sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Crítica: Hotel Transilvânia


Ah, os monstros! Há séculos povoam a nossa imaginação. Assombram, confundem nossos sentimentos, fazem-nos refletir sobre nossas (tênues?) diferenças. Questionam nossos atos teatrais e reais. O que seria do mundo dos humanos sem eles?

Se você (leitor e ou espectador) sempre quis saber um pouco mais sobre a intimidade, a vida em família, o convívio entre amigos (de sina) e, principalmente, para onde vão os monstros quando não estão atuando, digo, apavorando nas páginas de um bom livro e ou nas telas de cinema, então é hora de encarar o Hotel Transilvânia. Esqueça o alho, as estacas de madeira, as balas de prata e embarque numa louca e divertidíssima aventura repleta de monstros clássicos (Drácula, Frankenstein, Múmia, Lobisomem, Homem Invisível, Quasímodo) que são muito mais gente que a gente. Com certeza o seu monstro de estimação está neste fantástico hotel, a convite de Drácula, para uma inesquecível temporada e a para a grande comemoração dos 118 anos da adorável vampira adolescente Mavis.


Dirigido por Genndy Tartakovsky (Samurai Jack, O Laboratório de Dexter), Hotel Transilvânia é mais um excelente desenho animado de terrir que chega ao cinema para alegrar toda a família (mesmo!). A trama praticamente se concentra no luxuoso resort Hotel Transilvânia, construído por Drácula, em 1898, na Romênia. Ele é o Lar Doce Lar onde o secular vampiro cria, em segurança, a filha Mavis e o único lugar, no mundo, onde um monstro normal pode passar férias sem ser incomodado por humanos obcecados. Ou pelo menos era até que, em 2016, na véspera da festa de 118 anos de Mavis, o curioso e simpático mochileiro Jonathan apareceu por lá. O intruso garoto humano achava que estava numa Festa à Fantasia e quando caiu na real já era tarde demais para ele e para os monstros. Quem será que apavora mais?

O desenho dos personagens é despojado, simples, típico de cartum, com influência de mangás e animes. O humor é saudável, nostálgico, lúdico, faz referências malucas a filmes do gênero (a melhor delas é ao cult trash: Plano 9 do Espaço Sideral, de Ed Wood). A narrativa inteligente faz excelente uso de gags (sem pieguice!) ao explorar a “difícil” relação do pai amoroso e superprotetor (Drácula) com a filha adolescente (Mavis) querendo (literalmente) bater asas e conhecer o mundo dos humanos. Pode até parecer clichê a exploração do tema (pais versus filhos adolescentes) até mesmo em desenho animado, mas quando se tem um olhar diferenciado e é bem resolvido não incomoda.


Hotel Transilvânia (Hotel Transilvanya, EUA, 2012) é uma grata surpresa. O cartaz não promete muito, mas é só começar o filme para a gente ver que as aparências realmente enganam dentro e fora das telas. A história se desenrola com muita imaginação e boas piadas. Os “embates” entre a inocente e sonhadora Mavis e o traumatizado Drácula são mais engraçados do que dramáticos e o com a chegada do palpiteiro e independente Jonathan eles ficam ainda melhores, ganham mais ritmo e ação pastelão.

Os roteiristas Peter Baynham e Robert Smigel sabem, é claro, que se trata de uma paródia e que, portanto, assuntos sérios, como os “enganos” que levam monstros e humanos a tomarem atitudes absurdas e apavorantes na ficção clássica, devem ter um tratamento à altura. Assim, como o que rege o Hotel Transilvânia é o bom e velho humor de antigas séries de TV, todas as fobias são “sutilmente” exageradas, como é de praxe numa paródia que se preze. Afinal, este é um filme comprometido com a simples diversão e não com o divã de psicanálise.


