quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Crítica: O Aprendiz de Feiticeiro


O Aprendiz de Feiticeiro

O Aprendiz de Feiticeiro (The Sorcerer´s Apprentice, EUA, 2010) é (mais) uma pretensa aventura bobinha dos Estúdios Disney que (se muito) aposta no público infanto-juvenil (6 aos 12 anos), mesmo que no Brasil a indicação seja para 10 anos. Talvez por conta das cenas de “formação de platéia” para filmes de “violência limpa”.

Remexe e revira e lá vêm os filhos do Tio (Patinhas? Donald? Walt?) Sam com mais uma viagem no tempo. Quando não vai gente (geralmente tola) do presente para o passado (medieval), vem alguém (geralmente tolo) do passado (medieval) para o presente. Na falta (contínua) de assunto (apostando mais no cifrão que nos neurônios além Tico e Teco) se refilma (produções próprias e alheias) ou se desloca no tempo. Se bem que, desta (não era uma) vez não há viagem, propriamente dita, mas uma continuidade de vida (aos modos Highlander de viver eternamente, se não perder a cabeça) através da magia peculiar de Merlin, aquele dos tempos do Rei Arthur e da malvada Morgana, a invejosa irmã do Mago.


O Aprendiz de Feiticeiro, dirigido por Jon Turteltaub, é mais um subproduto que se arrasta (cansativamente) atrás de Harry Potter, a falar de magos e aprendizes em luta para dominar o mundo de gente que acredita neles. A (requentada) história sem (nenhuma) criatividade e tão insossa que não tem elementos nem para dar asas à imaginação (dos pequenos). O elenco é encabeçado por Nicolas Cage, na pele do Feiticeiro Balthazhar Blake, que atravessa os séculos em busca de um novo discípulo e o encontra (vivendo nos dias de hoje) como (o chato nerd) Dave Stutler (Jay Baruchel). Porém, antes que o jovem choramingas esteja pronto para salvar o mundo, mestre e aluno (a contragosto) vão enfrentar a vingança ciumenta de outro feiticeiro, Maxim Horvath (Alfred Molina). Assim, de um lado há feiticeiros querendo destruir o mundo (por não ter um amor correspondido) e, do outro, feiticeiros querendo salvar o mundo (para ter um amor correspondido). Os atores não estão em seus melhores momentos e a canastrice é generalizada.


O Aprendiz de Feiticeiro só não fica abaixo da crítica por conta de alguns bons (nada excepcionais) efeitos especiais e a releitura da sequência mágica de O Aprendiz de Feiticeiro, protagonizada por Mickey, no clássico Fantasia (1940). Fora isso, é um torpor só! Nem a recorrente violência gratuita (sem sangue), que vai da tradicional maçante perseguição automobilística (carros batendo, voando, amassando etc) à morte sem cadáver, consegue despertar o espectador. E já estão pensando no Aprendiz de Feiticeiro – 2. Isso é que dá não ter bola de cristal.

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