o bem-vindo naipe de metais formado por Tony Dorsey (trombone), Howie Casey (saxofone), Steve Howard (trompete, flugelhorn), Thaddeus Richard (saxofone, clarinete, flauta). Alguns dos momentos mais arrebatadores estão nas novas interpretações de Paul para “velhas” canções dos Beatles (Blackbird, Lady Madonna, Yesterday), como a maravilhosa The Long and Winding Road (minha música favorita do grupo britânico).

Rockshow é um espetáculo nostálgico para os cinquentões, que viveram aquela época em que os shows se valiam mesmo pelos artistas, e para os novos fãs de McCartney. O público, ali, bem pertinho do ídolo, se divertindo com efeitos especiais que (levavam a galera à loucura!) não passavam de tiro de fumaça, luz estroboscópica, spot sobre o público. O retorno da plateia era isqueiro aceso na hora das baladas, palmas substituídas por estalar de dedos... Delícia de tempo antes da maldita luz azul dos celulares.


No Brasil serão poucas sessões (26/07, às 21h; 27/07, à meia noite; e 28/07 às 14h) e preço especial na Rede UCI.

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