Com seu estilo 2D em bom (e dispensável) 3D, Hotel Transilvânia é uma animação agradável, perfeita para aliviar o estresse. O traço mais caricato e infantil dos personagens deixou os fofos monstros de brincadeirinha muito mais cativantes. Combina bem com a personalidade bizarra (e inocente!) deles. Entre tantos hóspedes (protagonistas e coadjuvantes) bacanas e completamente pirados é difícil destacar um ou outro monstrengo. Cada um tem uma fórmula única de cativar o espectador. Drácula, Jonathan e mesmo Mavis são as grandes estrelas, mas é impossível ficar imune ao charme de Murray, uma Múmia gorducha que foi comediante dos Faraós do Egito, ao depressivo Lobisomem Wayne, com seus 59 filhotes e ou ao meninão Frankenstein. Todos em ótimas performances e sequências impagáveis. Ainda que, às vezes, dê a impressão de que as piadas perderam um bocado da graça na versão dublada brasileira.

Aos poucos (10 anos) a Sony Pictures Animation (O Bicho Vai Pegar, A Casa Monstro, Tá Dando Onda, Tá Chovendo Hamburguer) vem abocanhando uma fatia do saboroso universo da animação com produções de sucesso. As duas parcerias com a inglesa Aardman renderam os espetaculares Operação Presente e Piratas Pirados. Este Hotel Transilvânia tem tudo para também fazer história.

sábado, 22 de setembro de 2012

Crítica: Poder Paranormal


  
Será que é possível ser original com um tema tão explorado? O diretor e roteirista Rodrigo Cortés acredita que sim: Poder Paranormal é ambivalente. É certo e incerto. Poder Paranormal é um enigma. Você pensa que está pisando num terreno sólido e então, de repente, o chão se abre sob seus pés. Poder Paranormal é um mistério indesvendável; seus personagens, um labirinto; complexos e contraditórios, em busca de si mesmos, definidos por atos e omissões, palavras e silêncios. (...) Nossas crenças são determinadas por nossas esperanças, necessidades, sonhos e desejos... Poder Paranormal propõe uma abordagem rigorosa e científica de fenômenos paranormais. É um filme de gênero com alma de thriller político, mostrando como o cérebro humano é instrumento de percepção da realidade no qual não se deve confiar. Vemos o que queremos ver. Acreditamos no que queremos acreditar.

Poder Paranormal é terceiro longa-metragem de Rodrigo Cortés, o premiado diretor de Concursante (2007) e Enterrado Vivo (2010). O drama de suspense começa com um interessante argumento (e boas intenções), que acaba não se segurando e resultando apenas mediano. Ele acompanha os passos da cética Dra. Margaret Matheson (Sigourney Weaver) e seu assistente Tom Buckley (Cillian Murphy), numa incansável busca para desvendar fraudes em eventos paranormais (domésticos e ou profissionais). Ambos guardam segredos que virão à tona com o inesperado reaparecimento de Simon Silver (Robert De Niro), um lendário e polêmico vidente cego que esteve desaparecido por 30 anos. Silver quer voltar a ser a grande estrela da paranormalidade espetáculo. Margaret acha que Simon é uma página virada. Buckley tem lá as suas razões para crer que nem tudo é o que parece nesse conturbado cenário de blefes entre a ciência e a fé.


Nos últimos três anos o cinema teve três ótimas novidades: o apavorante mockumentary Atividade Paranormal (2009); o arrepiante A Casa (2010), feito em um plano-sequência; e a genial animação ParaNorman (2012). Na TV, mexe e vira e aparece uma série, um documentário, um programa qualquer especulando o tema paranormal. Ou seja, realmente é muito difícil ser original. Mesmo assim, Poder Paranormal (Red Lights, Espanha, EUA, 2012) insiste em seguir adiante mostrando sequências óbvias e batidas para “explicar” as fraudes. O título brasileiro, é claro, quer pegar carona no ainda rendoso Atividade Paranormal..., já o original Red Lights (Luzes Vermelhas) é um código que o espectador logo descobrirá para que serve.

Cortés não tem pressa em contar a sua história. O filme pega algum ritmo na segunda parte e atropela tudo no último ato. O porquê da (desnecessária!) sequência de extrema violência (no final) é um enigma tão grande quanto a irritante musiquinha condutora de sustos. O que parecia ser um trunfo do argumento (ausência de almas penadas arrastando humanos imbecis para o outro lado da vida e ou para o inferno) vai por gosma abaixo quando, do nada, os protagonistas, até então inteligentes, racionais, frios, calculistas (e outros adjetivos clichês) começam a agir com brutalidade clichê (?). Aí, a narrativa que tinha alguma perspicácia ao lidar com o esotérico e o exotérico e desenhava um divertido “mistério” (apesar de banal), tomada de uma incômoda histeria acaba ofuscando a “grande revelação” de Tom Buckley, que não justifica tanta selvageria. Os mercadores (americanos?) parecem crer que inteligência rima mesmo é com demência.

Poder Paranormal é um filme meio: meio interessante, meio envolvente, meio satisfatório, meio sem rumo..., meio clichê. O roteiro renderia bem mais se as ironias (apenas ensaiadas) fossem levadas a sério e ou ganhassem algumas pinceladas de humor (mesmo negro). O trio protagonista dispensa comentários. 

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Crítica: TED



O show de buzinas, digo, o show business norte-americano está constantemente coroando o seu número um nisso ou naquilo. A cada estação tem sempre umas quatro geniais promessas e ou quatro geniais consagrações. No momento, um que está na moda é Seth MacFarlane, aquele que faz um arremedo de Os Simpsons, com a suas babas Family Guy, American Dad!, The Cleveland Show..., e, claro, por causa deste enTEDdiante longa-metragem do ursinho drogado e tarado (ou seria tarado e drogado?).

TED é uma “comédia” de “costumes” que gira-gira em torno do gira John Bennett (Bretton Manley), que, aos 8 anos e sem um amigo sequer, ganhou um ursinho de pelúcia e fez um pedido ao Espírito de Natal. Porém, como o Espírito estava ocupado com coisas mais importantes, uma (sa)Fada Natalina, menos recatada do que a Fada Estrelinha, que deu vida a Pinóquio, resolveu atender ao Johnzinho e animou o ursinho Ted para ser o seu melhor amiguinho. Que fofinho! Assim “nasce” o falastrão Ted, que “cresce” ao lado de John e não o abandona nem mesmo quando este se parece fisicamente com um norte-americano adulto (Mark Wahlberg). Bom, o John também não abandona o seu “amigo urso” e as constantes “festinhas” regadas a muita droga, álcool e sexo, nem pelo amor da sua tonga namorada Lori Collins (Mila Kunis). Que TEDio!


Ted é um vagal que não perdeu a popularidade depois da fama. John é um paspalho que não decide se fica com o amado urso ou com mulher amada. O amigo urso é fofo (que fofo!) e parceiro nas drogas. A amiga mulher é sonsa e acho que faz sexo de vez em quando. O que o carente, o dependente, o inocente protagonista humano deve fazer? O imbecil norte-americano John deve continuar brincando de cavernina com seu ursinho taradinho e ou começar a brincar de casinha com a mulher romântica? Ó dúvida cruel! Ó clichêteria dos infernos travada no Complexo de Peter Pan!

TED (Ted, Eua, 2012), dirigido por Seth MacFarlane, é uma “comédia” infantilóide para adultos. Não fosse o uso e abuso do clichê da moda no “cinema” americano: linguagem chula, escatologia, droga, simulação sexual..., passaria por uma “comediazinha” infantilóide para crianças descerebrada. O roteiro é raso (além de nada original) e as “piadas” sem graça. Minto, tem uma (ôba!), a presença de Sam J. Jones, o Flash Gordon de 1980. Mas não engraçada o suficiente para dar fim ao marasmo dessa tolice previsível que perde uma chance de ouro de redenção no final.


TED é um falso transgressor, um filme politicamente incorreto de fachada. Do começo off ao final off o que se vê é a mesma ladainha moralista e conservadora estadunidense (?), transbordando as mesmas mensagens edificantes das recentes “comédias” de sucesso das terras do tiTio Sam. O tema pode até parecer nonsense, mas o resultado é pífio. Enfim, uma “comédia” TEDiosa e na medida para os fãs do diretor “humorista” ou para quem ri de qualquer coisa. 

Nota Final: Ted é meio que um plágio da versão americana da série australiana Wilfred (2011), com Elijah Wood, o panaca Ryan, e Jason Gann, o cão Wilfred, da vizinha Jenna (Fiona Gubelmann).

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Crítica: ParaNorman



Para ficar no básico e evitar polêmicas, dependendo do nível de informação e ou de submissão religiosa de quem o vê e, na ignorância, o julga, um paranormal não passa de um sujeito esquisito ligado a coisas estranhas (desconhecidas da ciência e ou da religião), deste e ou de outro mundo, e que também tem o dom de falar com mortos. Um tipo assim como o adorável Norman, protagonista da sublime animação ParaNorman, dos geniais diretores britânicos Sam Fell e Chris Butler.

A excelência de ParaNorman começa no título-trocadilho com paranormal, que felizmente foi mantido intacto por aqui. É um divertido thriller macabro que acompanha alguns dias na vida do solitário Norman, um gentil garoto de 11 anos que, por ter o dom de ver e conversar com os mortos, é tratado como uma aberração (freak) que envergonha sua família, intimida seus vizinhos e afasta seus colegas de escola. A hostilidade dos moradores da turística Blithe Hollow, na Nova Inglaterra, acaba aproximando ele e o simpático Neil, um menino gordinho que também sofre com os bullies e reage à violência do valentão cabeça de bagre Alvin, certo de que "...o bullying, é parte da natureza humana."


Para piorar as coisas, o excêntrico Sr. Prenderghast confia a Norman um segredo e a missão de realizar um ritual que protegerá a cidade da fúria vingativa da bruxa Aggie, morta há 300 anos. Mas o garoto perde o controle e, além da bruxa, sete zumbis saem dos seus túmulos, “clamando” por justiça. O pequeno Norman faz o que pode para contornar a situação, mas mesmo contando com a “ajuda” da sua aborrescente irmã Courtney, de Mitch, o irmão imbecil de Neil, e do descerebrado Alvin, não consegue conter o “ataque” dos “apavorantes” mortos-vivos que rumam para Blithe Hollow. Aí, pernas pra que te quero! Esta é uma história cheia de reviravoltas e se falar algo mais, estraga as surpresas e a pegadinha final!

ParaNorman, sem qualquer traço de pieguice, maniqueísmo e, melhor, sem lição de moral religiosa ou coisa que o valha (ou não!), instiga o espectador (de qualquer idade) a rever os seus próprios conceitos de (para)normalidade. O diferente pode não ser o outro! O seu roteiro é criativo e eficiente ao tratar assuntos “tabus” (paranormalidade e vida pós-morte) de forma original, divertida, com a medida exata de suspense, e sem subestimar a inteligência de nenhum espectador. Os personagens são muito expressivos, reais, cativantes.


A fascinante animação em stop motion, construída com “massinha” (especial) apresenta a mesma qualidade do recente e irretocável Piratas Pirados, e excelente resultado em 3D. É uma joia rara no mesmo quilate de Coraline ou A Noiva Cadáver..., e um tributo aos thrillers clássicos de terror e de zumbi (norte-americanos e italianos) dos anos 1980. A garotada acima dos 10 ou 12 anos e seus familiares (ou acompanhantes) mais velhos vão se “arrepiar”, rir e se emocionar com as confusões dos vivos e dos mortos-vivos tirando as suas diferenças..., que são muito mais parecidas do que se imagina. Ah, depois de assistir ao filme se delicie com o surpreendente making of.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Crítica: Projeto Dinossauro



O dinossauro é um lagartão de sorte. De tempos em tempos a grande fera pré-histórica (em suas variações), que não é herói e nem vilão, é reciclada na certeza de apavorar nos cinemas. Ultimamente a concorrência com vampiros e zombies tem diminuído seu território, mas nada que uma mordida voraz não resolva!

Projeto Dinossauro (The Dinosaur Project, Reino Unido, 2012) é uma produção inglesa que chega, com um curioso cartaz, prometendo muitos sustos, adrenalina, nervos à flor da pele, medo visceral... A história acompanha uma pequena equipe de exploradores, liderada por Jonathan Marchant (Richard Dillane), que vai ao Congo (África) com a intenção de comprovar a existência de alguns animais pré-históricos, considerados apenas folclore local, como o monstro de Loch Ness. Porém, no meio da viagem, um acidente com o helicóptero, deixa o grupo perdido na selva e, digamos, à mercê de (nada folclóricos) dinossauros carnívoros e de dinossauros amistosos (?). No vale tudo do divã da selva serão expostos, é claro, traumas familiares, discórdia, intrigas, inveja e algum salve-se quem puder! Quanto à promessa de um thriller espetacular, daqueles de deixar o cabelo em pé e o braço cheio de hematomas...


Projeto Dinossauro é uma mistura pouco criativa de filmes de exploração e sci-fi anos 1950/1960 (onde iguanas e lagartos de chifre eram “terríveis” dinossauros “rex”), com a franquia Jurassic Park, a série Dinotopia, entre outras produções mais ou menos animadas. Em busca de novidade narrativa, no batido tema, o diretor Sid Bennett, premiado documentarista e roteirista de TV, buscou o já batido gênero found footage (fitas de vídeo encontradas) e acabou abatido na edição da gênese. No calor da mise-en-scène tecnológica, assim como o foco da “trama” não decide o público alvo (óbvio: infantil), o foco das câmeras não decide os protagonistas e os coadjuvantes. A “linguagem” atropela o drama, se enrola com o mocumentário e despenca na ficção. Haja tremeliques e cortes abruptos nos momentos cruciais do drama. E olha que as câmeras utilizadas no registro da movimentação do grupo são high tech. Será que o problema esta na compactação dos modelos? Bons tempos aqueles de Júlio Verne e Arthur Conan Doyle.


Com diálogos fracos, interpretações medíocres (isso, levando em conta que vi uma cópia - horrivelmente - dublada, na Cabine) e direção ruim, Projeto Dinossauro parece um festival de improvisos que confunde até mesmo os dinossauros. Ora, num filme desses espera-se ver sangue, vísceras expostas, corpos humanos (ou não) mordiscados, lagartões se deliciando com suas presas, mas... Esquece! Na paradisíaca selva africana a morte (ou o desaparecimento) de algum personagem é implícita. Não passa de uma rapidíssima sugestão e, aos olhos do espectador (que não piscar!), uma brevíssima dedução. Será que, ao menos uma morte decente, é culpa do orçamento dilacerado? Não quero nem saber quanto custou as jujubas coloridas!

Uma boa definição para a indefinida produção é a de que faz jus ao título, ou seja, ela não passa de um projeto (a ser desenvolvido e ou esquecido?). O baixo orçamento não pode ser usado como desculpa para a falta de criatividade do roteiro (Atividade Paranormal, com muito menos, fez muito mais). Acho que nem uma boa bússola ajudaria o roteirista (que por acaso é o diretor) a encontrar o rumo e ou a dar um destino digno aos “exploradores”. O CGI inglês é bom, mas (inferior ao usado há 20 anos na criação dos dinossauros do Jurassic) não o suficiente para tapar buracos ou costurar as várias sequências confusas. O filme carece de ação e de aventura reais (e vida inteligente!) para compor as belíssimas e selvagens locações africanas. Nesta salada dinossáurica nada convincente, uma pitada do saboroso humor inglês faria uma grande diferença.

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